21 DE
JULHO. ARIOSTO: a moral feudal, cavalheiresca e humana, leal e generosa
ARIOSTO
Ludovico
Ariosto
(nasceu
em 1474, em Modena, Itália; morreu em 1533, em Ferrara, Itália)
POETA
ITALIANO MELHOR CANTOR DA IDADE MÉDIA CAVALHEIRESCA
ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência
e da atividade
A civilização
moderna, após o fim da Idade Média, com a queda do papado e do Feudalismo nos
anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana, pelo fim da servidão
da gleba, com a total liberdade do povo trabalhador , com a indústria e o
comércio, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil.
Criou também a saída das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os
espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus
sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta,
gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos
encontramos em fase de transição, em tempos de revolução. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma
civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos
foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar
do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de
produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações
artísticas.
A primeira semana tem
Ariosto como chefe, mostrado no domingo último dia da semana. Ali estão autores
que criaram pinturas ideais da natureza humana sob todas as suas formas, com a
poesia de costumes, mostrada nas suas manifestações da história da sociedade
moderna.
Ver em 0715 01 B O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA,
com todos os grandes tipos humanos do mês.
A obra de Ariosto é o primeiro exemplo de poesia histórica. Mostra
a vida na Idade Média com seu caráter de elegante cavalheirismo. Sua
obra-prima, Orlando Furioso, é
recomendada como arte das mais perfeitas, uma leitura de valor até nos nossos
dias.
LUDOVICO ARIOSTO nasceu em 8 de setembro de 1474 em Reggio Emilia , na
Lombardia, Itália, na fortaleza do ducado de Ferrara da família d’Este. Seu
pai, Niccolo, era o governador do forte e tinha outras importantes funções. Sua
mãe Daria Malaguzzi era de família nobre. Ele recebeu uma educação geral, das
leis e de guerreiro medieval.
Com a morte de seu pai, ele se tornou o filho mais velho de dez
irmãos menores, a quem devia sustentar. É o que explica sua dependência à ajuda
de uma proteção do indigno cardeal Hippolyte d’Este, irmão do duque de Ferrara,
de 1503 a
1517. Mais tarde, ficou a serviço do próprio duque Alfonso I.
A obra prima de Ariosto, o poema Orlando Furioso, é a mais importante obra épica, devido a seu
estilo vigoroso e exaltado. Ariosto também escreveu comédias, odes, sátiras e
sonetos. A terceira edição de Orlando
Furioso foi publicada em 1532, completada com 46 Cantos.
Ariosto morreu no ano seguinte, em 1533, aos 59 anos de idade.
A época histórica da Idade Média é um longo período de guerra
defensiva para a manutenção do grande império romano, transformado em pequenos
feudos com seus barões e seus castelos. Ariosto foi o poeta desses tempos,
mostrando com arte todas as virtudes cavalheirescas e de lealdade então
desenvolvidas. O que há de mais notável é o ideal moral do seu poema.
A condenação dos parasitas na sociedade, aqueles que tudo recebem
da família e da coletividade e nada produzem, foram colocados por Dante no
Inferno, canto terceiro:
“Viverão sem infâmia nem louvor... O céu
os expulsou para não ser menos belo e nem o profundo inferno os recebe, porque
os condenados tirarão deles alguma glória... Não falemos mais deles, olha e
passa”.
Numa das suas Sátiras, Ariosto diz dos parasitas, que eles:
“Venuto al mondo sol per far letame”. Ou seja,. “Vieram ao mundo só para produzir
esterco”.
Mas a religião e as crenças do cristianismo são, no poema,
raramente mencionadas, sempre com um respeito frio e distante. A moral que se
mostra no poema é feudal, cavalheiresca e humana, com um caráter laico, sem
clara feição religiosa. O mouro muçulmano é um inimigo, mas um inimigo generoso
e tão merecedor de lealdade e de cortesia quanto merece o cristão.
A amizade entre mouros e cristãos é considerada como uma virtude,
como se lê no Canto I, estrofe 22. E, embora o herói muçulmano se converta e
seja finalmente batizado, o amor de Bradamente, sua amada, por ele, não sofre
influência da diferença de crenças.
Ariosto fala, no Canto XXI, estrofe 1, da Fé Santa, vestida com um
véu de brancura imaculada. É grande a nossa surpresa quando descobrimos que
essa fé nada tem em comum com os dogmas religiosos do cristianismo. É a fé que
une os nobres espíritos numa confiança mútua. É a fé humana, terrena. É a
firmeza que a palavra, quando ela é dada, não será violada, seja ou não
fortificada por um juramento secreto ou público. A sociologia moderna mostra a
mentira e a traição como diretamente incompatíveis com toda cooperação humana,
confirmando a importância nobre e fundamental da fé na sociedade.
O estilo de Ariosto é de grande beleza, fluindo como se fosse
improvisado, mas com um efeito sonoro maravilhoso. O poeta é colocado pela
posteridade entre os 13 maiores poetas de todos os tempos.
Com uma gratificante leitura, ele é colocado, por sua obra, em
todos os tempos, entre os três poetas mais importantes: Homero, Dante e
Ariosto.
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Leonardo da Vinci.
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NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
SERVOS DA GLEBA
A servidão é o status legal e econômico dos camponeses
("servos"), especialmente no âmbito do sistema econômico da "senhoria" (direitos feudais sobre a terra).
Os servos são trabalhadores rurais que estão vinculados à terra, formando a classe social mais baixa da sociedade feudal. À
diferença dos escravos, os servos não
eram propriedade de ninguém e não podiam ser
vendidos, pois não eram como escravos vencidos de guerra, que eram propriedade
dos donos. A servidão implica o trabalho forçado dos servos nos campos dos
senhores de terras, em troca de proteção e do direito de arrendar terras para
subsistência. Ademais do trabalho na terra, os servos executavam diversos
trabalhos relacionados com agricultura, como silvicultura, transporte (por terra e por rio), artesanato e mesmo manufatura. Na Idade Média também não havia a
noção de emprego. A relação trabalhista da época era a relação senhor-servo.
Um servo podia sair das terras do senhor de terras e ir para onde
quisesse, desde que não tivesse dívidas a pagar para o senhor de terras.
Na servidão, o servo não trabalha para receber uma remuneração,
mas para ter o direito de morar e cultivar nas terras do seu senhor. Parte da
colheita é do senhor.
Também não existe qualquer vínculo contratual entre os dois, mesmo
porque senhor e servo eram analfabetos.
Notar
que
você
não será maior
do
que sua visão da vida, de sua filosofia.
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