17 DE MARÇO: Tácito e a análise do
caráter individual.
TÁCITO
Publius Cornelius Tacitus, Gaius
Cornelius Tacitus
(nasceu no ano 56 da
nossa era,; morreu cerca do ano 120
FILÓSOFO MORAL
ESCRITOR E MAIOR HISTORIADOR ROMANO
A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez
no mundo acontece nas cidades da Grécia
Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo.
Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e
que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como
Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo
explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas
forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a
primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda
fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da
filosofia.
Esta terceira semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga
apresenta o ponto de vista da Ética da cultura grega. Esses pensadores é que
mais atraíram os filósofos romanos. Eles figuram na semana com três pensadores
de Roma.
O tipo principal é Sócrates como chefe da semana
no domingo que a encerra.
Ver o Quadro 0226 C do Mês de
Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes
da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.
TÁCITO (56
aC-120 aC) passou os primeiros anos de sua maturidade em funções do serviço
público. O imperador Vespasiano, que morreu no ano 79, lhe deu um posto na área
das finanças na Gália setentrional (França do norte). Com o imperador Tito ele
foi questor e foi pretor com Domiciano. Durante o curto reinado de Nerva, que
morreu em 98, ele foi cônsul. Tácito manteve grande amizade com Plínio o Jovem,
como se vê pela correspondência de Plínio.
Na última parte de sua vida Tácito escreveu a história de Roma desde a morte de Augusto até a de Domiciano, com
o nome de “Anais e Histórias”, do ano
14 até o ano 96 de nossa era. Dessa obra temos apenas uma parte. Ele compôs a
biografia “De Vita Iulii Agricolae”,
Vida de Júlio Agrícola, seu sogro, onde demonstra o profundo respeito que tinha
por ele.
Além da biografia de Agrícola, ele compôs uma história das tribos germânicas, onde coloca em contraste
suas virtudes rudes, a pureza de sua vida, seu respeito pelas mulheres, em
comparação com a corrupção e a fraqueza do mundo romano de seu tempo. Sobre o
cristianismo, ele faz um julgamento superficial e duro. Para ele a esperança
mística numa vida futura não lhe parece um meio adequado para resultar em bons
cidadãos.
Tácito, como Trajano, reprovava na doutrina cristã desconhecer a
dignidade do trabalho, tido como maldição dos deuses, por fazer os bons
sentimentos como estranhos à natureza humana e erigindo a mulher como a fonte
de todo o mal. Só que eles não podiam prever que o sacerdócio católico, com sua
alta cultura, conteria os vícios da doutrina e obteria de seus dogmas
admiráveis resultados sociais na Idade Média.
Do mesmo modo como Tucídides fez a análise das sociedades e das crises sociais, Tácito penetrou e
desvendou os caminhos do caráter individual. Dessa forma ele se tornou um
pensador mais interessado na filosofia moral do que do estudo político. Suas
descrições são resumidas, mas são seguras. O imperador Galba, Servius Sulpicius
Galba, que reinou por sete meses, do ano 68 a 69, fez uma administração respeitável,
embora seus ministros fossem tidos como corruptos. Na descrição do imperador
Galba, por exemplo, ele diz:
“Seu caráter era moderado;
embora sem vicio, não sendo
por isso virtuoso. Sem ser insaciável
para obter a fama, não deixava de ser vaidoso; econômico para a sua própria
fortuna, ele era parcimonioso com o dinheiro do Estado. Para seus amigos e seus
servidores, se eram bons, ele não lhes fazia qualquer observação. Se eles eram
maus, ele era cego até ao ponto de ser culpado. Mas sua elevada classe social e
a desordem do tempo lhe ajudaram, porque sua apatia passava por ser sabedoria.
Na sua juventude na Alemanha, ele ganhou boa reputação de soldado; como cônsul
governou a África com moderação e depois na Espanha do norte não menos bem. Ele
parecia grande demais para a vida particular e seria de crer que ele era feito
para ter o poder supremo se ele não o tivesse possuído”.
Tácito foi bom orador e o maior estilista em prosa na literatura
da língua latina. Suas obras não sofreram desmentido e sua lembrança dos
terrores da tirania são inesquecíveis. Suas caracterizações não penetrantes,
seus textos atraindo por sua ironia e por serem imprevisíveis.
Seu estilo é colorido com palavras arcaicas e poéticas, evitando com
cuidado o uso de expressões do lugar comum.
Como historiador, ele louvava os ideais da República de Roma e
ofereceu descrições profundamente críticas de muitos dos imperadores romanos.
AMANHÃ: Sócrates, a conduta e o dever.
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