segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

0118 TEOCRATAS DO TIBET

18 DE JANEIRO. Teocratas do Tibet: A corporação sacerdotal no Tibet.

OS TEOCRATAS DO TIBET
Tibet: Bod, Região Autônoma do Tibet, O Teto do Mundo, com o Monte Everest, o mais alto
(forma de Budismo modificado, desenvolvido a partir do século 7, no Tibet)
A CORPORAÇÃO DE MONGES NA TEOCRACIA COMPLETA DO TIBET

Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

A TEOCRACIA DO TIBET foi um sistema religioso em parte e em parte político. Era um desenvolvimento do Budismo modificado que dominou o Tibet e a Mongólia.
A base do Budismo tibetano era a rigorosa disciplina intelectual, usando o ritual simbólico do Budismo tântrico, incorporando a disciplina monástica do Budismo antigo e algumas tradições da religião tibetana Bon.
De acordo com a lenda, o povo tibetano teria se originado da união de um macaco com um demônio fêmea. Os anais históricos do T’ang chinês coloca a origem do Tibet entre as tribos nômades Ch’iang desde cerca de 200 anos antes de Cristo, habitando a grande planície do noroeste da China. O país se formou com a mistura de raças, por conquista ou por aliança, com outros povos.
O Budismo não formou, em sua origem na Índia, uma organização do sacerdócio. Mais tarde uma corporação de sacerdotes monges se organizou, como a que subsistiu no Ceilão, em Burma e no Sião. No Tibet a religião indígena inicial era chamada de Bon, uma forma grosseira de fetichismo, com adoração de coisas e animais. O fetichismo primitivo era a religião dos povos nômades, como o Shamanismo, de populações sem escrita, incapazes de formar a abstração necessária para inventar os deuses.
Por volta do ano de 630, o rei Srong Tsan Gampo do Tibet introduziu o Budismo da Índia como uma religião civilizadora. O rei tornou-se o tipo do rei ideal. No seu longo reinado ele construiu reservatórios de água, pontes, canais, favoreceu a agricultura, a indústria, as escolas e o ensino das virtudes.
O Budismo, sob sua forma simples original, não permaneceu então no Tibet e cem anos depois outro rei convidou religiosos da Índia para pregar o Budismo no Tibet. Finalmente uma nova Teocracia se estabeleceu, tendo o Budismo como base e sua época de crescimento ocorreu do meio do século 11 até a metade do século 14.
Gengis-Kan conquistou o Tibet no começo do século 13 e o Budismo tibetano penetrou no império mongol e com Kublai-Kan (1259-1294) foi oficialmente estabelecido. A religião tomou a forma de uma perfeita Teocracia quando Kublai deu aos monges o poder político do país.
A partir do século 13, o Budismo no Tibet teve seus sumos sacerdotes, sua hierarquia dos monges, seus monastérios, suas ordens religiosas, seu cerimonial, o celibato dos monges, a confissão, o jejum, o culto dos santos e os atos exteriores de devoção. Mas os prelados tinham o comando político temporal completo.
O sistema de mosteiros se desenvolveu no Tibet numa vasta escala. Teve uma magnificiência e tinha um poder jamais visto. O cerimonial minucioso, o ritual estranho, as dotações dos reis e a autoridade sem contestação dos monges no Tibet foram descritas por numerosos viajantes.
A Teocracia em sua forma mais completa foi realizada no Tibet. O Politeísmo conservador em que os guerreiros ficam subordinados ao corpo de sacerdotes pode ser estudado ali. A Filosofia da História pode usar o conhecimento de seus feitos como um laboratório para compreender como se dá evolução da sociedade. É a observação experimental sociológica com o verdadeiro caráter científico.
Pode-se comprovar como todas as religiões eram sistemas de educação por seus resultados. Empregavam, até hoje, as figuras de ficção dos deuses. Os deuses eram MEIOS usados. A definição de religião não pode usar os meios e sim os resultados para dizer o que é a religião. Os resultados de toda e qualquer religião foram a LIGAÇÃO de cada indivíduo com sigo mesmo, na coerência da pessoa com a RE-ligação aos demais membros da comunidade, no tempo e no espaço.
Quem ainda tiver os seus deuses, hoje, não pode perceber essa verdade sociológica. Os deuses dos outros são para eles perigosos demônios. No entanto sabemos que os deuses foram patronos protetores dos povos antigos e são mitos presentes na longa evolução de nossos antepassados.
A sociologia científica exige a pesquisa dos fatos sem ódio e sem parcialidade como premissa de justiça histórica.

AMANHÃ: A corporação sacerdotal dos Teocratas do Japão.

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