quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

0121 C CONFÚCIO o que não se sabe é saber que não se sabe, não é sabedoria

JANEIRO 21. Confúcio: nada sabes da vida; que podes saber da morte?

CONFÚCIO, CONFUCIUS
K’ung-fu-tzu, Kongfuzi, K’ung Ch’iu nome original
 (nasceu em 551 antes da nossa era, em Shantung, Lu, China; morreu em 479, em Lu, China)

FILÓSOFO HUMANISTA CHINÊS DE MAIOR INFLUÊNCIA NA HISTÓRIA DO PAÍS

ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.
Nesta terceira semana da Teocracia são recordados nossos antepassados da teocracia astrolátrica em que a China, representada por Confúcio, é  o mais completo exemplo. As religiões do Tibet, do Japão, do México e das ilhas da Ociania são classificadas sob o nome de Confúcio.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS


CONFÚCIO (551 -479 aC) nasceu perto da cidade de Yen-Chow na província de Shan-Tong ou Shantung. Até hoje se comemora como seu aniversário o dia 28 de setembro na China. Em Taiwan esse dia é feriado oficial, o “Dia do Professor”.
Ele ficou órfão de pai quando ainda não tinha 3 anos de idade. Confúcio recebeu grande influência de sua mãe, a quem dedicou profunda veneração. Quando adolescente, ele tornou-se um ativo estudioso e quando já era um jovem professor, nas visitas ao Grande Templo perguntava a respeito de todos os assuntos.
Ele tornou-se um grande líder da cultura nacional chinesa. Muitos dos clássicos antigos foram atribuídos a sua autoria. Esses livros, interpretados por Confúcio e por seus discípulos formaram a literatura básica da educação na China por mais de 2.000 anos.
Os antropólogos acreditam que o homem moderno, sucessor do Homo erectus ou do Homo sapiens tenha chegado à China há mais de 200.000 anos atrás, entrando na Idade da Pedra, de muito longa duração. A agricultura foi feita a partir de 10.000 anos aC, havendo indícios de populações na Idade da Pedra Polida 5.000 anos depois.
A primeira religião com esses povos já em estado sedentário era um Fetichismo, que é a adoração de objetos chamados feitiços ou feitiches, sendo
todos os corpos supostos como possuídos de magia, capazes de “feitiçaria”. Foi nessa época que os homens fizeram a domesticação de porcos, cães, carneiros e do boi. Os povos pastores conseguiam fazer a observação do céu e os fetiches mais importantes passaram a ser os astros. A adoração e reverência aos astros levou à evolução do Fetichismo para a Astrolatria, a religião dos fetiches celestes.
Só após longo período de observação dos diversos corpos, é que os humanos podem notar que há aparências iguais em algumas coisas, fenômenos comuns nos seres concretos. A noção de fenômeno separado das coisas é a operação de abstrair as aparências, as abstrações das coisas. Essa é a capacidade de abstração, por meio do raciocínio abstrato. Pensando nas propriedades dos corpos em separado das coisas concretas, fenômenos como a força, a cor, o calor. Só com a abstração puderam entender que entidades sobrenaturais poderosas poderiam explicar os grandes e perigosos acontecimentos observados. Assim foram pensados com toda sinceridade os seus deuses, que passaram a ter os poderes que antes estavam nos próprios objetos, nos fetiches e amuletos. Os chineses não criaram deuses como no Politeísmo de outras civilizações.
Na China a história é feita por muitas dinastias, e a transição da Idade da Pedra para a Idade do Bronze teria sido feita na dinastia Xia. Objetos de bronze foram achados desse período, cerca de 2.000 a 1.500 anos antes de nossa era. A seguir chegou a dinastia Shang (1600 a 1000 aC) e depois a dinastia Zhou, cerca de 1000 a 200 aC.
Os reis na China faziam sacrifícios e rituais religiosos e se comunicavam com seus antepassados interpretando os sinais em ossos de animais ou em cascos de tartarugas preparados por adivinhos profissionais.
As crenças chinesas eram fetichistas, ligadas aos objetos, à terra, ao céu, havendo um elaborado culto às coisas e não a deuses abstratos, figuras da ficção humana, como feito em outros países. Os reis eram, portanto, sacerdotes-imperadores de uma religião sem deuses, ao mesmo tempo que possuíam o domínio do governo político. As dinastias faziam os sacerdotes laicos ou seculares se sucederem por hereditariedade.
A China criou uma Teocracia diferente, com uma religião fetichista ritual, em grande população, iniciando a indústria humana e realizando a primeira acumulação do capital nessa civilização. Dessa forma mostrou as mesmas características das Teocracias Conservadoras do Politeísmo. A China tornou-se uma Teocracia Conservadora fetichista única no mundo.
Na dinastia Shang (1600 a 1000 aC) a indústria do bronze se desenvolveu com grande população encarregada das minas, do refino e transporte do minério de cobre e de estanho, de carvão. Artesãos habilidosos eram necessários para esculpir os moldes e para o acabamento das peças, algumas com até 800 quilos de peso. O bronze era usado mais para os rituais do que para a guerra. A indústria do ferro, usado para ferramentas e utensílios foi criada na dinastia Zhou (1000 a 200 aC).
A doutrina que orientou a grande Teocracia secular da China, sem deuses, a partir de então, foi o ensino de Confúcio conservado e desenvolvido por seus alunos. Confúcio se dirige ao pensamento do homem, não comportando nenhum misticismo. Perto de sua morte, um discípulo se propõe a fazer orações. Confúcio responde: “Minha vida é uma prece”.
Confúcio exclui toda metafísica, todo o saber não verificável, de entidades abstratas. A lógica confuciana é:   
“O que se sabe, saber que se sabe”   
Confúcio ensina:
“Ora, sabe-se que não se sabe nada sobre o Além.
“Tu não sabes nada da vida; que podes saber da morte?”
O Confucionismo é um verdadeiro humanismo laico, secular. É um ceticismo moderno, ensinado 2.500 anos antes de nossos dias. É a doutrina básica de uma Teocracia Conservadora do fetichismo, durando mais de dois milênios.
Confúcio é o genial filósofo humanista da China.

AMANHÃ: Patriarca judeu é o gerador de nações: ABRAÃO.

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