08 DE MARÇO.
Tucídides: a história escrita com força e correção
TUCÍDIDES
Thucydides
(nasceu cerca do ano
460 antes da nossa era, em Alimus, na Ática; morreu cerca do ano 400)
GRANDE HISTORIADOR
GREGO DA HISTÓRIA DA GUERRA DO PELOPONESO
A evolução intelectual livre Iniciando a criação da ciência pura
abstrata.
Pela primeira vez
no mundo acontece nas cidades da Grécia
Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo.
Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e
que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como
Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo
explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas
forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a
primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda
fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da
filosofia.
Nesta segunda semana do mês de Aristóteles
se mostram os ideais dos antigos gregos aspirando organizar toda a vida humana
com base nas ciências. Ideais colocados por Pitágoras tendo por base a
Matemática.
A semana termina no
domingo dedicado a Pitágoras, o chefe da semana.
Ver na página www.educalendario.blogspot.com
o
Quadro 0226 C do Mês de
Aristóteles da Ciência Antiga.
O quadro mostra os grandes homens
representantes da criação da ciência abstrata.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.
TUCÍDIDES (460
aC-400 aC) nasceu em Alimus, na Ática. Seu pai era Olorus e pela parte de sua
mãe Hegesipyle era aliado ao general ateniense Milcíades.
Conta-se que ainda criança, Tucídides ao ouvir a declamação da
história escrita por Heródoto, ficou emocionado até as lágrimas. Ele estudou
filosofia com o pensador Anaxágoras.
Tucídides tinha 40 anos quando começou a guerra entre Atenas e
Esparta. No oitavo ano dessa guerra ele recebeu o comando de uma frota
ateniense destinada a defender uma das mais importantes possessões de Atenas, a
cidade de Anfipolis no rio Strymon, contra o general espartano Brasidas. Não
tendo conseguido vencer, foi julgado e condenado ao banimento. Ele só veio de
volta do exílio 20 anos depois, em 403. A data e o lugar de sua morte não são
conhecidos com exatidão. É ao seu exílio que nós devemos a imortal história da
guerra do Peloponeso.
Ao mesmo tempo em que ele expõe com cuidado os fatos que se
passaram, ano a ano, embaixo de seus olhos, ele dá, nessa história, a prova da mais alta capacidade filosófica,
por sua análise e por sua apreciação dos fenômenos
sociais que testemunhava. Ele estava convencido da natureza destruidora do
conflito entre as duas grandes forças da Grécia. Com o conjunto de fatos
cuidadosamente escolhidos, dos quais toda lenda está excluída, torna seu livro
atraente e precioso para a posteridade.
FENÔMENO SOCIAL. A compreensão do que é fenômeno social
é fundamental para a pesquisa em História e em Sociologia pura ou abstrata. Ciência pura ou abstrata definimos
como a pesquisa das leis abstratas, fixas,
infalíveis, que se descobrem na relação entre os fenômenos. Esse
conceito não é conhecido no ensino oficial em todo mundo, hoje.
Fenômeno social se define como o acontecimento na sociedade que
seja comum a todos os indivíduos, independente de seu comportamento pessoal.
Isto é, em que suas diferentes atitudes são neutralizadas, anulam-se
mutuamente, desaparecem, por sua ação conjunta, recíproca. Como nos fenômenos
da Família, da Linguagem, da Propriedade. Na Ciência Aplicada se descrevem os acontecimentos que ocorrem
na natureza e na sociedade, como o comportamento coletivo do grupo na
prática da Sociologia aplicada ou o comportamento individual na prática
da Psicologia aplicada.
Em suma, é importante, é
fundamental, em filosofia, notar que as leis abstratas permitem a
previsão científica; comparadas às descrições nos catálogos científicos que
não permitem previsão, porque
não descobrem leis que governem os
acontecimentos. Mas, de fato, em exemplos, tanto dos mapas cartográficos na
Geografia, como dos catálogos da flora em Botânica, são muito úteis e
indispensáveis.
Tucídides descreveu com força o contraste entre Esparta e Atenas.
Esparta era uma terra com a educação toda de guerra; Atenas, um Estado de
liberdade, onde cada função da vida civil, a guerra, o comércio, a filosofia, a
arte, tinham plena atuação. Sua cultura mental não fez o seu povo menos
corajoso no perigo nem mais abatido na derrota.
“A vida dos atenienses,
eles a davam pelo seu país como se não fossem deles; os seus conselhos, que
eles consideravam sua mais cara propriedade, eles a entregavam como brinde.”
Entre eles não havia casta alguma privilegiada, “todos participam dos cargos públicos, todos
são livres da dar sua opinião sobre o que convêm ao bem público”.
Tucídides lembra as palavras de Péricles: “Nós não somos intolerantes nem perseguimos alguém por fazer um ou
outro estudo; nossa vida é humanizada por festas públicas e um grande
refinamento particular; nós cultivamos a beleza sem luxo e a sabedoria sem
fraqueza”.
Impressionante é a sua descrição da peste que ocorreu em Atenas; o
quadro de impotência das leis durante sua ocorrência e a desmoralização que a
acompanha.
Mas de todas as descrições a mais chocante é a da querela furiosa
entre o partido dos ricos e o partido democrático em Corcyre. Num conflito
que ele mostra como tipo do que se passava por todo lado nas cidades gregas e
que deveria continuar até à perda da independência da Grécia primeiro para a
Macedônia e depois para Roma.
São as mesmas paixões, os mesmos ódios, privados e públicos,
descritos por Tucídides com uma força e correção inimitáveis.
AMANHÃ:
Arquitas filósofo matemático e general.
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