26 DE FEVEREIRO: Aristóteles e a Filosofia Antiga.
ARISTÓTELES
Aristoteles em grego; Aristotle em inglês
(nasceu no ano 384 antes da nossa era, em Estagira, Chalcidice, Macedônia; morreu no ano 322, em Chalkis, Euboea, Grécia)
FAMOSO FILÓSOFO GREGO MAIOR MAIS INFLUENTE NA HISTÓRIA
A evolução intelectual da sociedade humana libertada do regime da Teocracia oriental, iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga pensadores dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que nos envolve. Mas a explicação não se baseou na vontade arbitrária dos deuses, mas foi feita usando a observação dos fatos. Antes a observação se destinava a conhecer a vontade dos seus poderosos deuses.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia. O estudo filosófico se enfraqueceu.
A primeira semana do mês representa o nascimento do pensamento grego, durante o qual se tentou explicar o universo por algum princípio físico, fora das lendas religiosas. Ao mesmo tempo a ciência positiva, segura, comprovada da Geometria se desenvolvia gradualmente. Tales é o principal representante da época.
A semana termina no domingo, com Tales como seu chefe. Ver o Quadro 0226-1 do mês postado em 25 de fevereiro.
ARISTÓTELES era filho de Nicômaco, médico do rei da Macedônia. Nasceu em 384 antes da nossa era em Estagira, na Macedônia, no norte da Grécia. Aos 18 anos ele foi para Atenas e se tornou aluno de Platão. Mais tarde foi para a corte do rei Felipe da Macedônia, onde foi encarregado da educação do seu filho Alexandre até a morte de Felipe no ano 336.
Aristóteles voltou para Atenas como professor, instalando sua escola, chamada de Liceu. Com a morte de Alexandre o Grande, deixou Atenas, morrendo no ano seguinte em Chalkis, na Grécia.
O maior pensador da história deu ênfase na pesquisa do conhecimento por meio da observação e da experiência, abandonado o espiritualismo de seu mestre, Platão. A filosofia de Aristóteles estudou com notável originalidade todos os campos do saber, como a física, a biologia, a sociologia, a psicologia, a política. Contribuiu para o estudo da lógica, da zoologia, com um gênio criador apoiado na organização do conhecimento obtido na observação direta e no estudo histórico de cada assunto. É assombroso que essa grande obra do pensamento tenha sido feita trezentos anos antes de nossa era, quando poucos conhecimentos científicos básicos ainda não tinham sidos descobertos. As suas obras, a Política e a Moral têm sua leitura recomendada até nossos dias. A lei da divisão dos ofícios e a lei dos materiais que formam a imaginação são exemplos da filosofia aristotélica.
Aristóteles desenvolveu o estudo da estrutura, da composição da sociedade, ao reconhecer a especialização sempre existente em todo o agrupamento humano. E em conjunto com a divisão dos ofícios, Aristóteles mostra que é necessário fazer com que os diferentes operadores tenham o mesmo objetivo, por meio do governo, que faz acontecer a mesma direção para a obtenção do resultado desejado pela coletividade. Esse princípio da cooperação é expresso da seguinte forma: “O caráter essencial de toda organização coletiva reside na separação dos ofícios e na convergência dos esforços”. Essa é uma lei da sociologia abstrata estática, que vale para qualquer sociedade. É estática porque não depende do tempo, da sucessão, valendo para qualquer época em qualquer sociedade, sendo uma lei de semelhança.
A conseqüência desse princípio é que não é possível eliminar as classes sociais, já que cada atividade ou ofício pertence a uma classe da sociedade. Também torna completamente impossível a igualdade social, uniformizando todas as profissões, como num comunismo ou socialismo pela força do Estado coercitivo, violento. Temos visto que quanto mais desenvolvida a sociedade, com a liberdade, maior é o número de especialidades diferentes, sendo maior a diferença entre as classes, em posição na hierarquia e em remuneração. O grande e justo objetivo da política moderna é a fraternidade, que não deve ser confundida com a igualdade impossível.
Outro exemplo da genialidade de Aristóteles é o princípio da subordinação contínua das construções mentais, subjetivas, do sujeito observador, aos dados do exterior, dos materiais objetivos. O gênio do filósofo descobriu a seguinte lei: “Nada há no entendimento que não provenha primeiro dos sentidos”. Ou seja, podemos inventar qualquer mito, qualquer sonho, qualquer ficção, mas os materiais que compõem o mito, todos, foram tirados das sensações, da informação dos sentidos. Não há saber inato, sem que tenha sido obtido pela sensação. Essa é também uma lei estática, que independe do tempo, uma lei de semelhança. As leis de evolução são leis dinâmicas, leis de sucessão.
O grande filósofo fez a conciliação de um deus com as leis científicas que dirigem os fenômenos. Engenhosamente colocou seu deus como um “Motor Primeiro”, que fez a unidade e as leis científicas da natureza e nada mais. Aristóteles com habilidade evitou negar os deuses, mas cortou os poderes divinos efetivos e permanentes conforme a ciência necessitava. Essa é a metafísica de Aristóteles. É um caso em que a filosofia passa a usar uma ENTIDADE no lugar dos DEUSES antropomórficos, com barba e bigode, o modo de explicação da realidade definida como metafísica. Essa forma de pensar não permite premiar e punir o crente como no modo teísta, acabando com a disciplina divina.
Aristóteles mostra-se em sua obra muito superior ao seu tempo, depois que a arte grega preparou a filosofia e depois dos grandes pensadores da ciência como Tales e Pitágoras.
AMANHÃ: Anaximenes de Mileto.
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