FEVEREIRO 25: Virgílio o maior poeta latino.
VIRGÍLIO
Virgil, Vergil, Publius Vergilius Maro em latim
(nasceu no ano 70 antes de nossa era, em Andes, Mântua, Itália; morreu no ano 19, antes de nossa era,
em Brundisium, hoje Brindisi, Itália)
POETA ROMANO AUTOR DA ENEIDA MAIS CÉLEBRE POEMA DA LITERATURA
Redução do cruel poder político e intelectual da religião
ao derrotar os exércitos da Teocracia oriental.
Na Grécia a arte coordenou a política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado pela primeira vez no mundo o total poder político e mental da casta hereditária e secreta dos sacerdotes das teocracias. Para sempre.
Foi politeísmo militar contra politeísmo sacerdotal.
A arte gera emoções, cria visões de progresso, visões do futuro.
A arte tem, desse modo, certo poder de antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por humanos. Mas não é a profecia sobrenatural mágica, dos antigos.
Na quarta semana do mês de Homero estão os poetas de Roma, tanto os épicos como os líricos. Ela compreende um período de seis séculos e meio pelo menos, sua influência continuando através da idade média. É como a visão profética de uma era de paz que inspira os poemas de Virgílio até que seria formulada de novo por Dante.
A semana termina no domingo tendo como chefe Virgílio.
Ver em 0129-01 Quadro do Mês de Homero, a Poesia Antiga,
com os grandes tipos representantes do mês.
VIRGÍLIO, o maior poeta latino nasceu em Andes, próximo a Mântua, na Itália, durante o governo do primeiro consulado de Pompeu e Crassus, no ano 70 antes da nossa era. Seu pai, um rico fazendeiro, lhe deu a melhor educação da época.
Com saúde delicada e de temperamento nervoso, o jovem recuou diante das lutas nas guerras e nos tribunais e se dedicou desde sua juventude a uma vida retirada e de meditação, sonhando em fazer um grande poema sobre os primeiros tempos da história romana, ocupando os intervalos com poemas menores sobre a vida no campo.
Virgílio viveu pouco tempo em Roma e se retirou para Nápoles, numa casa de campo onde passou o resto de sua vida. O imperador Augusto foi seu protetor e amigo. Durante uma viagem na Grécia, com o imperador, ele teve uma febre e morreu no mar, no ano 19, perto de Brindes, não tendo ainda 51 anos completos. Ele foi enterrado em Pausilipe, perto de Nápoles. Um mausoléu foi erguido em sua honra, tendo sido um lugar de peregrinação e de respeito.
Nenhuma vida inteira foi consagrada mais completamente à elaboração de um grande projeto. Nenhuma outra vida apresentou uma concentração ininterrupta de esforços na direção de um objetivo poético, a não a vida de Virgílio. Ele era alto, moreno e com um jeito rústico, modesto, tímido mesmo, de gosto solitário e um pouco arrogante. Era quase sempre doente e fraco e nunca se casou.
Sua vida e sua obra foram puras e delicadas, cheias de uma melancolia profundamente religiosa. Viveu longe de todos os conflitos, de todas as distrações, tanto públicas como particulares. Um amigo íntimo descreveu o poeta com as palavras: inocência, fé, piedade, o que quer dizer simplicidade, honra, consciência.
Virgílio tinha 22 anos quando Júlio César ganhou o lugar de imperador e tinha 39 anos quando Augusto, seu amigo, foi feito imperador de Roma, não hereditário. O poeta, simpático às novas esperanças de uma era de paz e de ordem, viu no governo unitário do Império uma época de prosperidade e de estabilidade. A sua carreira de poeta foi inspirada pela missão de idealizar esse futuro de desenvolvimento pacífico, tendo Roma como mestra e diretriz do mundo. Suas poesias Bucólicas e suas Geórgicas são os poemas da paz e da indústria rural. Virgílio concentrou sua vida na produção da Eneida.
Com inspiração na Ilíada de Homero, ele exaltou no poema as origens e o espírito do povo romano, numa das maiores obras da literatura mundial. Escrita em latim, a Eneida conta a lenda do herói Enéias, sobrevivente da destruição de Tróia e primeiro ancestral do povo romano nos 12 cantos ou livros de que se compõe. Os antigos romanos acreditavam ser descendentes dos troianos. Enéias é rei e também guerreiro valente, mas prudente e sábio.
A idéia central do poema de Virgílio é a reconciliação. O objetivo do herói é estabelecimento de um novo império universal, os homens e os deuses criando uma idéia de paz, o que faz da Eneida uma obra de valor permanente. O Império Romano é ali idealizado como a extensão do saber, da cultura e dos costumes do povo romano. O ideal da expansão da cultura européia de Roma e do cristianismo foi a razão que levou Dante Alighieri a escolher Virgílio como seu guia no poema da Divina Comédia. A Eneida inspirou Dante e também Luís de Camões em Os Lusíadas.
Virgílio se mostrou um mestre consumado da língua latina, na sua habilidade poética majestosa nos versos, no sistema e na perfeição de sua forma. Demonstra sua imensa erudição e seu espírito filosófico, com seus apelos profundamente sensatos e morais ao dever e ao heroísmo, com sua maneira de representar a vida e a morte.
Nota-se o refinamento da descrição do chefe magnânimo, da ternura e da paixão intensas de suas heroínas e de seu estilo, que faz dele o mais conhecido e apreciado poeta dos antigos em razão da forma escultural que deu a suas nobres concepções. Em virtude de sua situação histórica completamente única, tornou-se um dos maiores poetas do mundo.
AMANHÃ: Aristóteles, a Filosofia Antiga. Anaximandro.
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