0119 TEOCRATAS DO JAPÃO
19 DE JANEIRO. Teocratas do Japão e sua corporação sacerdotal.
TEOCRATAS DO JAPÃO
Japão, Japan, Nihon, Nippon ou origem do sol, A Terra do Sol Nascente
(foi povoado cerca 200.000 antes da nossa era)
CORPORAÇÃO RELIGIOSA DA TEOCRACIA JAPONESA
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.
JAPÃO é formado por uma cadeia de ilhas. Estima-se que o território tenha sido povoado há mais de 200.000 anos. Não se sabe com certeza de onde veio a população e como ela ali chegou.
Durante a era de gelo do período do Pleistoceno, de um milhão e meio de anos atrás, o nível do mar era mais baixo, permitindo a ligação das ilhas japonesas à península da Coréia e a Sibéria oriental. É possível que ondas de caçadores vindas do continente asiático tenham passado pela região.
Na era da pedra lascada, no Paleolítico, os moradores do Japão fizeram ferramentas e armas de osso, de bambu e madeira. Em seguida, na era da pedra polida, o Neolítico, por volta dos anos 10.000 antes de Cristo, o povo Jomon de pescadores usou o fogo para fazer cerâmica e refinados objetos de osso e de pedra, ainda não conhecendo os metais.
Cerca de 300 anos antes Cristo começou a plantação de arroz nos alagados, com a produção de armas de bronze e de ferro, a sociedade passando do estado nômade para o estado sedentário. Os povos sedentários é que começam a observar os astros e evoluem da adoração dos objetos no fetichismo para a Astrolatria, pela adoração dos astros. O Politeísmo resulta da Astrolatria, quando se forma o corpo de intérpretes dos deuses, como os oráculos, formando o corpo sacerdotal de filósofos das divindades. Se os sacerdotes assumem o poder passando a dominar os guerreiros, forma-se a Teocracia, a primeira e mais estável das formas religiosas.
No Japão a Teocracia se manteve por quase 20 séculos ou 2.000 anos até cerca de 1850 quando começou a influência da civilização européia. O governo político e religioso era exercido por um só governante, o Imperador, descendente dos deuses e possuindo os poderes da divindade. O título popular do Imperador era chamado de Mikado, que significava o Portão do Palácio Imperial, passando a indicar o próprio Imperador.
A Teocracia no Japão era mais recente do que a Teocracia da China, donde ela veio, em parte. Era menos rígida do que a Teocracia do Tibet, apresentando um tipo bem característico de governo teocrático, em que o poder temporal, político e o poder espiritual estavam unidos nas mãos do Mikado, a única pessoa descendente da divindade e possuindo o poder dos deuses.
A autoridade no Japão era centralizada no Imperador, considerado o descendente celeste de Zin-Mu o fundador, real ou mítico da civilização japonesa no século 7 antes de JC. Três religiões se ligaram combinando facilmente o que tornou difícil reconhecer suas diferenças: o Xintoísmo, o Confucionismo e o Budismo. O Xintoísmo é a mais antiga.
Os sacerdotes do Xintoísmo se organizaram numa corporação sagrada e fechada, de magos, profetas e curandeiros. Desenvolveram suas festividades, dias sagrados, cerimônias, seu culto e peregrinações aos túmulos das personagens veneradas ou tornadas seus deuses. Não havia imagens, mas havia um culto desenvolvido dos heróis e dos antepassados.
Um aspecto típico da Teocracia sacerdotal pode ser visto nas grandes construções feitas na região de Yamato, ao sul do que é hoje a cidade de Kyoto. São grandes e altas pirâmides de terra, chamadas de kofun. Elas cobrem câmaras mortuárias, tendo a parte de cima arredondada, sobre uma base quadrada. Os monumentos são mais altos e de maior área do que as pirâmides do Egito. Essas obras exigiram grande contingente de trabalhadores por muitos anos, com alto padrão técnico e recursos de engenharia, pressupondo uma grande população dirigida por uma casta sacerdotal dirigente de valor.
As obras grandiosas são uma das características da Teocracia em todas as partes do mundo. A primeira grande forma religiosa, feita com o domínio da classe sacerdotal sobre os militares, tendia para a atividade industrial na paz e para uma continuidade por muitos séculos.
A classe dos sacerdotes mostra o poder da formação das opiniões, ou seja, o valor da filosofia na vida humana. Os sacerdotes, em todos os povos, são os encarregados do ensino, da informação e da consagração na família e na nação. São os primeiros filósofos. O pensamento governa a vida.
AMANHÃ: Manco Capac no Peru, filho do Sol.
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