14 DE MARÇO. Zeno: Fundador da escola dos estóicos.
ZENO
Zénon em francês, Zeno of Citium em inglês
(nasceu cerca do ano 340 antes da nossa era, em Citium, em Chipre; morreu cerca de 260, em Atenas)
FILÓSOFO GREGO FUNDADOR DA ESCOLA DE PENSAMENTO DOS ESTÓICOS
A evolução intelectual da sociedade libertada do regime da Teocracia sacerdotal do oriente, iniciando a aplicação da ciência pura abstrata à vida humana.
Pela primeira vez na sociedade humana no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga pensadores dedicarem sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que nos envolve. Mas a explicação não se baseou na vontade arbitrária dos deuses, mas foi feita usando a observação dos fatos. Antes a observação se destinava a conhecer a vontade dos seus poderosos deuses.
Do século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Esta terceira semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga apresenta o ponto de vista da Ética da cultura grega. Esses pensadores é que mais atraíram os filósofos romanos. Eles figuram na semana com três pensadores de Roma.
O tipo principal é Sócrates como chefe da semana no domingo que a encerra.
ZENO é o fundador da escola estóica de pensadores gregos. Ele nasceu em Citium em Chipre. Seu pai era comerciante e durante alguns anos Zeno se dedicou ao comércio.
Numa de suas viagens de negócio ele naufragou e perdeu a carga que levava no navio que afundara. Zeno se refugiou no Pireu, onde, numa livraria, leu as Memórias sobre Sócrates por Xenofontes. Perguntando ao vendedor de livros onde ele poderia encontrar aqueles filósofos socráticos. O comerciante lhe apresentou a Crates, que na hora por ali passava.
Zeno estudou por alguns anos com Crates de Tebas e com Stilpon de Megara, atendendo ainda as lições de Platão. Finalmente ele abriu sua escola de filosofia em Atenas, no lugar chamado Estoa Poikile, ou Colunada Pintada, que era um pórtico público decorado com afrescos pintados por Polígono. Era costume que os filósofos ensinassem a seus discípulos em portais públicos. Devido ao lugar da Estoa foi dado o nome de seus discípulos de Estóicos. Pouco é conhecido do começo da vida de Zeno, sabendo-se que ele era conhecido por seus contemporâneos como “o Fenício”. Ele ensinou em Atenas por mais de 50 anos e era muito apreciado por sua feliz maneira de viver. Suas doutrinas não ficaram escritas, mas foram transmitidas por seus numerosos discípulos.
Zeno viveu muito respeitado em Atenas pelo resto de sua vida e morreu numa idade muito avançada. Uma carta elogiosa a Zeno por parte do rei de Antígona da Macedônia foi conservada até hoje. Nessa carta o rei convida Zeno a ir para a sua corte. Também a resposta de Zeno foi conservada, recusando o convite, alegando sua grande idade. Mas propõe o envio em seu lugar de dois de seus melhores discípulos.
Na filosofia de Zeno, desenvolvida por ele e por seus sucessores, ele se propõe a apresentar uma síntese completa, lógica, física e moral. O seu sistema tinha a ética como objetivo principal, compreendendo também a teoria do conhecimento e as ciências. A felicidade para os Estóicos resulta de uma vida que obedecesse a vontade da razão divina que dirige a natureza.
Trata-se de um protesto contra o desânimo e contra os vícios. Mesmo com a separação entre a filosofia e a ciência, que Sócrates havia começado e que estava nessa época completada, a síntese de Zeno conseguiu fama e influência na sociedade da época. Nota-se que ele recebeu a influência de Antístenes e de Heráclito. Das suas obras sobreviveram até nossos dias apenas fragmentos.
Em moral, Zeno recomendava “viver segundo a natureza”, o que implicava, dizia ele, numa vida virtuosa, porque a natureza conduz à virtude. O sistema dos estóicos convinha ao caráter romano, e, passando para a Itália, o Estoicismo adquiriu uma coerência e uma realidade que não tinha antes.
Em toda a Europa ocidental o nome Estóico tomou o significado daquela pessoa que não é afetada ou não se sente perturbada pela desgraça, pela alegria, pelo prazer ou pela dor. Aquele que é moralmente austero e forte.
AMANHÃ: Cícero o dever cívico e de humanidade.
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