terça-feira, 17 de janeiro de 2012

0118 TEOCRATAS DO TIBET os sacerdotes tinham o comando político coercitivo completo

JANEIRO 18. Teocratas do Tibet: A corporação sacerdotal no Tibet

OS TEOCRATAS DO TIBET
Tibet: Bod, Região Autônoma do Tibet, O Teto do Mundo, inclui o Monte Everest, o mais alto
(forma de Budismo modificado, desenvolvido a partir do século 7 no Tibet)

A CORPORAÇÃO DE MONGES NA TEOCRACIA COMPLETA DO TIBET

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

A TEOCRACIA DO TIBET foi um sistema religioso em parte e em parte político. Era um desenvolvimento do Budismo modificado que dominou o Tibet e a Mongólia.
A base do Budismo tibetano era a rigorosa disciplina intelectual, usando o ritual simbólico do Budismo tântrico, incorporando a disciplina monástica do Budismo antigo e algumas tradições da religião tibetana Bon.
De acordo com a lenda, o povo tibetano teria se originado da união de um macaco com um demônio fêmea. Os anais históricos do T’ang chinês coloca a origem do Tibet entre as tribos nômades Ch’iang desde cerca de 200 anos antes de Cristo, habitando a grande planície do noroeste da China. O país se formou com a mistura de raças, por conquista ou por aliança, com outros povos.
O Budismo não formou, em sua origem na Índia, uma organização do sacerdócio. Mais tarde uma corporação de sacerdotes monges se organizou, como a que subsistiu no Ceilão, em Burma e no Sião. No Tibet a religião indígena inicial era chamada de Bon, uma forma grosseira de fetichismo, com adoração de coisas e animais. O fetichismo primitivo era a religião dos povos nômades, como o Shamanismo, de populações sem escrita, incapazes de formar a abstração necessária para inventar os deuses.
Por volta do ano de 630, o rei Srong Tsan Gampo do Tibet introduziu o Budismo da Índia como uma religião civilizadora. O rei tornou-se o tipo do rei ideal. No seu longo reinado ele construiu reservatórios de água, pontes, canais, favoreceu a agricultura, a indústria, as escolas e o ensino das virtudes.
O Budismo, sob sua forma simples original, não permaneceu então no Tibet e cem anos depois outro rei convidou religiosos da Índia para pregar o Budismo no Tibet. Finalmente uma nova Teocracia se estabeleceu, tendo o Budismo como base. Sua época de crescimento ocorreu do meio do século 11 até a metade do século 14.
Gengis-Kan conquistou o Tibet no começo do século 13 e o Budismo tibetano penetrou no império mongol e com Kublai-Kan (1259-1294) foi oficialmente estabelecido. A religião tomou a forma de uma perfeita Teocracia quando Kublai deu aos monges o poder político do país.
A partir do século 13, o Budismo no Tibet teve seus sumos sacerdotes, sua hierarquia dos monges, seus monastérios, suas ordens religiosas, seu cerimonial, o celibato dos monges, a confissão, o jejum, o culto dos santos e os atos exteriores de devoção. Mas os prelados tinham o comando político temporal completo.
O sistema de mosteiros se desenvolveu no Tibet numa vasta escala. Teve uma magnificiência e tinha um poder jamais visto. O cerimonial minucioso, o ritual estranho, as dotações dos reis e a autoridade sem contestação dos monges no Tibet foram descritas por numerosos viajantes.
A Teocracia em sua forma mais completa foi realizada no Tibet. O Politeísmo conservador em que os guerreiros ficam subordinados ao corpo de sacerdotes pode ser estudado ali. A Filosofia da História pode usar o conhecimento de seus feitos como um laboratório para compreender como se dá evolução da sociedade. É a observação experimental sociológica com o verdadeiro caráter científico.
Pode-se comprovar como todas as religiões eram sistemas de educação por seus resultados. Empregavam, até hoje, as figuras de ficção dos deuses. Os deuses eram MEIOS usados. A definição de religião não pode usar os meios e sim os resultados para caracterizar o que seja a religião. Os resultados de toda e qualquer religião foram a LIGAÇÃO de cada indivíduo com sigo mesmo, na coerência individual, além da RE-ligação aos demais membros da comunidade, no tempo e no espaço.
A sociologia científica exige a pesquisa dos fatos sem ódio e sem desequilíbrio como premissa de justiça histórica.

AMANHÃ: A corporação sacerdotal dos Teocratas do Japão.

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