quinta-feira, 31 de julho de 2014

0731 C CAMÕES autor português da poesia cavalheiresca heróica e sentimental

31 DE JULHO. Luís de Camões: humanista na poesia épica, lírica e para teatro

CAMÕES
Luiz Vaz de Camões, Camoëns ou Camoens
(nasceu em 1524, em Lisboa, Portugal; morreu em 1580, em Lisboa)

POETA DE “OS LUSÍADAS”  HERÓICO ÉPICO DA NAÇÃO PORTUGUESA

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade
Nesta terceira semana o tipo destacado como chefe de semana é Tasso. Ele tem seu dia no domingo, último dia da semana. Aqui é relembrada a criação da poesia do espírito cavalheiresco medieval, à idealização das virtudes da cavalaria e aos romances de aventura.

Ver em 0716 C    O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS


LUIZ VAZ DE CAMÕES (1524-1580), o poeta nacional de Portugal nasceu em Lisboa, de família nobre. Da parte de sua mãe Camões era parente de Vasco da Gama, o herói da epopéia de “OS LUSÍADAS”. Vasco da Gama morreu no ano em que o poeta nasceu.
O jovem Camões foi educado na Universidade de Coimbra, onde adquiriu um vasto conhecimento da cultura antiga greco-romana junto com a cultura e filosofia de seu tempo. Em seguida tornou-se professor e tutor na corte do rei João III de Portugal.
Em 1546 ele foi banido da corte devido a um caso de amor com Catarina de Ataíde, uma das damas de companhia da rainha. Essa paixão foi, talvez, a inspiração para sua poesia de amor. O jovem ambicioso foi servir ao rei na guerra contra os mouros no Marrocos, África, onde, em luta, ficou cego do olho direito. Em seguida, aos 29 anos de idade, foi para as Índias.
Durante 17 anos Camões viveu na Índia, servindo a guerra no mar e na terra, em meio das tempestades do oceano e aos combates com os mouros, árabes e com as tribos indígenas da costa da Ásia. Depois de muitas dificuldades e decepções em que sua firme e generosa natureza estava constantemente em ação, Camões retornou a Lisboa em 1570, levando os originais de seu poema OS LUSÍADAS, a epopéia da nação lusitana.
Publicado seu poema em 1572, quando Camões tinha 48 anos, a obra foi rapidamente saudada como o maior poema dessa época. Mas seu autor mesmo foi esquecido. Ele morreu em 1580, na idade de 55 anos, pobre e obscuro.
A epopéia de OS LUSÍADAS é o mais antigo tipo de um poema épico moderno, heróico, regular no modelo clássico da ENEIDA de Virgílio e da FARSÁLIA de Lucano. O nome LUSÍADAS vem do nome romano dado a Portugal, de origem nas antigas tribos da região, os lusos.
O poema faz o elogio dos feitos gloriosos dos portugueses e de suas vitórias contra os inimigos da cristandade. Vitória não só sobre os adversários, mas também sobre as forças da natureza, que a poesia diz serem forças motivadas pelos deuses inimigos, da mitologia grega clássica. A descrição conta a história da descoberta do caminho para a Índia por Vasco da Gama, feita em 10 Cantos e mais de mil versos, 1.102 versos.
O poema começa com os navios de Vasco da Gama já a caminho no oceano índico, quando os deuses gregos do Olimpo se reúnem para discutir o que fariam com a campanha, a ser favorecida por Vênus, e a ser atacada por Baco. Os Cantos 3, 4 e 5 contam a história toda de Portugal desde sua origem até a grande viagem. Ali conta a morte de Inês de Castro, a batalha de Aljubarrota, o gigante Adamastor, que promete destruir a frota de Vasco quando voltasse para Lisboa.
No Canto 6 ele conta a história dos Doze da Inglaterra. E a deusa Vênus evita que Baco provoque o naufrágio da frota portuguesa, que afinal chega a Calcutá, hoje Kozhikode, na Índia, no fim de sua viagem. No Canto 7 e 8, o rei local é recebido a bordo do navio de Vasco da Gama e, então, é feita a explicação das figuras que estão nas bandeiras que adornam o barco do capitão da frota.
Na viagem de volta, os Cantos 9 e 10 contam como os marinheiros foram recompensados de suas lutas, pelas ninfas, na ilha que Vênus criou para eles. Uma das ninfas fala das futuras vitórias dos portugueses. Então Thetis e Vasco da Gama fazem a descrição do universo e os viajantes começam a viagem de volta acompanhados pelas belas ninfas.
Camões conseguiu, em seu poema, realizar uma preciosa harmonia entre a cultura clássica e a ação prática, com delicada percepção e com habilidade artística, para expressar os grandes perigos e as mais calorosas e sérias emoções humanas.
Ele tem a admiração pela mitologia dos gregos, deixando a mostra o enfraquecimento espontâneo das crenças medievais, confirmando a evolução do pensamento na passagem de uma era de consenso religioso cristão para a etapa de revolução cultural moderna com o humanismo. Camões tem um lugar de alta relevância na poesia cavalheiresca do fim da Idade Média, com seu ímpeto heróico, marcial e patriótico.
A produção artística de Camões compreende a poesia épica, mas também a poesia lírica e as obras para teatro. O principal tema de seus versos é o conflito entre o amor apaixonado, sensual e o amor ideal, platônico, espiritual. Mas seu mérito é a sua perfeição formal do sentimento profundo, mostrado com simplicidade.


AMANHÃ: As baladas como a forma preferida para a poesia do povo: Romanceiros Espanhóis.


0730 C FROISSARD cronista da cavalaria o mais antigo dos correspondentes de guerra

30 DE JULHO: Jean Froissard   fiel historiador da guerra e da paz da vida medieval

FROISSARD
Jean Froissart
(nasceu de 1337 em Valenciennes, França, morreu de 1405 em Chimay, no Hainaut, Bélgica)

LEALDADE DO CAVALEIRO A SEU REI, A SUA FÉ, FIDELIDADE A SUA DAMA

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade
A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade Média. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
Nesta terceira semana o tipo destacado como chefe de semana é Tasso. Ele tem seu dia no domingo, último dia da semana. Aqui é relembrada a criação da poesia do espírito cavalheiresco medieval, à idealização das virtudes da cavalaria e aos romances de aventura.

Ver em 0716 01 C   O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com todos os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

JEAN FROISSART (1337-1705) era filho de um pintor de heráldica, de brasões. Nasceu em Valenciennes em 1337.
Com Froissart vamos homenagear os tempos da cavalaria do fim da Idade Média.
O jovem poeta foi para a Inglaterra munido de recomendações de pessoas da nobreza e da realeza para Philippina de Hainaut, esposa do rei Eduardo III.  Ela ficou para sempre sua amiga e protetora. Com esse apoio e depois, com a ajuda de uma longa série de grandes e destacados protetores, Froissart pode empreender por todo o ocidente suas grandes viagens, durante as quais ele recolheu suas numerosas anotações por cerca de quarenta anos.
Ele visitou o leste, o norte e o sul da Inglaterra, a Escócia, a França e depois a Bretanha, a Lombardia, Roma e uma grande parte da Itália. Por todo lugar, suas altas referências e seus brilhantes atributos lhe abriram as cortes dos soberanos, dos príncipes e dos nobres, de sorte que ele viveu quase constantemente em companhia dos barões, dos senhores, dos cavaleiros e das damas. Sua curiosidade insaciável, sua notável memória e sua habilidade nas pesquisas colocaram-no na posição de recolher as narrativas cavalheirescas que lhe contaram os cavaleiros, os escudeiros, as damas e as donzelas de todas as cortes que ele visitou.
Com a idade de 36 anos, ele se tornou padre na vila de Lestines, na diocese de Liège. Então Froissart começou a compor sua famosa crônica das ações da cavalaria na paz e na guerra. Ele usava sua posição privilegiada para questionar as principais figuras de seu tempo e para observar os mais importantes eventos.
Seus registros descrevem casamentos, funerais e grandes batalhas de 1325 a 1400. Começou no Livro I com a transcrição da crônica do escritor flamengo Jean le Bel. O Livro II cobre a história em Flandres e a paz de Tournai; o terceiro Livro em Portugal e Espanha. O Livro IV conta a batalha de Poitiers e sua visita a Inglaterra.
No fim de sua carreira de capelão da corte do Senhor de Beaumont ele foi nomeado cônego e tesoureiro de Chimay em Hainaut. Ali ele morreu cerca do ano 1405.
Froissart era o mais infatigável dos questionadores. Ele usava a arte de fazer falar cada um, homem ou mulher, daquilo que tenha visto. A guerra, o sitiar de uma cidade, as festas, os torneios e todos os fatos e gestos dos cavaleiros são para ele o único fim de sua existência. Todas as pessoas, sem diferença de nacionalidade ou de língua, lhe interessavam igualmente, desde que fossem nobres, galantes e habituados à vida das cortes reais.
Froissart é o mais antigo e será até o príncipe do que nós hoje chamamos de correspondente de guerra. Mas com toda sua paixão pelo pitoresco e seu culto pelas altas classes, ele não é, no fundo, nem bajulador nem mercenário. As proezas cavalheirescas do homem bem nascido, da classe alta, são a sua religião e a sua poesia. Por isso ele foi chamado de “o Heródoto de uma idade bárbara”.
Nas suas Crônicas, ele descreve muitos dos eventos mais importantes do fim do século 14. Mergulhado nos ideais da cavalaria, Froissart concentrou-se exclusivamente na vida da nobreza e da guerra.
Na abertura de sua obra ele expõe sua visão: eu escrevi esta história
              “a fim de que os honrados empreendimentos, as nobres aventuras, as façanhas realizadas durante as guerras entre a Inglaterra e a França sejam convenientemente contadas e mantidas em perpétua lembrança e que sirvam de exemplo e de encorajamento para as boas ações”.

AMANHÃ: A poesia cavalheiresca da Idade Média, heróica, guerreira e patriótica: Luís de Camões.


0729 C RAFAEL o príncipe na pintura no sentimento do belo e fecundo humanista

29 DE JULHO: RAFAEL: o maior dos pintores do belo, na invenção e maestria de recursos

RAFAEL
Raphael, Raffaello Sanzio, Raffaello Santi
(nasceu em 1483 em Urbino, Itália; morreu em 1520, em Roma, Itália)

MAIOR E MAIS POPULAR PINTOR E ARQUITETO DE TODOS OS TEMPOS

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade
A segunda semana tem Rafael como chefe, mostrado no domingo último dia da semana. Consta da relação os grandes representantes da evolução social da arte da forma, que são os pintores, os escultores, os arquitetos. Foram escolhidos os representantes principais da arte das diferentes nações, escolas e técnicas diversas. Não é uma classificação pela ordem crescente de mérito. Reúne os nomes representativos e de escolas artísticas opostas.

Ver em 0716 01 C    O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.

Rafael Sanzio (1783-1520) era filho de Giovanni Santi, em latim Sanctus e italianizado se torna Sanzio. Seu pai era poeta e pintor no ducado de Urbino, na Itália central.
Rafael nasceu em 1483, sendo sua mãe Magia Ciarla. Ele morreu em Roma no mesmo dia de seu aniversário, uma sexta-feira santa de 1520, com apenas 37 anos de idade.
A carreira artística de Rafael se estende de 1500 a 1520, cujos trabalhos estão conservados. Durante esses anos ele executou uma enorme quantidade de obras, dedicou-se a uma prodigiosa variedade de trabalhos artísticos e exerceu uma influência incomparável sobre toda a arte ulterior.
Toda a vida artística de Rafael pode ser dividida em três períodos que correspondem a suas três formas de pintura e mostram as diferentes escolas de arte sucessivas a que ele se ligou.
O primeiro período ocorreu em Perugia, a capital de Umbria, na Itália, até 1504. O segundo período foi em Florença, entre 1504 e 1508, o terceiro foi o de Roma, entre 1508 e 1520. A fase romana durou doze anos, de maior duração, com a maior parte de sua carreira artística e que é a mais rica em produção e de mais influência na arte da pintura.
Considera-se que a arte se afastou do controle da religião medieval, com a secularização da arte italiana, a partir da chegada de Rafael a Roma em 1508.
Em Perugia, Rafael estudou na escola de alta graça e ternura da devoção mística do mestre Perugin, com atraentes obras de beleza e simplicidade. A obra maior e mais célebre dessa época é a Sposalizio, O casamento da Virgem, datada de 1504.
Rafael foi para Florença em 1504, com 21 anos. Ali ele foi influenciado por Miguel-Ângelo, por Leonardo da Vinci e outros florentinos, com possante efeito sobre seu espírito. As pinturas dessa época têm algumas das mais altas qualidades do mestre em toda sua perfeição.
Com 25 anos, o pintor foi convidado pelo papa Júlio II a ir a Roma para dirigir a ornamentação do Vaticano. Lá, Rafael fez, durante 12 anos, um número extraordinário de obras artísticas de grande variedade. Ele conquistou a situação de maior pintor de seu tempo e a autoridade de um juiz em último recurso nas questões da arte. Fez ligações com as mais eminentes e mais cultivadas personalidades da cidade do pontífice de Roma.
O sentimento inesgotável do belo, a fertilidade maravilhosa de sua invenção, a vasta extensão e a maestria consumada de seus recursos fazem de Rafael, no acordo unânime dos conhecedores, o principal dos pintores. Suas Virgens e seus Cartões são, ao mesmo tempo, as mais populares e mais nobres produções de sua arte.
À luz da filosofia da história se verifica, no conjunto, um verdadeiro e nobre freio ao misticismo excessivo tradicional, caminhando para uma humanização livre e ampla. O que não impediu que Rafael conservasse uma alta consideração pelo valor da arte religiosa, quando se vê, entre suas últimas obras, temas como São Paulo pregando em Atenas e ainda a Madona de São Sixto.
Ele tornou-se em Roma essencialmente um humanista a quem cada aspecto da vida, da história do passado e do mundo das idéias interessava numa série inesgotável de formas perfeitas. Entre suas famosas obras se destaca numa das salas do palácio do Vaticano, na Stanza della Segnatura a grande obra da Escola de Atenas mostrando o diálogo dos filósofos, com Platão, seu aluno Aristóteles e os sábios antigos.
O gênio impressionável e rico do pintor participou rapidamente do entusiasmo clássico de admiração pela cultura dos pagãos da Grécia e de Roma antiga e logo assimilou a esplêndida universalidade humana da brilhante sociedade da Roma moderna. Depois desse tempo, Rafael se tornou um dos possantes espíritos no movimento da Renascença. Tornou-se parte, então, do gradual e consentido movimento humanista, que se afastava do espírito religioso cristão da Idade Média.
Em Roma ele adquiriu todo o saber de seu tempo e se penetrou de todo esse mundo de beleza e de inteligência que lhe cercava. O sentimento inesgotável do belo, a fertilidade maravilhosa de sua invenção, a vasta extensão e a maestria consumada de seus recursos fazem de Rafael, no acordo unânime dos conhecedores, o principal dos pintores. Suas Virgens e seus Cartões são, ao mesmo tempo, as mais populares e mais nobres produções de sua arte.
À luz da filosofia da história se verifica, no conjunto, um verdadeiro e nobre freio ao misticismo excessivo tradicional, caminhando para uma humanização livre e ampla. O que não impediu que Rafael conservasse uma alta consideração pelo valor da arte religiosa, quando se vê, entre suas últimas obras, temas como São Paulo pregando em Atenas e ainda a Madona de São Sixto.
Ele tornou-se em Roma essencialmente um humanista a quem cada aspecto da vida, da história do passado e do mundo das idéias interessava numa série inesgotável de formas perfeitas. Entre suas famosas obras se destaca numa das salas do palácio do Vaticano, na Stanza della Segnatura a grande obra da Escola de Atenas mostrando o diálogo dos filósofos, com Platão, seu aluno Aristóteles e os sábios antigos.
O gênio impressionável e rico do pintor participou rapidamente do entusiasmo clássico de admiração pela cultura dos pagãos da Grécia e de Roma antiga e logo assimilou a esplêndida universalidade humana da brilhante sociedade da Roma moderna. Depois desse tempo, Rafael se tornou um dos possantes espíritos no movimento da Renascença. Tornou-se parte, então, do gradual e consentido movimento humanista, que se afastava do espírito religioso cristão da Idade Média.

O sentimento inesgotável do belo, a fertilidade maravilhosa de sua invenção, a vasta extensão e a maestria consumada de seus recursos fazem de Rafael, no acordo unânime dos conhecedores, o principal dos pintores. Suas Virgens e seus Cartões são, ao mesmo tempo, as mais populares e mais nobres produções de sua arte.
À luz da filosofia da história se verifica, no conjunto, um verdadeiro e nobre freio ao misticismo excessivo tradicional, caminhando para uma humanização livre e ampla. O que não impediu que Rafael conservasse uma alta consideração pelo valor da arte religiosa, quando se vê, entre suas últimas obras, temas como São Paulo pregando em Atenas e ainda a Madona de São Sixto.
Ele tornou-se em Roma essencialmente um humanista a quem cada aspecto da vida, da história do passado e do mundo das idéias interessava numa série inesgotável de formas perfeitas. Entre suas famosas obras se destaca numa das salas do palácio do Vaticano, na Stanza della Segnatura a grande obra da Escola de Atenas mostrando o diálogo dos filósofos, com Platão, seu aluno Aristóteles e os sábios antigos.
O gênio impressionável e rico do pintor participou rapidamente do entusiasmo clássico de admiração pela cultura dos pagãos da Grécia e de Roma antiga e logo assimilou a esplêndida universalidade humana da brilhante sociedade da Roma moderna. Depois desse tempo, Rafael se tornou um dos possantes espíritos no movimento da Renascença. Tornou-se parte, então, do gradual e consentido movimento humanista, que se afastava do espírito religioso cristão da Idade Média.

AMANHÃ: O mais antigo representante dos correspondentes de guerra: Jean Froissard.


0728 C TENIERS o gozo brutal dos camponeses sem o consenso medieval católico

28 DE JULHO. TENIERS:  brilhante na pintura das figuras humanas, ternas e com humor

TENIERS
David Teniers o Moço, David Teniers le Jeune, David Teniers the Younger
(nasceu em 1610, na Antuérpia, morreu em 1690, em Bruxelas)

FÉRTIL PINTOR DE PRECIOSAS CENAS DO POVO: FUNDADOR DA ESCOLA FLAMENGA

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade
A civilização moderna, após o fim da Idade Média, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana, pelo fim da servidão da gleba, com a total liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. Criou também a saída das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
A segunda semana tem Rafael como chefe, mostrado no domingo último dia da semana. Consta da relação os grandes representantes da evolução social da arte da forma, que são os pintores, os escultores, os arquitetos. Foram escolhidos os representantes principais da arte das diferentes nações, escolas e técnicas diversas. Não é uma classificação pela ordem crescente de mérito. Reúne os nomes representativos e de escolas artísticas opostas.
Ver em 0716 01 C    O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.



David Teniers, o Moço (1610-1690) foi batizado em 15 de dezembro de 1610 na Antuérpia, Bélgica. Era filho de David Teniers, o Velho, que lhe ensinou a arte da pintura. Seu pai fora aluno de Rubens e foi o criador da escola da pintura da vida campestre.
Em 1637 ele casou com Anna, filha do pintor Jan Brueghel, o Velho. Teniers pintou quase todos os gêneros da arte, mas é conhecido por suas telas com cenas da vida no campo. Muitas dessas obras foram usadas mais tarde, como temas para a tapeçaria no século 18.
Teniers, pessoalmente era um homem refinado, amigo dos nobres e dos príncipes. Foi homenageado pelo arquiduque Leopoldo Guilherme, pela rainha Cristina da Suécia e pelo rei Philippe IV da Espanha.
A execução técnica de Teniers é perfeita e a maestria dos seus próprios recursos é infalível. Nenhum outro pintor conseguiu ultrapassá-lo na arte da pintura no seu gênero, que fazia a reprodução fiel dos acontecimentos comuns da vida diária. Teniers é o chefe dessa escola da arte da pintura e é, de fato, seu principal fundador.
Teniers morreu em 25 de abril de 1690 em Bruxelas, capital da Bélgica.
A pintura de Teniers corresponde exatamente ao romance moderno da vida comum. Os temas são muito variados e a concepção é essencialmente simples. Os temas comuns que ele escolhe têm, quase todos, um caráter de humor grosseiro, mostrando os prazeres vulgares de fatos excêntricos e rústicos.
Ele foi brilhante ao pintar cenas de multidão em campo aberto e mostrava a caracterização de suas figuras com um aspecto humano, terno e até com certo humorismo, como na tela “Festa na Vila”, de 1646.
A escolha dos temas de Teniers refletia a sua personalidade, que se divertia no meio de um luxo maravilhoso. No entanto, ele pintava invariavelmente o gozo brutal dos camponeses e muitas vezes o tumulto sensual dos prazeres incontrolados. Teniers é, por sua obra, o fundador da escola flamenga de pintura. O primeiro artista que colocou sua longa vida de 80 anos pintando o povo assim mesmo como o povo é, de fato.
A tendência de Teniers foi mostrar a evolução dos costumes e mesmo registrar a grosseria e o abandono de todo ideal religioso. Ele representa a escola moderna da pintura flamenga, libertada do controle religioso feito pelos padres e do consenso que havia na Idade Media. É participante das novas classes de formação da opinião pública, na revolução que acabou com o feudalismo e com a forte influência da respeitável cultura religiosa medieval.
No entanto, ele pintava invariavelmente o gozo brutal dos camponeses e muitas vezes o tumulto sensual dos prazeres incontrolados.
Ele foi brilhante ao pintar cenas de multidão em campo aberto e mostrava a caracterização de suas figuras com um aspecto humano, terno e até com certo humorismo, como na tela “Festa na Vila”, de 1646.

A tendência de Teniers foi mostrar a evolução dos costumes e mesmo registrar a grosseria e o abandono de todo ideal religioso. Ele representa a escola moderna da pintura flamenga, libertada do controle religioso feito pelos padres e do consenso que havia na Idade Media. É participante das novas classes de formação da opinião pública, na revolução que acabou com o feudalismo e com a forte influência da respeitável cultura religiosa medieval.
Teniers é, por sua obra, o fundador da escola flamenga de pintura. O primeiro artista que colocou sua longa vida de 80 anos pintando o povo assim mesmo como o povo é, de fato.

AMANHÃ: O mais importante de todos os pintores do mundo para o belo: Rafael.


sábado, 26 de julho de 2014

0727 C VELÁSQUEZ fortes emoções na pintura de forma e textura luz e sombra

27 DE JULHO. Velásquez: representação fiel em retratos, cenas históricas e paisagens

VELÁSQUEZ
Diego Rodriguez de Silva Velásquez
(nasceu em 1599, em Sevilha, Espanha; morreu em 1660, em Madrid)

ENTRE OS MAIORES ARTISTAS DO MUNDO CHEFE DA ESCOLA ESPANHOLA DE PINTURA

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade
Ver em 0716 C    O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.


VELÁSQUES (1599-1660) nasceu em Sevilha, Espanha, de uma boa família. O nome de seu pai era de Silva, e o de sua mãe Velásquez. De acordo com o costume da Espanha, ele tomou os dois nomes, mas ficou conhecido na história da arte pelo nome de sua mãe. Foi o mesmo que ocorreu com Gutenberg.
Até a idade de 23 anos ele trabalhou em Sevilha, onde ele encontrou Cervantes. Em 1622 ele foi para Madrid, onde se introduziu na corte real da Espanha e pintou, no ano seguinte, o retrato do rei Philippe IV.
Em seguida a esse retrato, até sua morte, quase quarenta anos mais tarde, Velásquez foi coberto de favores e de honra pelo rei, ficando seu amigo íntimo e acompanhante. Ele pintou o rei, sua família e os seus nobres em todas as formas e atitudes.
Em 1630 Velásquez foi à Itália, onde recebeu continuada homenagem. O retrato que fez do papa Inocente X foi mostrado em procissão triunfal.
As obrigações do artista como acompanhante do rei faziam com que ele tivesse que seguir Philippe IV nas suas excursões e viagens. Uma febre que contraiu numa dessas viagens, na ocasião do casamento de Luiz XIV, ocasionou sua morte no ano de 1660, com a idade de 61 anos. Ele foi enterrado com grande pompa em Madrid e repousa ao lado de sua mulher, que morreu de tristeza sete dias após sua morte.
A vida de Velásquez passada inteiramente nas cortes dos reis e cercada de condecorações e favores, foi, apesar do luxo, honrosa, pura e generosa. Ele era digno, cortês, magnânimo, como mostra seu zelo de amizade em favor de Murilo, pobre, embora fosse mais popular do que Velásquez.
Ele é um dos maiores mestres da cor, do claro-escuro e de todos os recursos da arte da pintura. Ele teve êxito ao mesmo grau em retratos, paisagens, pintura de animais e em cenas históricas. O estilo naturalístico usado por ele forneceu uma linguagem adequada para a expressão de sua extraordinária força de observação na produção de retratos, tanto do modelo vivo como da natureza morta.
Velásquez desenvolveu a maestria na fidelidade da representação para se tornar o criador de obras-primas impressionantes. A diversidade dos golpes do pincel e as harmonias sutis da cor davam efeitos de forma e de textura, de espaço, de luz e atmosfera. O que pode fazer dele um precursor do impressionismo francês do século 19.
Como pintor de retratos, pela variedade da coloração local, a facilidade de execução, ele não tem quase ninguém igual a ele em qualquer uma das escolas e em qualquer época. Embora sempre nobre, simples e possante em suas concepções, a ele nada faltou do ideal e de êxtase. Não faltou a um grau qualquer a impressão da bravura de seu amigo e contemporâneo Rubens, ou da escola grandiosa de Rafael e de Miguel-Ângelo no que ele tenha estudado, na Itália.
Velásquez continua sendo um dos mais fiéis, dos mais verdadeiros e de mais personalidade dos pintores. É com justiça que ele é colocado como chefe da escola espanhola de pintura. Ele é mundialmente reconhecido como um dos maiores artistas.


AMANHÃ: Fundador da escola flamenga de arte pinta o povo como ele é: Teniers.


0726 C POUSSIN pintura do ideal do humanismo na glória do passado grego e romano

26 DE JULHO. Poussin: obras clássicas, sérias, lógicas sem figuras e decoração barroca

POUSSIN
Nicolas Poussin
(nasceu em 1594, em Paris; morreu em 1665 em Roma, Itália)

MESTRE FRANCÊS DA ARTE DO HUMANISMO CLÁSSICO NA PINTURA DOS ANOS 1600


ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade
Ver em 0716 01 C    O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.


POUSSIN (1594-1665) é o mestre da escola francesa de pintura. Nasceu em Villers, perto de Paris, de uma família nobre em 1594. Aos 18 anos foi para Paris, onde estudou pintura, quando foi tomado por uma forte paixão pela arte antiga pagã dos gregos e dos romanos.
Em 1624 foi para Roma e se consagrou com ardor ao estudo das obras da antiguidade e dos grandes mestres italianos. O cardeal Barberini se tornou seu protetor e em 1640 foi apresentado por Richelieu ao rei Luis XIII que o nomeou pintor real em Paris, com pensão e alojamento nas Tuileries.
Três anos mais tarde, em 1643, retornou para Roma, onde continuou a trabalhar.
Poussin morreu em 19 de novembro de 1665 em Roma, nos Estados Papais, sendo enterrado na igreja de St-Laurent. Ainda se conserva a casa em que morava, no Monte-Pincio.
Poussin trabalhou impregnado das formas e do espírito da antiguidade. Ele era chamado de “o sábio Poussin”, e de “o Rafael francês”. Sua concepção da vida antiga é intensa e verdadeira, mostrando uma capacidade mental de elevada ordem.
Ele foi o mestre que transmitiu à escola francesa de arte o método de composição clássica e o modelo de Rafael, que, mais tarde degeneraria, por vezes, em simples academicismo. Como pintor, e, sobretudo como colorista, ele se tornou famoso na direção do aperfeiçoamento da arte.
As suas cenas da Bíblia e da antiguidade da Grécia e de Roma influenciaram gerações de pintores franceses, como Jacques-Louis David, J.-A.-D. Ingres, e Paul Cézanne. Poussin tomou parte na comparação da tendência do estilo barroco com o classicismo. Ele representa a pintura clássica com suas obras sérias, lógicas, ordenadas, em oposição ao estilo barroco inchado de figuras e decorações.
No século 17, na Itália, o desenho, como forma da prática de arte e de experimentação estabeleceu-se nas universidades, especialmente em Bolonha. O desenho, com vistas panorâmicas campestres, se desenvolveu mostrando o interior ao redor de Roma.
Poussin costumava desenhar a céu aberto, usando várias técnicas, combinando experiências reais com a idealização do humanismo na glorificação do passado pagão da antiga Grécia e de Roma. As composições idealizavam figuras e cenas que eram harmoniosamente integradas dentro de um amplo panorama campestre.
A escola histórica da pintura clássica é representada, na França, pelos grandes mestres Poussin e Lesueur (1616-1655).

AMANHÃ:.O grande artista chefe da escola espanhola de pintura: Velasquez


0725 C HOLBEIN na pintura sua Madona está entre as maiores obras de arte religiosas

25 DE JULHO: Holbein, bela originalidade mística com alta força emotiva

HOLBEIN
Hans Holbein, o Moço; Hans Holbein the Younger
(nasceu em 1497, em Augsburg, Alemanha; morreu em 1543, em Londres, Inglaterra)

ARTISTA ALEMÃO MESTRE NA ARTE DE RETRATOS, GRAVURA E JOALHERIA

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade

Ver em 0716 01 C    O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.


Holbein (1497-1543) pertencia a um clã de artistas importantes. O pai de Hans, de nome Hans Holbein, o Velho, e seu tio Sigmund eram famosos na Alemanha por sua pintura no estilo gótico antigo. Um de seus irmãos, Ambrósio, tornou-se também um pintor, mas morreu em 1519 antes da maturidade. Os irmãos Holbein estudaram primeiro com o seu pai em Augsburg. Eles também começaram trabalho independente em 1515 na Basiléia, na Suíça. 
A família Holbein viveu na segunda geração de artistas alemães do século 16. Albert Dürer, Matthias Grünewald e Lucas Cranach nasceram todos entre 1470 e 1480 e estavam produzindo suas obras de maturidade nos anos em que Holbein estava começando sua vida artística. Holbein é um dos mais destacados artistas da Alemanha na sua geração.
HANS HOLBEIN O MOÇO nasceu em Augsburg e logo foi para Bale no Reno, onde ainda se encontram muitas de suas primeiras obras.
Tendo quase 30 anos, em 1526, ele foi para a Inglaterra, munido de cartas de Erasmo dirigidas a sir Thomas Morus. Ele voltou a Bali entre 1528 e 1532, mas se fixou finalmente na Inglaterra onde ele passou os últimos onze anos de sua vida.
Holbein pintou um número imenso de retratos, e nos seus sete últimos anos, foi o pintor da corte de Henrique VIII, contando com todo o apoio do rei. Ele morreu de peste em 1543.
Seus retratos são de fino acabamento, sendo conhecidos como sendo os mais belos e mais fiéis que se conhece. Sua Madona em Darmstadt, que tem uma cópia em Dresden, é uma composição de devoção cristã da família Mayer. A Madona é tida como uma das maiores obras-primas religiosas do mundo.
Holbein foi também um fecundo artista na gravura em madeira. Sua
Dança
dos Mortos é um dos produtos dos mais populares e dos mais característicos da Reforma Protestante. Ele também pintou afrescos e trabalhou em vidro e em metal. Do mesmo modo que seus contemporâneos da Itália, ele deixou poucas obras fora de sua esfera de trabalho.
A raridade de suas obras fora do seu país e a originalidade mística de sua criação são limitações de sua influência na arte. É pela mesma razão que Rafael, com sua vasta influência popular, tem mais presença na história da arte do que Leonardo da Vinci e do que Miguel Ângelo, que são superiores em força mental.
Hoje, Holbein figura, com Albert Dürer de Nuremberg como as maiores personalidades artísticas que a Alemanha já produziu.

AMANHÃ: Grande mestre da pintura clássica na França: Poussin.


quarta-feira, 23 de julho de 2014

0724 C MIGUEL ÂNGELO pintor escultor foi o arquiteto da Igreja de S. Pedro em Roma

24 DE JULHO. Miguel Ângelo: pintor fez poesia em alto grau, como um Dante da arte

MIGUEL ÂNGELO
Michel-Ange, Michelangelo; Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni
(nasceu em 1475, em Florença, Itália; morreu em 1564, em Roma)

ESCULTOR E PINTOR ITALIANO A MAIOR INFLUÊNCIA NA ARTE DA EUROPA OCIDENTAL

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade
A segunda semana tem Rafael como chefe, mostrado no domingo último dia da semana. Consta da relação os grandes representantes da evolução social da arte da forma, que são os pintores, os escultores, os arquitetos. Foram escolhidos os representantes principais da arte das diferentes nações, escolas e técnicas diversas. Não é uma classificação pela ordem crescente de mérito. Reúne os nomes representativos e de escolas artísticas opostas.
A segunda semana tem Rafael como chefe, mostrado no domingo último dia da semana. Consta da relação os grandes representantes da evolução social da arte da forma, que são os pintores, os escultores, os arquitetos. Foram escolhidos os representantes principais da arte das diferentes nações, escolas e técnicas diversas. Não é uma classificação pela ordem crescente de mérito. Reúne os nomes representativos e de escolas artísticas opostas.
Ver em 0716 C    O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS

Miguel Ângelo (1475-1564) filho de Ludovic Buonarrotti Simoni, de honrada família de Florença, nasceu perto de Arezzo em 6 de março de 1475.
Aos 13 anos foi aprender com o pintor D. Ghirlandajo, com quem mostrou um gênio precoce para a escultura e obras de sua autoria executadas ainda em sua adolescência estão preservadas. Aos 14 anos, ele chamou a atenção de Laurent o Magnífico e foi admitido para estudar na academia de arte antiga que Laurent havia fundado no palácio Médicis.
Miguel Ângelo na academia desenvolveu sua criatividade como escultor e ali, quando ainda tinha 16 anos, foi que seu rival Torregiano, atacando-o com uma marreta, quebrou o seu nariz e o desfigurou para o resto da vida. Durante esse período, ele estudou anatomia com paixão e praticou a escultura.
Entre 1504 e 1506, ocorreu a grande disputa com Leonardo da Vinci para realizar os desenhos para a Câmara do Conselho de Florença. Em 1506 Miguel Ângelo, pela primeira vez, ganhou a reputação de grande pintor.
Em 1506, com a idade de 31 anos, foi convidado a ir a Roma pelo papa Júlio II para fazer seu grande mausoléu. Miguel Ângelo passou grande parte de sua vida nessa obra imensa, de que o único resultado foi a estátua de Moisés e de algumas estátuas inacabadas. Em 1508, o papa encomendou a decoração do afresco da capela Sixtina. Esse trabalho gigantesco, totalmente feito pelo mestre no espaço de 4 ou 5 anos é, sem dúvida, o mais prodigioso produto da arte depois da Idade Média. Impenetrável, terrível, profunda, essa vasta criação de um gênio possante, foi, por muitos séculos e continua a ser admirada por todos, apesar dos limites impostos ao artista e por sua aparência vigorosa. Esses afrescos são mais a obra de um escultor do que de um pintor, já que não são simplesmente pinturas, mas são poemas dignos de Dante.
Depois da morte do papa Júlio II em 1513, o artista voltou a fazer escultura. Em 1524, com 49 anos, começou a sublime capela de Médicis em Florença, que, com suas 6 colossais estátuas, foi inteiramente feita por Miguel Ângelo. Essas são a maiores obras da escultura.
Ele foi colocado, em 1527, como engenheiro na defesa da República contra os Médicis. Em 1534 foi chamado para completar os afrescos da capela Sixtina, quando fez o Julgamento Final. Essa obra enorme é mais um prodígio de um desenhista consumado, do que uma simples pintura, ao mesmo tempo em que ela contém várias das concepções, das mais originais, do possante mestre. Elas foram expostas em 1541 e são, com os afrescos da capela Paulina, as últimas pinturas que o artista realizou.
Em 1547 o artista foi chamado para ser o arquiteto da igreja de S. Pedro em Roma e continuou até sua morte a trabalhar nessa construção. A cúpula do templo foi inteiramente feita por ele.
Miguel Ângelo morreu em Roma em 1564, com 89 anos de idade. Foi enterrado com grande pompa na igreja de Santa Croce em Florença. Ele foi o maior gênio da arte, sendo tanto um escultor e arquiteto quanto um pintor. Como personalidade, foi fiel, inflexível, independente, frugal, elevado, generoso, puro e sincero. Como poeta, ele foi dos mais eminentes, seus Sonetos o colocando entre os melhores poetas líricos do seu tempo. Nenhum outro pintor colocou a poesia em sua arte em tão alto grau. Essa a razão de ser chamado com justiça de “O Dante da arte”.
Em elevação de caráter, em sublimidade de imaginação e em seus extraordinários resultados, Miguel Ângelo deve ser colocado entre os maiores filhos da Humanidade, entre os maiores colaboradores da maravilhosa evolução da sociedade humana desde a mais selvagem animalidade até nossos dias, através dos milênios.


AMANHÃ: Entre as maiores personalidades artísticas da Alemanha: o pintor Holbein.


0723 C LEONARDO DA VINCI incessante e genial busca pela perfeição total das artes

23 DE JULHO: Da Vinci: experimentação na sublimidade da arte da perfeita beleza

LEONARDO DA VINCI
(nasceu em 1452, em Vinci, Florença, Itália; morreu em 1519, em Cloux, França)

CÉLEBRE PINTOR, ESCULTOR, ENGENHEIRO GRANDE GÊNIO DO IDEAL HUMANISTA

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade
A civilização moderna, após o fim da Idade Média, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana, pelo fim da servidão da gleba, com a total liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. Criou também a saída das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
A segunda semana tem Rafael como chefe, mostrado no domingo último dia da semana. Consta da relação os grandes representantes da evolução social da arte da forma, que são os pintores, os escultores, os arquitetos. Foram escolhidos os representantes principais da arte das diferentes nações, escolas e técnicas diversas. Não é uma classificação pela ordem crescente de mérito. Reúne os nomes representativos e de escolas artísticas opostas.
Ver em 0716 01 C    O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS


Leonardo da Vinci (1462-1519) era filho natural de Pierre da Vinci, advogado em Florença. Ele nasceu no Castelo de Vinci, perto de Florença, em 1452. Ele foi legitimado e educado ao mesmo tempo em que os filhos legítimos que seu pai teve em seguida. Ele mostrou, desde sua infância, um talento precoce para a música, para a matemática, mecânica e para a arte em todas as suas formas.
Ele foi colocado no atelier d’Andrea Verrochio, que era escultor, gravador e pintor. Na sua juventude, ele se dedicou a um largo campo de estudo e sua capacidade parecia um extraordinário milagre. A uma grande beleza e a uma grande força, ele reuniu todos os conhecimentos que se podia adquirir em seu tempo. Ele tornou-se, ao mesmo tempo, um matemático, engenheiro, arquiteto, músico, poeta, escultor, pintor, anatomista, botânico e físico.
Na idade de vinte e cinco anos, Leonardo, já dono de um grande renome, recebeu encomendas do governo e de Laurent o Magnífico. Todo o campo da natureza em suas mais fantásticas e as mais obscuras formas tornaram-se estudo desse criador universal. Sabemos agora que, quando tinha cerca de trinta anos, ele visitou o Oriente, Constantinopla e a Ásia Menor. Tornou-se até engenheiro do Sultão do Cairo.
Como engenheiro, arquiteto, matemático, escultor, artista e diretor geral dos trabalhos artísticos, científicos e mecânicos, Leonardo foi convidado por Ludovico Sforza em 1484 para ir para Milão. Ele se dedicou a uma quantidade grande de serviços durante 15 anos. Suas maiores obras artísticas em Milão foram a estátua de bronze do príncipe, que ele nunca terminou e o afresco da Última Ceia.
Quando da ocupação de Milão pelos franceses em 1500, Leonardo retornou para Florença onde começou sua rivalidade com Miguel Ângelo. Depois de 12 anos passados em Florença e em seus arredores, ele foi em 1514 a Roma, onde Rafael estava em seu apogeu de glória. Desprezado pelo papa, então Leão X e posto em segundo plano pela grande reputação de seu jovem rival, Leonardo acompanhou o rei Francisco I em seu retorno para a França em 1516 e ali se fixou até sua morte. Morreu perto de Amboise sur la Loire, em 1519, com a idade de 67 anos.
Leonardo, além de ter sido um dos maiores pintores, foi um dos primeiros, dos mais surpreendentes e dos mais universais de todos os grandes homens do século 16. Ele consagrou uma grande parte de sua vida às ciências aplicadas e a invenções de todo gênero.
Ele, de fato, foi o primeiro nome de seu século e antecipou em muito as descobertas da ciência moderna. Leonardo chegou à convicção de que a força e o movimento é que produziriam as formas da natureza orgânica e inorgânica, funcionando de acordo com leis bem ordenadas e harmoniosas.
Ele deixou textos de matemática, de engenharia, hidráulica, anatomia, botânica, além de uma imensa coleção de esboços, de estudos, de figuras grotescas e de caricaturas.
O seu Tratado da Pintura foi traduzido em todas as línguas da Europa e serviu de base a tudo o que já se escreveu a respeito de arte. Essa obra continua tendo sua leitura recomendada até hoje.
Como pessoa humana, Leonardo foi profundamente ambicioso, vaidoso, rebelde, sonhador e inquieto. Com planos gigantescos, seu ideal de perfeição era inaccessível, mas tinha uma fome insaciável de produzir.
Leonardo esteve sem cessar ocupado em corrigir, a refinar, abandonando as antigas obras inacabadas para começar novas obras. Ele fez poucos trabalhos completos e sua vida foi um longo catálogo de empreendimentos abortados, em comparação a três ou quatro obras de uma beleza e de uma perfeição suprema. O grande gênio sem limites de Leonardo teria a marca do inatingível e sua vida seria, talvez, uma grandiosa sinfonia inacabada de beleza.
É provável que, das pinturas de cavalete atribuídas a Leonardo poucas sejam, na verdade, de sua mão. Desse pequeno número é o retrato da Mona Lisa, que se acha no museu do Louvre e pelo menos os rostos e a composição, senão a totalidade da Madona que está na Galeria Nacional de Londres sejam de Leonardo. Sua grande obra, a Última Ceia, um mural no refeitório do mosteiro de Santa Maria delle Grazie em Milão,foi muito danificada. Em 1977 começou sua restauração com novas técnicas, com algum sucesso, permitindo ver a majestade de sua composição e a caracterização de suas figuras.
Leonardo foi, incontestavelmente, o fundador do método italiano da pintura a óleo e seus trabalhos infinitos e suas experiências constantes aumentaram consideravelmente os recursos técnicos da arte. Ele é, também, o primeiro que uniu a sublimidade das concepções à perfeita beleza.


AMANHÃ: Sublimidade de imaginação e extraordinários resultados: Miguel Ângelo.


SERVOS DA GLEBA
A servidão é o status legal e econômico dos camponeses ("servos"), especialmente no âmbito do sistema econômico da "senhoria" (direitos feudais sobre a terra). Os servos são trabalhadores rurais que estão vinculados à terra, formando a classe social mais baixa da sociedade feudal. À diferença dos escravos, os servos não eram propriedade de ninguém e não podiam ser vendidos, pois não eram como escravos vencidos de guerra, que eram propriedade dos donos. A servidão implica o trabalho forçado dos servos nos campos dos senhores de terras, em troca de proteção e do direito de arrendar terras para subsistência. Ademais do trabalho na terra, os servos executavam diversos trabalhos relacionados com agricultura, como silvicultura, transporte (por terra e por rio), artesanato e mesmo manufatura. Na Idade Média também não havia a noção de emprego. A relação trabalhista da época era a relação senhor-servo.
Um servo podia sair das terras do senhor de terras e ir para onde quisesse, desde que não tivesse dívidas a pagar para o senhor de terras.
Na servidão, o servo não trabalha para receber uma remuneração, mas para ter o direito de morar e cultivar nas terras do seu senhor. Parte da colheita era do senhor.


HUMANISMO
Humanismo é a forma de pensar que coloca os objetivos humanos como a mais importante referencia. É uma perspectiva comum a uma grande variedade de posturas éticas que atribuem a maior importância à elevação, dignidade, liberdade, aspirações e capacidades da sociedade humana, da humanidade.
A palavra pode ter diversos sentidos, o significado filosófico essencial destaca-se por contraposição ao apelo a uma entidade sobrenatural ou a uma autoridade superior. Desde os anos 1500, século XVI, o humanismo tem sido resultado da queda do papado, do fim feudalismo e da secularização. Foi a base da laicidade dos filósofos Iluministas do século XVIII. O termo abrange as novas filosofias não teístas organizadas, como o Humanismo Secular, Ethical e outros com uma nova visão e nova postura de vida.


segunda-feira, 21 de julho de 2014

0722 C ARIOSTO poeta entre os maiores com belo estilo que flui como improvisado

22 DE JULHO. ARIOSTO: a moral feudal, cavalheiresca e humana, leal e generosa

ARIOSTO
Ludovico Ariosto
(nasceu em 1474, em Modena, Itália; morreu em 1533, em Ferrara, Itália)

POETA ITALIANO MELHOR CANTOR DA IDADE MÉDIA CAVALHEIRESCA

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade

A primeira semana tem Ariosto como chefe, mostrado no domingo último dia da semana. Ali estão autores que criaram pinturas ideais da natureza humana sob todas as suas formas, com a poesia de costumes, mostrada nas suas manifestações da história da sociedade moderna.
Ver em 0716 01 C   O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com todos os grandes tipos humanos do mês.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

LUDOVICO ARIOSTO (1474-1533) LUDOVICO ARIOSTO nasceu em 8 de setembro de 1474 em Reggio Emilia, na Lombardia, Itália, na fortaleza do ducado de Ferrara da família d’Este. Seu pai, Niccolo, era o governador do forte e tinha outras importantes funções. Sua mãe Daria Malaguzzi era de família nobre. Ele recebeu uma educação geral, das leis e de guerreiro medieval.
Com a morte de seu pai, ele se tornou o filho mais velho de dez irmãos menores, a quem devia sustentar. É o que explica sua dependência à ajuda de uma proteção do indigno cardeal Hippolyte d’Este, irmão do duque de Ferrara, de 1503 a 1517. Mais tarde, ficou a serviço do próprio duque Alfonso I.
em Reggio Emilia, na Lombardia, Itália, na fortaleza do ducado de Ferrara da família d’Este. Seu pai, Niccolo, era o governador do forte e tinha outras importantes funções. Sua mãe Daria Malaguzzi era de família nobre. Ele recebeu uma educação geral, das leis e de guerreiro medieval.
Com a morte de seu pai, ele se tornou o filho mais velho de dez irmãos menores, a quem devia sustentar. É o que explica sua dependência à ajuda de uma proteção do indigno cardeal Hippolyte d’Este, irmão do duque de Ferrara, de 1503 a 1517. Mais tarde, ficou a serviço do próprio duque Alfonso I.
A obra de Ariosto é o primeiro exemplo de poesia histórica. Mostra a vida na Idade Média com seu caráter de elegante cavalheirismo. Sua obra-prima, Orlando Furioso, é recomendada como arte das mais perfeitas, uma leitura de valor até nos nossos dias.
A obra prima de Ariosto, o poema Orlando Furioso, é a mais importante obra épica, devido a seu estilo vigoroso e exaltado. Ariosto também escreveu comédias, odes, sátiras e sonetos. A terceira edição de Orlando Furioso foi publicada em 1532, completada com 46 Cantos.
Ariosto morreu no ano seguinte, em 1533, aos 59 anos de idade.
A época histórica da Idade Média é um longo período de guerra defensiva para a manutenção do grande império romano, transformado em pequenos feudos com seus barões e seus castelos. Ariosto foi o poeta desses tempos, mostrando com arte todas as virtudes cavalheirescas e de lealdade então desenvolvidas. O que há de mais notável é o ideal moral do seu poema.
A condenação dos parasitas na sociedade, aqueles que tudo recebem da família e da coletividade e nada produzem, foram colocados por Dante no Inferno, canto terceiro:
     “Viverão sem infâmia nem louvor... O céu os expulsou para não ser menos belo e nem o profundo inferno os recebe, porque os condenados tirarão deles alguma glória... Não falemos mais deles, olha e passa”.
Numa das suas Sátiras, Ariosto diz dos parasitas, que eles:
     “Venuto al mondo sol per far letame”. Ou seja,. “Vieram ao mundo só para produzir esterco”.
Mas a religião e as crenças do cristianismo são, no poema, raramente mencionadas, sempre com um respeito frio e distante. A moral que se mostra no poema é feudal, cavalheiresca e humana, com um caráter laico, sem clara feição religiosa. O mouro muçulmano é um inimigo, mas um inimigo generoso e tão merecedor de lealdade e de cortesia quanto merece o cristão.
A amizade entre mouros e cristãos é considerada como uma virtude, como se lê no Canto I, estrofe 22. E, embora o herói muçulmano se converta e seja finalmente batizado, o amor de Bradamente, sua amada, por ele, não sofre influência da diferença de crenças.
Ariosto fala, no Canto XXI, estrofe 1, da Fé Santa, vestida com um véu de brancura imaculada. É grande a nossa surpresa quando descobrimos que essa fé nada tem em comum com os dogmas religiosos do cristianismo. É a fé que une os nobres espíritos numa confiança mútua. É a fé humana, terrena. É a firmeza que a palavra, quando ela é dada, não será violada, seja ou não fortificada por um juramento secreto ou público. A sociologia moderna mostra a mentira e a traição como diretamente incompatíveis com toda cooperação humana, confirmando a importância nobre e fundamental da fé na sociedade.
O estilo de Ariosto é de grande beleza, fluindo como se fosse improvisado, mas com um efeito sonoro maravilhoso. O poeta é colocado pela posteridade entre os 13 maiores poetas de todos os tempos.
Com uma gratificante leitura, ele é colocado, por sua obra, em todos os tempos, entre os três poetas mais importantes: Homero, Dante e Ariosto.


AMANHÃ: A sublimidade das concepções unidas à perfeita beleza: Leonardo da Vinci.


SERVOS DA GLEBA
A servidão é o status legal e econômico dos camponeses ("servos"), especialmente no âmbito do sistema econômico da "senhoria" (direitos feudais sobre a terra). Os servos são trabalhadores rurais que estão vinculados à terra, formando a classe social mais baixa da sociedade feudal. À diferença dos escravos, os servos não eram propriedade de ninguém e não podiam ser vendidos, pois não eram como escravos vencidos de guerra, que eram propriedade dos donos. A servidão implica o trabalho forçado dos servos nos campos dos senhores de terras, em troca de proteção e do direito de arrendar terras para subsistência. Parte da colheita é do senhor.
Ademais do trabalho na terra, os servos executavam diversos trabalhos relacionados com agricultura, como silvicultura, transporte (por terra e por rio), artesanato e mesmo manufatura. Na Idade Média também não havia a noção de emprego. A relação trabalhista da época era a relação senhor-servo.
Um servo podia sair das terras do senhor de terras e ir para onde quisesse, desde que não tivesse dívidas a pagar para o senhor de terras.

Notar que
você não será maior
do que sua visão da vida, que é o mesmo que é sua filosofia.