FEVEREIRO 12. Pilpai: a mais antiga coleção de fábulas da Índia
PILPAI
Vishnu Sarma, Vishnusharman
(viveu nos anos 200 antes da nossa era, em Varanasi, hoje Uttar Pradesh, Índia)
AUTOR DAS FÁBULAS PANCHATANTRA A MAIS ANTIGA COLEÇÃO DE FÁBULAS DA ÍNDIA ANTIGA
Redução do poder político totalitário da religião
pela derrota da Teocracia oriental.
Na Grécia a arte coordenou a política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado pela primeira vez no mundo o total poder político e mental da casta hereditária e secreta dos sacerdotes das teocracias. Para sempre.
Foi o politeísmo militar grego contra o politeísmo sacerdotal oriental.
A arte gera emoções, cria visões de progresso, visões do futuro.
A arte tem, desse modo, o poder de antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por humanos. Mas não é a profecia sobrenatural mágica, dos antigos.
Estão nesta semana os autores cômicos e satíricos da antiguidade, da Grécia e de Roma. Estão os Romanos aqui porque a esse respeito a obra de Roma pode ser comparada àquela dos gregos. O mesmo não pode ser dito para as artes da forma ou para a tragédia. Os autores de fábulas figuram aqui por continuarem a comédia dos costumes humanos.
A semana tem como chefe Aristófanes no domingo que a termina.
Ver em 0129-01 Quadro do Mês de Homero, a Poesia Antiga,
com os grandes tipos representantes do mês.
As fábulas de Vishnu Sarma faziam parte de um livro destinado à educação política de príncipes indianos. O nome do tratado era Panchatantra ou Pañcatantra no idioma Sânscrito, significando CINCO PRINCÍPIOS ou CINCO ESTRATÉGIAS. O que foi traduzido como AS FÁBULAS DE BIDPAI ou FÁBULAS DE PILPAI, como ficou conhecido nas línguas da Europa. Portanto PILPAI é o nome europeu de Vishnu Sarma ou Vishnusharman. A obra foi traduzida para mais de 50 línguas, de que mais de 200 versões são conhecidas.
O texto original escrito em Sânscrito, perdido há muito tempo provavelmente era baseado nas antigas tradições orais dos contadores de histórias do tempo da origem da linguagem, quando os caçadores e pescadores se reuniam em volta das fogueiras feitas nas clareiras.
As histórias mostram, para o ensino dos jovens príncipes hindus que poderiam assumir o poder mais tarde, mostrando os princípios importantes da ciência política por meio de uma série de contos interligados de vivas histórias de animais falantes. Eram sucessões de narrativas, cada uma abrindo outra, mantendo a atenção do estudante. Os cinco princípios políticos eram:
A perda de amigos
Fazer amigos
Provocando luta entre amigos
Separação
União
Comparando as fábulas de Pilpai com as fábulas de Esopo, nota-se suficiente semelhança para supor que ambas tiraram elementos de uma fonte comum. A obra foi traduzida para o idioma persa nos anos 400 da nossa era e mais tarde para a língua árabe. Em 1709 a versão na língua persa foi traduzida para o francês e mais tarde para o inglês.
As FÁBULAS DE PILPAI mostram como ocorreu sempre a migração do conhecimento, entre as populações antigas. Do mesmo modo ocorria a disseminação dos sentimentos e das técnicas de produção. As fábulas tomaram sua forma literária entre o século 4 e 6 da nossa era. Escritas pelo sábio hindu Vishnu Sarma é uma das mais fortes influencia sobre a literatura de todo o mundo. Foi exportada pelos contadores de história e pela literatura para o norte, até o Tibet e para a China bem como para o sul e leste da Ásia por monges budistas em suas peregrinações. Logo depois chegou à Pérsia e à Europa.
As fábulas são composições literárias curtas em prosa ou em verso mostrando conselhos ou regras morais. O objetivo fica claro no fim da história, que em geral mostra o conflito entre animais. A parábola também entrega uma verdade moral, em casos possíveis, ao passo que a fábula tem uma situação impossível ou improvável. São duas formas de alegoria.
O famoso escritor francês LA FONTAINE reconheceu ter recebido a influência de Pilpai, ou seja Vishnu Sarma, o sábio hindu, na introdução de seu livro SEGUNDAS FÁBULAS.
AMANHÃ: Plauto o grande gênio da comédia.
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