08 DE JANEIRO: Bel, o deus supremo na Babilônia no calendário histórico.
BEL
Belus, Baal, Ba’al em hebraico, do fenício Ba’al, Lorde
(na lenda, o deus supremo da Babilônia)
BEL, DEUS DA BABILÔNIA, A GRANDE TEOCRACIA DA MESOPOTÂMIA
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.
BEL foi um dos doze deuses do céu, cada um deles recebendo um signo do zodíaco na Babilônia e cada um era o nome de um mês do calendário anual. O nome Bel significava também “Senhor” e servia para invocar os onze outros deuses do culto. Por exemplo, o deus Bel-Merodach era o deus relativo ao planeta Júpiter, que comandava a força produtiva da natureza na mitologia astrolátrica, no culto dos astros como os mais importantes fetiches.
Como o deus supremo na Babilônia, na lenda ele governava o ar. Sua mulher era Belit. O historiador Heródoto se referia ao deus Bel como parecido com o deus grego Zeus, mas sendo diferente do deus assírio Baal.
A Babilônia foi um dos primeiros centros de comércio e de civilização. O desenvolvimento dos sistemas de irrigação deu nascimento à arte dos engenheiros ao mesmo tempo em que a riqueza pelo capital acumulado favoreceu o surgimento das artes decorativas.
As funções eram hereditárias, a família sendo a única escola onde eram ensinados os diferentes segredos da cada profissão, mas não existiam propriamente castas Nós devemos à Babilônia a instituição da semana e a divisão do círculo em graus, minutos e segundos, de acordo com o sistema de anotação babilônico. Tomamos conhecimento da instituição da semana por meio dos judeus, e a divisão do círculo veio por meio dos fenícios.
A irrigação natural com a água do rio Eufrates tornou fácil, no país que ele banhava, a passagem da vida nômade para o estado sedentário. Então, favorecido pelas vastas planícies e o retorno periódico das águas aos mesmos tempos das estações anuais, surgiu nesse vale o culto dos astros, ou seja, a Astrolatria. A Astrolatria só pode ser desenvolvida depois que o povo se torna sedentário, quando ele pode perceber a grandeza e a regularidade do movimento dos astros.
É a Astrolatria que serve de transição na passagem da religião do Feiticismo ou Fetichismo ou Magia para o Politeísmo, a importante religião de muitos deuses, de longa duração, por muito séculos, com grandes populações. Os fetiches antigos, temidos e adorados, comparados com os astros, se mostraram menos poderosos e mais conhecidos em sua verdadeira condição de seres inertes. Quando os astros passaram a ser conhecidos, tornaram-se os fetiches mais importantes.
É então que o homem passa a adorar os astros e uma nova classe de poder teórico torna-se indispensável: a classe dos sacerdotes, únicos capazes de explicar o movimento dos astros e de interpretar as suas “vontades”, suas ordens. No Fetichismo, a vontade das coisas, dos fetiches, era interpretada pelo próprio adorador de seu objeto de culto.
Sabemos que a região em que se localizou a Babilônia foi o berço da civilização humana. Por volta dos anos 3000 aC a Suméria foi o centro de uma cultura adiantada, já na fase da religião da Teocracia do politeísmo.
Os sumerianos irrigavam seus campos com canais projetados com precisão, usavam bronze e ferramentas de pedra polida, fabricavam tecidos e vasos modelados em tornos, com mesas rotativas. Eles construíram grandes templos e palácios, usavam carros com rodas e navios a vela.
A Babilônia foi a grande sucessora e herdeira da civilização sumeriana. Tinha calendário preciso, previa as estações e sua escrita cuneiforme era internacional, naquele tempo. A escrita cuneiforme era feita com sinais em forma de V, gravada sobre placas de argila.
Bel foi o deus principal da Babilônia, uma civilização teocrática que construiu grandes templos e ricos palácios. Sabemos que o politeísmo só pode ser pensado depois que os homens conseguem fazer a abstração. Pensar os atributos em separado dos objetos, como na abstração, é que permite imaginar os poderosos deuses da Teocracia necessários para explicar os poderosos riscos à vida humana. Os deuses são dotados dos mais potentes atributos que conhecemos. Também necessários para governar as populações rústicas e violentas. Deuses pacíficos de amor e de paz não seriam fortes para conduzir as sociedades para a sobrevivência e para o progresso.
A Babilônia foi um importante marco na historia da evolução humana, uma longa novela que se desenrola por milênios, partindo da mais remota animalidade para a construção da grande e real humanidade.
AMANHÃ: O poder absoluto de Sesostris no Egito.
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