20 DE NOVEMBRO. SULLY:
Militar e estadista na produção e industrialização da França.
SULLY
Maximilien
de Béthune, Marquês de Rosny, Duque de Sully
(nasceu em 1560, em
Mantes-Gassicourt na França; morreu em 1641, em Villebon, França)
ESTADISTA
PROTESTANTE DA RECUPERAÇÃO POLÍTICA E FINANCEIRA DA FRANÇA
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
Nesta terceira semana
estão organizadores e financistas como ministros de Estado que viveram no século
XVI, XVII e XVIII. São estadistas do governo pós-medieval. Impõem a ordem,
favorecem a indústria e desenvolvem os recursos naturais. Alguns se tornaram
conhecidos por suas guerras, mas não estão aqui por essa razão. O militarismo
de seus governos foi por vezes necessário. Para seu financiar seu custo
encorajaram a indústria como um meio de conseguir recursos para as despesas da
guerra. Richelieu dá o nome a esta terceira semana dos grandes ministros.
Ver em
1105 C em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS
DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos do mês na
evolução social da política.
SULLY (1560-1641)
nasceu no castelo de Rosny-sur-Seine perto de Mantes-Gassicourt, sendo herdeiro
do baronato de Rosny. Foi educado como um protestante huguenote em 1571, aos 11
anos de idade, foi mandado para a corte de Henrique de Navarra, que mais tarde
foi o rei da França como Henrique IV.
Levado por Henrique para Paris em 1572, por sorte escapou da morte
durante o massacre dos protestantes no dia de São Bartolomeu. Durante as
guerras civis Rosny, como era então chamado, serviu a Henrique tanto em batalha
como um agente especial. Ele foi ferido na Batalha de Ivry em 1590, durante a
luta de Henrique par ganhar a coroa da França. Ele colaborou nas negociações
para fazer o casamento de Henrique com Maria de Médicis em 1600 e na negociação
da Paz de Sovoy em 1601. Em 1603 serviu como embaixador extraordinário junto ao rei James I da Inglaterra. Embora
por razões políticas recebesse a recomendação de se tornar um católico, recusou
mudar sua religião.
Sully foi nomeado diretor do Conselho de Finanças em 1596 e o
superintendente das finanças em 1598. Ele então acabou com abusos feitos na
coleta de impostos, como a cobrança feita por governadores em benefício
próprio. Rosny suprimiu os cargos públicos desnecessários e, em 1604 colaborou
na adoção da “PAULETTE”, sugerida
pelo financista Charles Paulet. Com essa adoção, os funcionários ao pagar por
ano um sexto da soma que haviam pago por seu cargo, ficavam então com o direito
de transferi-lo a quem quisesse.
Ele ganhou um grande poder no reino. Era “O HOMEM DO REI”,
colocando todos os interesses particulares debaixo da autoridade do Estado. A
sua fidelidade ao rei foi ricamente remunerada com cargos, sendo em 1606
elevado a Duque de Sully e posto como a primeira autoridade da França. Ele
realizou uma série de visitas às províncias, forçando o pagamento das dívidas
ao rei, publicou os relatórios financeiros do reino. Assumiu uma variedade de
funções: diretor de artilharia, superintendente de edificações, governador da
fortaleza da Bastilha. Fez o sistema financeiro funcionar, recolocando a ênfase
dos impostos diretos para os impostos indiretos, realizando superávits e
grandes reservas de ouro.
Sully deu incentivo à agricultura e à
criação de gado, facilitou a circulação da produção, controlou a destruição das
florestas, promoveu a construção de estradas, a drenagem dos pântanos e
planejou um grande sistema de canais, como o Canal de Briare para ligar o rio
Sena ao rio Loire, o primeiro canal da França, completado por Luís XIII.
Reforçou as forças militares e dirigiu a construção de fortificações de defesa
nas fronteiras.
O
papel político de Sully acabou praticamente com o assassinato de Henry IV em
1610. Embora Marie de Médicis, como regente de Luís XIII o mantivesse no seu
conselho, seus colegas não aceitavam sua liderança dominadora e em 1611 a rainha aceitou a sua
renúncia.
Sully
passou o resto de sua vida em retiro, escrevendo suas Memórias, conhecidas como
as “ECONOMIES ROYALES”, as Economias
do Reino, de 1638.
Na
política, Sully agia como se tivesse o espírito de um grande revolucionário. Ele afirmava que a agricultura e a pecuária
eram “as duas mamas que alimentavam a
França”. Seguindo a orientação do rei, ele deu grande apoio ao setor
industrial, em especial a produção da seda e de vestuário de luxo em seda. A indústria da
França nasceu no reino de Henrique IV.
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