segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

0215 FEDRO

15 DE FEVEREIRO. Fedro: Escritos de fábulas e poemas.

FEDRO
Phaedrus, Phèdre
(nasceu cerca do ano 15 antes da nossa era na Macedônia; morreu no ano 50 da nossa era, na Itália)
POETA ROMANO ESCRITOR DE FÁBULAS LATINAS VERSIFICADAS


Redução do poder político total da religião
ao derrotar as forças da Teocracia oriental.
Na Grécia a arte coordenou a política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado pela primeira vez no mundo o total poder político e mental da casta hereditária e secreta dos sacerdotes das teocracias. Para sempre.
Foi politeísmo militar contra politeísmo sacerdotal.
A arte gera emoções, cria visões de progresso, visões do futuro.
A arte tem, desse modo, certo poder de antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por humanos. Mas não é a profecia sobrenatural mágica, dos antigos.
Estão nesta semana autores cômicos e satíricos da Grécia e de Roma, reunidos porque, a esse respeito a obra de Roma pode ser comparada àque dos gregos. O mesmo não pode ser dito para as artes da forma ou para a tragédia. Os autores de fábulas fig
A semana tem como chefe Aristófanes no domingo que a termina.


FEDRO era originário da Macedônia tendo sido levado muito jovem como escravo para Roma no tempo de Júlio César. A tradição diz que ele foi escravo do Imperador Augusto tornando-se um homem livre na casa do Imperador, quando recebeu a educação dos romanos na leitura dos autores gregos e romanos.
Ele viveu no tempo de Tibério, de quem fala em seus poemas. Sejan, o ministro forte de Tibério teve por ele um ódio implacável. Os versos de Fedro são principalmente versões das fábulas de Esopo com adição de histórias originais e contemporâneas. Ele forneceu ao mundo dos romanos essa forma de literatura com toda imaginação que Esopo difundiu na Grécia.
Fedro obteve grande renome como escritor de fábulas em versos com a métrica iâmbica. A versificação com a métrica iâmbica é feita de modo que cada sílaba átona vem antes da sílaba tônica. As suas fábulas contam as conhecidas histórias da raposa que desprezam as uvas, do lobo com o cordeiro, a fábula do leão com a parte do leão e muitas outras famosas histórias moralizantes com os animais.
Os poemas de Fedro combinam o encanto dos animais que pensam e falam com sua missão de ensino, o que os tornam de grande e duradouro valor. Poetas como Ênio, Lucílio e Horácio introduziram fábulas em seus poemas, mas Fedro foi um pioneiro em Roma nesse gênero.
Na Idade Média, as fábulas de Fedro se tornaram muito populares. Várias publicações em prosa e em verso foram muito populares na Europa. Uma coleção chamada de “Rômulus” foi a base para elas. A identificação de Fedro como o autor dos textos foi perdida, dando a falsa impressão de que o autor seria Rômulus. Só nos anos 1700 é que foi encontrado um documento na Itália com 64 fábulas de Fedro. Outros documentos confirmaram essa descoberta e mais 30 fábulas foram achadas com os versos na métrica iâmbica usada por Fedro.
Estão preservadas até hoje mais 90 fábulas de Fedro. Ele foi o primeiro poeta a traduzir e versificar para a língua latina livros inteiros de fábulas, que circularam então com o nome do autor grego Esopo.
Mais de duzentas histórias chamadas fábulas de Esopo constam de publicações modernas. É impossível discriminar quais foram seus autores. Sabe-se que os recursos de idealização poética foram somados gradativamente. A participação de Fedro foi feita na versificação das fábulas, somadas a fábulas de sua autoria. Fedro também produziu fábulas que contam fatos de sua época, com sátiras da política dos romanos.
As fábulas de Fedro são escritas em linguagem simples e mostram o seu ensino de bons costumes e de moralidade de forma clara. Ele entregou aos romanos, à Idade Média e à modernidade as belas e tocantes lições de moralidade e de bons costumes que Esopo começou a difundir na Grécia antiga, a partir de origens muito mais antigas nas eras pré-históricas.
A imaginação das coisas e dos animais com vida e com qualidades humanas é a primeira das religiões criadas espontaneamente na pré-história pelos homens. É a grande capacidade poética do fetichismo, com o feitiço de seus poderosos amuletos e de suas encantadoras fábulas.


AMANHÃ: O ideal de virtude nas sátiras de Juvenal.


Nenhum comentário:

Postar um comentário