A evolução intelectual da sociedade humana libertada do regime da Teocracia oriental, iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga homens do povo como pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, fora da casta sacerdotal fechada puderam questionar os fatos gerais e princípios que governam tudo que nos envolve, desenvolvendo o saber filosófico herdado do passado. As populações mais antigas para viver sempre formavam um plano prévio para suas ações com os dados então disponíveis. Ou seja, os homens sempre filosofaram.
Mas a explicação com os gregos a filosofia não se baseou mais na vontade arbitrária dos deuses, mas foi feita usando a observação dos fatos. Antes a observação subordinada à imaginação criava o conhecimento da vontade dos seus poderosos deuses.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolveram a ciência separada da filosofia. O estudo da filosofia se enfraqueceu.
A ciência abstrata iniciada pelos gregos estuda somente uma das aparências, um dos acontecimentos que ocorrem nos objetos. A pesquisa se torna muito mais simples. Por exemplo, o estudo da forma dos objetos é feito na Geometria, abandonando os demais acontecimentos, propriedades ou fenômenos que existem.
A separação do estudo do fenômeno do estudo dos objetos ou seres também fica muito mais geral, já que o mesmo fenômeno ocorre em muitos objetos diferentes.
O fenômeno de quantidade é comum a tudo que existe, a todo ser. A quantidade define se existe ou não. Define a existência, define o fato de ser, o fato de existir. Seu estudo é feito na Matemática. Ele permite encontrar as relações, tendências fixas que são as leis abstratas constantes entre o fenômeno
Esse modo de pesquisa é o raciocínio abstrato. O raciocínio abstrato é mais difícil do que o raciocínio concreto. No pensar de modo concreto é criada a descrição de cada objeto e de suas propriedades particulares. Para que a mente consiga fazer a abstração dos detalhes é necessário o conhecimento de muitos objetos para que seja feito o estudo das propriedades comuns a todos. Exige, portanto, a experiência e a memória dos casos particulares para realizar a identificação e a seleção da propriedade ou fenômeno a estudar.
O modo de raciocinar abstrato na história só é observado nas sociedades mais evoluídas que chegaram a desenvolver o politeísmo, criando os deuses. As populações antes dessa fase não conseguem realizar a abstração necessária para a idealização dos deuses. Só com a evolução social torna-se possível a concepção da força, da inteligência e de outras qualidades abstratas das divindades. Sem poder pensar em notáveis características abstratas não se pode pensar em deuses.
Na infância a criança não consegue pensar a abstração antes de cerca dos cinco a sete anos de idade. A capacidade de realizar a abstração marca o fim da primeira infância, definida como a idade pré-escolar. Antes da escola que ensine aritmética, a base de todo o estudo da matemática.
Calendário HISTÓRICO FILOSÓFICO
para um ano qualquer OU
quadro concreto da preparação humana
LUNEDIA=segnda-feira; MARTEDIA=terça; MERCURIDIA=quarta;
JOVEDIA=quinta; VENERDIA=sexta-feira.
Os nomes à esquerda são para o ano C comum; à direita, anos B bissextos.
QUADRO DO 3º mês DE Aristóteles | ||||
A filosofia antiga No Ano C Comum No Ano B Bissexto | ||||
Lunedia | 1 | Anaximandro | 26.fev. | |
Martedia | 2 | Anaxímenes | 27 | |
Mercuridia | 3 | Heráclito | 28 | |
Jovedia | 4 | Anaxágoras | 1.mar. | |
Venerdia | 5 | Demócrito | Leucipo | 2 |
Sábado | 6 | Heródoto | 3 | |
Domingo | 7 | Tales | 4 | |
Lunedia | 8 | Sólon | 5 | |
Martedia | 9 | Xenófanes | 6 | |
Mercuridia | 10 | Empédocles | 7 | |
Jovedia | 11 | Tucídides | 8 | |
Venerdia | 12 | Arquitas | Filolau | 9 |
Sábado | 13 | Apolônio de Tiana | 10 | |
Domingo | 14 | Pitágoras | 11 | |
Lunedia | 15 | Aristipo | 12 | |
Martedia | 16 | Antístenes | 13 | |
Mercuridia | 17 | Zeno | 14 | |
Jovedia | 18 | Cícero | Plínio, o Jovem | 15 |
Venerdia | 19 | Epiteto | Arriano | 16 |
Sábado | 20 | Tácito | 17 | |
Domingo | 21 | Sócrates | 18 | |
Lunedia | 22 | Xenócrates | 19 | |
Martedia | 23 | Filon de Alexandria | 20 | |
Mercuridia | 24 | S. João Evangelista | 21 | |
Jovedia | 25 | S. Justino | Sto. Irineu | 22 |
Venerdia | 26 | S. Clemente de Alexandria | 23 | |
Sábado | 27 | Orígenes | Tertuliano | 24 |
Domingo | 28 | PLATÃO | 25 |
Todos os meses são iguais, de 28 dias e todos começam numa segunda-feira, terminando num domingo dedicado ao chefe da semana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário