0322 SÃO JUSTINO
22 DE MARÇO. S.Justino: As apologias do teólogo martir.
SÃO JUSTINO
Justin Martyr, Saint
(nasceu cerca do ano 100 da nossa era, em Flavia Neapolis , Palestina; morreu cerca do ano 165, em Roma)
FILÓSOFO APOLOGISTA TEÓLOGO NO COMEÇO DA IGREJA CRISTÃ
A evolução intelectual da sociedade libertada do regime da Teocracia sacerdotal do oriente, iniciando a aplicação da ciência pura abstrata à vida humana.
Pela primeira vez na sociedade humana no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga pensadores dedicarem sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, encontrar pela Filosofia os fatos gerais e princípios que governam tudo que nos envolve. Mas a explicação se baseou na vontade arbitrária dos deuses, mas foi feita usando a observação dos fatos. Antes a observação se destinava a conhecer a vontade dos seus poderosos deuses.
Do século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Esta é a quarta semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga. É consagrada à escola de Platão que prepara a doutrina da igreja cristã.
O tipo principal é Platão como chefe da semana no domingo que a encerra.
Ver o Quadro 0226 do Mês de Aristóteles postado em 25 de fevereiro.
SÃO JUSTINO nasceu em Flávia Neapolis , cidade grega construída no lugar da antiga Sichem na Palestina. Ele descreveu num de seus diálogos seus estudos das diversas escolas de filosofia e a sua adoção final da doutrina de Platão. Um velho que o encontrou um dia a bordo de um navio lhe recomendou estudar as escrituras cristãs. A coragem invencível com que os cristãos sofriam a perseguição já tinha impressionado a Justino. Ele aceitou sua doutrina e destinou o resto de sua vida à sua propagação, primeiro no Egito e na Ásia, depois em Roma com a aparência de um filósofo e procurando dar à nova doutrina bases filosóficas.
Alguns dos escritos de Justino estão na forma de defesas ou de elogios, apologias, dirigidas ao Imperador de Roma. Estão cheios de referência a Platão e a seus predecessores. Justino foi fortemente atraído, diz ele, pelas concepções de Platão sobre os seres incorporais ou idéias e pelo regime intelectual imaginado para tornar o homem capaz de compreendê-las.
Justino encontrou em Platão – estabelecidos ou sugeridos de maneira obscura – não somente as verdades relativas à criação do mundo por Deus, mas também os mistérios da cruz e da Trindade; porque Platão e seu mestre Sócrates haviam, segundo Justino, obtido seu conhecimento dessas coisas dos escritos de Moisés. Eles têm, então, uma parte no Logos divino, a palavra ou a razão de Deus. Desse modo, seu ensinamento não é oposto ao ensino de Cristo.
A grande contribuição de Justino para a teologia cristã é a sua concepção de um plano divino da história. Seria um processo de salvação realizado por Deus, em que as várias épocas históricas foram integradas numa unidade orgânica dirigida a um término sobrenatural. O Velho Testamento e a filosofia grega se unem para formar um único processo para chegar à cristandade.
Justino é chamado comumente de o “Mártir” e de o “Filósofo”. É o primeiro dos apologistas da religião cristã cujos textos chegaram até nós. Viajou a partir do ano 135 de cidade em cidade proclamando a nova filosofia cristã, na esperança de converter os pagãos educados. Ficou longo tempo em Roma. Muito tempo depois, em seguida a um debate com Crescens, intelectual cínico, ele foi denunciado ao prefeito de Roma como subversivo. Foi condenado à morte no reinado do Imperador Marco Aurélio. Ele foi decapitado em Roma.
Justino foi o primeiro escritor da igreja primitiva a introduzir o vocabulário filosófico na discussão da doutrina cristã. Ele foi um grande divulgador do pensamento cristão, sendo seus textos de grande valor pela informação que eles fornecem da igreja cristã no segundo século da nossa era.
AMANHÃ: A moderação no ensino de Clemente de Alexandria.
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