16 DE MARÇO: Epiteto e
o império do controle sobre si próprio
EPITETO
Epictetus
(nasceu no ano 55 de
nossa era, em Hierápolis, na Frígia, Ásia Menor, hoje Turquia; morreu no ano
135 em Nicópolis, Epirus, na Grécia)
FILÓSOFO GREGO
ESTÓICO DA LIBERDADE E DA HUMANIDADE
A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez
no mundo acontece nas cidades da Grécia
Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo.
Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e
que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como
Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo
explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas
forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a
primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda
fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da
filosofia.
Esta terceira semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga
apresenta o ponto de vista da Ética da cultura grega. Esses pensadores é que
mais atraíram os filósofos romanos. Eles figuram na semana com três pensadores
de Roma.
O tipo principal é Sócrates como chefe da semana
no domingo que a encerra.
Ver o Quadro 0226 C do Mês de
Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes
da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
EPITETO (55-135
dC) nasceu em Hierápolis, na Frigia, na parte central da Anatólia (atual Turquia). Passou grande parte de sua vida como
escravo em Roma. Seu
dono era Epafroditus, oficial da guarda do imperador Nero.
O escravo antigo, como vencido de guerra, era tratado de forma
diferente dos escravos africanos modernos vendidos aos ocidentais. Epafroditus,
homem de natureza modesta, permitiu que o jovem escravo Epiteto seguisse as
lições do famoso estóico Musonius Rufus. Os cidadãos ricos se vangloriavam de
ter ao seu redor escravos instruídos. Mais tarde Epiteto ganhou sua liberdade e passou a ensinar em Roma.
No ano 89 o imperador Domiciano baniu da cidade todos os
filósofos, receoso de suas doutrinas revolucionárias. Epiteto foi para
Nicópolis, em Epirus, no noroeste da Grécia, onde abriu uma escola e ensinou
até a morte. Ele não deixou obra escrita. Nós temos o registro de seus
pensamentos redigidos por seu discípulo Arriano.
Epiteto era um pensador
estóico da escola romana. O princípio de Zeno, viver
de acordo com a natureza, era muito vago. A ordem social sólida que Roma e
o regime do Império fundaram deu uma nova significação a essas palavras.
A conquista feita pelas tropas na guerra e a lei de Roma tornaram
os seus homens capazes de sentir que acima e bem além do estreito patriotismo
do Estado ou mesmo da cultura grega. Havia uma comunidade humana mais extensa, (a
humanidade) que constituía uma parte da ordem da natureza, à qual os homens
deviam se conformar se eles estivessem destinados a serem verdadeiramente
livres.
Esse pensamento está bem claro no ensino de Epiteto:
“Tome, diz ele, os órgãos
do corpo. Examinando separadamente, parecerá que a natureza do pé é de
manter-se limpo, mas considerando-o como órgão do corpo, será necessário que
ele caminhe na lama, sobre espinhos e algumas vezes será necessário que ele
seja cortado fora para salvar o corpo. Assim é como o homem: considerado como
indivíduo isolado será de sua natureza viver até uma idade avançada, rico e
saudável; mas como membro de um
todo social, é necessário, no interesse desse todo, que ele se exponha à
doença, à fadiga, ao perigo e a uma morte prematura”.
A doutrina de Epiteto era uma teologia simples, nobre, sem dogma.
Ensinava ele que nós temos em nós um guardião, um deus:
“Vós tendes um deus em
vós mesmos e não vedes que vós o agredis por pensamentos impuros e por más
ações? Dessa maneira somente os homens podem ser livres, porque sem império
sobre si mesmo e sem resignação à vontade suprema, os maiores homens e os mais
baixos estarão no mesmo nível”.
Epiteto, como um pensador estóico tardio, modificou o sentimento
de distinção que separava os gregos dos outros povos, então chamados de
bárbaros. Ao contrário, os estóicos chamavam-se cosmopolitas, pensando que sua
cidade, sua polis, ou cidade-estado, seria o mundo inteiro, o cosmos todo, sem
divisões, entre homens livres e escravos, entre gregos e bárbaros.
Os estóicos ensinavam a
bondade para com os inimigos vencidos e para com os escravos. Ensinavam que
se devia alargar o sentimento de apego
a círculos cada vez maiores, na família, para os amigos e por fim para todos os
homens, irmãos por natureza, para a humanidade como um todo.
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