10 DE NOVEMBRO. Rei
Henrique IV: progresso da França com industrialização do país.
HENRIQUE IV
Prince
de Béarn, Henri III de Navarre, Henri IV de Bourbon, Henry IV of
France
(nasceu em 1553, em
Béarn, França; morreu em 1610, em Paris)
REI DA FRANÇA
MANTEVE UNIDADE E DESENVOLVIMENTO DA NAÇÃO
GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
Nesta primeira
semana do mês da Política Moderna estão lembrados a partir da rainha Maria de
Molina de Castela os estadistas italianos, espanhóis e franceses dos anos 1300,
1400 e 1500. Estabeleceram o governo
central monárquico concentrado reunindo no rei os antigos dispersos poderes regionais dos barões do feudalismo. É a necessária
unidade de comando no governo de um país. O rei Luis XI da França é o
chefe da semana no domingo que a encerra.
Ver em 1105 01 C em 05 de
novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes
representativos da evolução social política do mês.
HENRIQUE IV (1553-1610)
era filho de Antoine de Bourbon, duque de Vendôme e sua mãe era Jeanne
d’Albret, rainha de Navarra a partir de 1555. Henrique, aos 19 anos tornou-se o
rei de Navarra pela morte de sua mãe.
Ele estava em Paris durante o massacre de protestantes no dia de
São Bartolomeu em 1572. Para não morrer, sendo ele huguenote, protestante, ele
abjurou sua religião e se fez católico.
Em 1576 Henrique conseguiu fugir para o sul da França, onde ele
tinha grandes domínios, e voltou a ser protestante. A nobreza huguenote formava
lá uma cavalaria valente, e Henrique bom soldado, à sua frente, fez brilhantes
combates.
Em 1589 o rei Henrique III da França foi assassinado. Com sua
morte a dinastia de Valois foi extinta, por não ter sucessores. O herdeiro
legítimo do trono passou a ser Henrique de Navarra, que, por seu pai, Antoine
de Bourbon era o décimo segundo na linha de descendência do rei Luís IX.
A união dos nobres franceses havia formado uma liga, que se recusou a reconhecer o
novo rei, por ser ele um huguenote, um protestante. Só depois de muitos
combates e até de manter o cerco de Paris, é que Henrique assumiu o trono com o
nome de Henrique IV.
Convencido de que ele, como um rei huguenote, protestante, não
conseguiria realizar a unidade da França, um país católico, Henrique IV em 1594
se converteu novamente à religião católica. Foi quando ficou famosa sua
expressão: “Paris vale bem uma missa” Ou seja Paris e o trono da França
vale mais do que a obrigação como católico de assistir às missas.
Em 1596 os últimos nobres da liga
estavam vencidos. Em 1598 o memorável
Édito de Nantes assegurava aos protestantes não só a liberdade religiosa,
mas lhes permitia em muitas das cidades o culto público e lhes dava direitos
iguais aos dos empregados do Estado.
Os nobres que formavam a liga
viram nas discórdias religiosas uma ocasião para destruir a unidade da França,
que havia sido a grande obra do rei Luís XI, acabando com o feudalismo.
Henrique IV, embora tendo sido atacado pela liga, foi o menos vingativo e o
mais humano dos reis. Ele fez a conquista de seus inimigos tanto por sua
clemência e sua generosidade quanto pela luta armada, pela espada. Mas os
grandes nobres que temiam o retorno de um governo de unidade nacional e que
conspiravam com estrangeiros foram vigorosamente reprimidos.
O governo de Henrique IV provocou grande progresso financeiro e
econômico para a nação. Pode-se dizer que a
indústria francesa começou no reinado de Henrique IV.
Ele se mostrou um grande
político por sua visão ampla do conjunto da política da Europa. Seu grande
projeto era de uma “República federativa”
composta pelos países europeus, independentes, uns Estados sendo monarquias
e outros repúblicas, tendo um conselho permanente composto de representantes de
todos os Estados e tendo um imperador como presidente. Mas a vida de Henrique
IV se acabou ao ser assassinado em 1610, em Paris, sem realizar seus planos.
Os franceses apreciaram em geral o grande valor de seu rei. Ele é
dos poucos reis que terá sua memória homenageada e também querida pela
posteridade.
AMANHÃ: Rei Luís XI: crimes punidos e nobres turbulentos
decapitados para assegurar a paz.
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