28 DE ABRIL
Fócion: general e estadista de grande
habilidade estratégica e tática
FÓCION
Phocion
(nasceu no ano 402
antes da nossa era; morreu no ano 319)
ESTADISTA E
MILITAR ATENIENSE AMANTE DA PAZ GRANDE DEFENSOR DA GRÉCIA
A
CIVILIZAÇÃO MILITAR
Paz,
Cultura e Cooperação
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
Phocion (402 aC-319 aC) foi aluno na Academia de Platão.
Mais tarde, foi muito amigo do filosofo platônico Xenocrates. Phocion teve uma
longa vida, com numerosos e corajosos serviços prestados.
Phocion tinha uma expressão facial impassível,
imperturbável. Nunca era visto alegre ou triste. No exército ele marchava
descalço e sem agasalhos, a não ser em dias muito frios de inverno..
Era gentil e bondoso, sempre com o rosto rígido e
sério. Sua fala era curta e direta ao ponto, no estilo de espartano, com poucas
palavras, conciso. Aquilo que ele dissesse era feito sempre com muito bom
senso.
Zeno disse que um filósofo não deveria falar a não
ser que suas palavras estivessem bem cheias de significado. Assim era o modo de
falar de Phocion.
Phocion falava bem. Mas, na época, Demóstenes era
tido como o maior orador. Mas Phocion era o orador mais poderoso.
Na mocidade, ele serviu como o tenente do general
Chabrias, de Atenas. Por seus serviços, tornou-se um oficial indispensável.
Phocion participou de muitas campanhas nas guerras internas na Grécia e na
Pérsia.
Destacou-se como militar, dirigindo várias ações
como general no comando, mostrando extraordinária habilidade estratégica e
tática. Sabe-se que estratégia define o que deve ser feito. Tática estabelece o
modo como fazer.
Alexandre o Grande, da Macedônia, pediu certa vez o
conselho de Phocion. Phocion lhe disse que Alexandre deveria procurar a paz.
Mas, se seu desejo fosse a gloria, então ele deveria fazer a guerra, não dentro
da Grécia, mas contra os bárbaros, contra os persas. Foi atendido com respeito.
Entre os anos 322 e 318 dirigiu o governo de Atenas
com moderação e com reconhecida honestidade pessoal. Em 319 ele foi deposto,
acusado de traição e executado por envenenamento por revoltados na luta pela
restauração da democracia. A morte foi sem sepultura ou cremação.
Pouco tempo depois, os atenienses decretaram seu
sepultamento oficial e a ereção de uma estatua em sua honra.
Em política,
a Grécia antiga mostrava uma turbulência desenfreada, como decorrência da falta
de um objetivo comum das cidades-estados da Grécia.
O resultado foi que demagogos, exploradores
medíocres do povo, tomavam o poder. O governo só passava para mãos competentes
em situações de grande perigo. Nas horas de incerteza é que se pode notar a desordem
política que havia, pela ingratidão das decisões da multidão desgovernada, na
nova democracia grega. Os melhores servidores recebiam da desordem geral,
muitas vezes, a humilhação e até a morte sem direito a defesa.
O ostracismo, que, em Atenas, fazia o desterro por
dez anos dos cidadãos influentes, mostra como foram desregrados e confusos os
costumes resultantes da democracia populista e demagógica na Grécia.
Famosos foram os casos dos assassinatos de Sócrates
e de Phocion, importantes e respeitáveis figuras da guerra, da cultura e da
política.
A falta de gratidão do povo sem governo e a
desordem política na Grécia antiga, nos leva a admirar muito mais os grandes e
notáveis chefes, que, voluntariamente, se dedicaram ao serviço de todo o povo
grego e colaborando na longa evolução da sociedade humana.
Esse devotamento, essa dedicação, é uma comprovação
histórica de serem os homens dotados, por sua natureza, de bons sentimentos, de
afeição ao conjunto da sociedade humana.
O sentimento da associação humana é o verdadeiro
motor da história. Esse sentimento é o altruísmo, inato nos humanos.
A constante dedicação ao progresso da sociedade dos
homens foi quase sempre feita sem interesse, sem esperar qualquer recompensa
oferecida pelos deuses. A recompensa consistia somente no prazer de servir. No
prazer decorrente do sentimento social, decorrente do altruísmo.
AMANHÃ: Temístocles mestre da estratégia grega.
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