DEZEMBRO 14 D’Alembert: a
generalização do estudo do pêndulo composto
D’ALEMBERT
Jean
le Rond d’Alembert
(nasceu
em 1717, em Paris; morreu em 1783, em Paris, França)
FAMOSO
MATEMÁTICO, FILÓSOFO E ENCICLOPEDISTA
FILOSOFIA DA HISTÓRIA.
Nesta segunda semana mostra-se principalmente a complementação da
Mecânica Celeste pelo cálculo infinitesimal. Aqui encontramos Viète, Fermat e
Wallis que prepararam esse cálculo; Clairaut, Euler, d’Alembert e Fourier que o
aplicaram aos problemas da física; Lagrange que o assimilou ao cálculo
ordinário. Newton mesmo falou, aliás, de Descartes e de Leibnitz, cuja
iniciativa matemática se igualou à sua.
Newton, cujo gênio matemático transformou a vaga hipótese da
gravitação planetária numa certeza científica infalível, tem aqui o lugar
principal de chefe de semana.
Ver em 1203 01 C de dezembro 03, o QUADRO
DO MÊS DE BICHAT A Ciência Moderna com os grandes nomes
representativos da evolução social da ciência.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
D’Alembert (1717-1783 era o filho ilegítimo de uma escritora francesa. Ele
foi deixado ainda recém-nascido nas escadas da Capela de Saint Jean le Rond.
Foi encontrado pela polícia e entregue a uma pobre vidraceira que o criou,
dando-lhe o nome da igreja em que foi achado, de Jean le Rond. Ele respondeu à
sua mãe biológica, que mais tarde se apresentou: “A senhora é minha mãe de ocasião,
mas minha verdadeira mãe é a vidraceira”.
D’Alembert morou por 40 anos com a pobre mulher. Durante a vida de
seu pai, um oficial de artilharia, recebeu uma pequena pensão e foi educado no
Colégio das Quatro Nações, por professores jansenistas que notaram o seu
talento científico para a matemática. Ele matriculou-se inicialmente com o nome
de Jean-Baptiste Daremberg, mas depois mudou seu nome para d’Alembert.
Os professores jansenistas tentaram sufocar a tendência científica
do aluno, na esperança de levá-lo para as doutrinas místicas, no estudo da
teologia, como aconteceu com Blaise Pascal. O que não conseguiram, d’Alembert
demonstrando mesmo uma aversão completa por toda a vida a essas doutrinas.
Depois de estudar Direito por dois anos e Medicina por um ano, finalmente
dedicou-se às ciências, a única ocupação que de fato lhe interessava. Ele foi
um autodidata, estudando todos os assuntos quase inteiramente sozinho, por
conta própria.
Sua primeira obra d’Alembert escreveu com a idade de 22 anos, Mémoire sur le calcul intégral, Memória
sobre o cálculo integral, de 1739. Com a idade de 24 anos, em 1741 ele foi
admitido para a Academia de Ciências de Paris, começando uma carreira brilhante
de descobertas científicas por 25 anos. Ele colaborou com Denis Diderot na
produção da célebre ENCICLOPÉDIA, para
a qual escreveu a Introdução e vários
artigos. Depois da publicação do segundo volume da obra, o governo francês
proibiu sua venda e d’Alembert se retirou do empreendimento. Os colaboradores
da Enciclopédia eram os mais competentes pensadores da época, sempre empenhados
na construção da nova ciência e da nova filosofia moderna e em geral
emancipados das crenças religiosas.
O tratado mais importante de d’Alembert, o Traité de dynamique, se baseia sobre o PRINCÍPIO DE D’ALEMBERT, foi
publicado em 1741. Era uma generalização do estudo do pêndulo composto, que
havia ocupado as pesquisas de Huyghens e os irmãos Bernoulli. No caso do
pêndulo composto passou-se do estudo do movimento de uma única partícula, para
o estudo do movimento de uma massa, ou seja, de um SISTEMA de partículas, cada
uma animada por sua própria tendência a se mover e sendo, no conjunto, ativas e
passivas. O problema foi tratado por d’Alembert em seu amplo aspecto e marcou
uma época na história da Mecânica Racional.
O princípio de d’Alembert pode ser mostrado da forma mais simples
como
“a
resultante das forças que agem sobre um sistema é equivalente à força que age
sobre todo o sistema”
Em 1752 ele recebeu uma pensão anual de Frederico o Grande, da
Prússia, com quem manteve uma longa correspondência. Esteve em visita a Berlim
em 1763, mas recusou-se a ficar, mesmo convidado pelo imperador.
Os filósofos Enciclopedistas receberam o apoio de d’Alembert na
hostilidade ao cristianismo, embora fosse muito cauteloso. Em 1765 ele escreveu
um folheto sobre a expulsão dos jesuítas da França, mostrando que, apesar de
suas qualidades como intelectuais e educadores, eles acabaram se destruindo
pela sua descontrolada ambição pelo poder político.
Na sua vida pessoal d’Alembert foi simples e discreto, nunca
procurando a riqueza, mas divulgando o conhecimento científico para a formação
da cultura do iluminismo.
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