01 DE JANEIRO: A Teocracia das grandes civilizações no calendário.
MÊS DA TEOCRACIA INICIAL
O primeiro mês é a homenagem às primeiras populações humanas.
(A Teocracia se iniciou desde a animalidade, milhões de anos antes de nossa era; durou até a civilização da Grécia antiga)
SISTEMA DE GOVERNO RELIGIOSO DOS SACERDOTES DA ASTROLATRIA E DO POLITEÍSMO
As mais remotas formas de civilização no passado
do Fetichismo e do Politeísmo, nas eras antigas,
na Pré-história e no início da história.
Provas recentes na Arqueologia indicam que a evolução da civilização humana ocorre num período de seis milhões de anos. Os humanos aprenderam a andar em duas pernas há 4 milhões de anos: antes eram nossos antepassados meros animais quadrúpedes. Da mesma forma como nossos bebês de hoje, andávamos de quatro. Estávamos em eras anteriores à pré-história. O uso do fogo data de 500 mil anos atrás.
A pré-história há três milhões de anos compreende três eras: a idade da pedra, a idade do bronze e a idade do ferro. A idade da pedra começou na África há três milhões de anos atrás. Na Ásia começou há dois milhões e na Europa há um milhão de anos antes de nós. Conhecemos muito pouco da nossa vida na pré-história e nas eras anteriores, por falta de registros em documentos históricos. Porque ainda não havíamos criado a escrita.
A forma de escrituração mais antiga é hoje tida como sendo os hieróglifos da Egito antigo, em 3300 anos antes da nossa era. A escrita na Suméria data de 3000 anos. Nessa época já governavam o Egito os sacerdotes da religião do politeísmo.
A TEOCRACIA como governo dos sacerdotes do politeísmo é o durável sistema religioso mais estável criado pela sociedade humana. As religiões do politeísmo conservador, dirigidas pelos sacerdotes dominantes sobre os guerreiros, mantinham seu poder sobre grandes populações por muitos séculos, construindo grandes impérios. São exemplos mais conhecidos as Teocracias dos judeus, da Índia, da Pérsia, da Babilônia e do Egito.
Neste mês são lembrados os líderes das mais antigas populações. A primeira das religiões dos homens foi o Feiticismo ou Fetichismo, de que não restou nenhum documento e seus líderes feiticeiros não têm seus nomes conhecidos. A religião mais primitiva não tinha um sacerdócio estabelecido porque cada indivíduo ligava-se diretamente a seu fetiche pessoal .A escrita não era ainda conhecida. O Fetichismo ou Magia ou Animismo foi o estado preparatório mais decisivo e mais prolongado de todas as fases da religião, sendo a forma de pensar que resulta naturalmente da falta de conhecimento e experiência básica anterior. Nessa situação o que se sabe é que cada uma pessoa age por sua própria vontade. Portanto a hipótese mais simples é que todos os objetos devem, da mesma forma, ter o comportamento como um ser vivo. Então as coisas são vivas como eu. É a magia geral.
Não foi possível colocar o nome desses antepassados nossos no Calendário Histórico. Restaram apenas alguns indícios de sua civilização. Algumas de suas formas foram conhecidas em populações mais recentes, preservadas do contato com a civilização mais adiantada da Europa. São casos como populações isoladas do interior da África, da Austrália e da América.
Os povos primitivos não tinham desenvolvido a capacidade da abstração. A habilidade mental de reconhecer as aparências dos corpos, os acontecimentos ou fenômenos mostrados, é uma capacidade nobre da inteligência. O mesmo ocorre na infância do indivíduo, que só pode reconhecer as coisas, sem perceber que há fenômenos iguais em corpos e situações diferentes, como a cor vermelha, como a força, o calor.
Essa incapacidade de abstrair nas crianças foi pesquisada experimentalmente pelo psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) em 1964. Ele mostrou que só no estágio operacional a partir dos 7 aos 12 anos é que a criança começa a ser capaz de formar noções abstratas. Piaget confirmou, assim, a teoria de Augusto Comte (1798-1857), mostrada no 5º volume do Cours de Philosophie Positive, publicado em 1841. É um fenômeno psicológico de grande importância no progresso da ciência.
A incapacidade da inteligência dos povos e das crianças em fazerem a abstração, impede que formem a idéia de uma entidade que esteja fora dos corpos, muito menos que essas outras “coisas” ou seres tivessem algum poder sobre os corpos. Os povos primitivos e as crianças são feiticistas, supondo que todos os corpos sejam vivos, ativos, que são os fetiches. Ou seja, os fetichistas ou feiticeiros originais não podem criar a noção de espíritos ou deuses. As coisas para eles é que têm atividade própria: a pedra cai porque a pedra quer cair. O raio destrói e mata porque o raio assim o quer. Cada coisa é um deus concreto, palpável, que tem poder divino.
Os povos fetichistas só conseguem evoluir para observação dos astros depois que passam de nômades para sedentários, quando os fetiches mais importantes são os astros. Então os astros têm os poderes divinos, e, mais tarde, eles são o lugar dos deuses do politeísmo. Os deuses do politeísmo têm por essa razão os nomes dos astros conhecidos, como Marte, Vênus, Netuno. No fetichismo não há necessidade de um intérprete dos fetiches. Só no politeísmo é que a classe dos sacerdotes se torna necessária para conhecer a vontade dos deuses, que são abstrações inaccessíveis.
A classe dos sacerdotes passa a ter a função do ensino, do julgamento dos indivíduos e da consagração. Essa classe especial tem grande importância na história da sociedade. No politeísmo a transmissão das profissões é feita por hereditariedade, formando as castas da teocracia. Essa transmissão pode ser chamada, pois, de transmissão teocrática da riqueza e do poder. Só então a escrita foi inventada, permitindo o registro dos anais da história.
O politeísmo sacerdotal, conservador, é um sistema de ensino e consagração de longa duração. Tem como característica ser uma religião com normas de higiene, além das regras de conduta, de opinião e de culto. É o que se pode ver na teocracia dos judeus, com regras de alimentação e de higiene.
No tempo em que a civilização começou, pode-se dizer que eram teocracias conservadoras antigas todas as civilizações da costa do Mar Mediterrâneo e da Ásia. E a Grécia passaria a ser um politeísmo progressista, governado pelos guerreiros e não pelos sacerdotes. O mesmo ocorreu com Roma.
Só com os gregos foi possível sair da teocracia antiga, abrindo o acesso ao saber científico que estava fechado na casta sacerdotal, como segredo divino. Por essa abertura é que parece que a filosofia e a ciência teriam nascidos na Grécia. Os gregos fizeram o primeiro passo de destruição das crenças antigas, representadas pela Teocracia antiga. A destruição das crenças divinas prosseguiu até nossos dias, com sua queda completa nas elites.
A civilização dos povos mais antigos, fetichistas e astrolátricos, só pode ser rememorada pelas obras e pelos registros da grande religião dos sacerdotes teocratas.
AMANHÃ: Hércules, o herói nacional dos gregos.
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