sexta-feira, 21 de março de 2014

0322 C SÃO JUSTINO introdução do vocabulário filosófico no cristianismo


22 DE MARÇO. S.Justino: concepção de um plano divino na história

SÃO JUSTINO
Justin Martyr, Saint
(nasceu cerca do ano 100 da nossa era, em Flavia Neapolis, Palestina; morreu cerca do ano 165, em Roma)

FILÓSOFO APOLOGISTA TEÓLOGO NO COMEÇO DA IGREJA CRISTÃ

A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Esta é a quarta semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga. É consagrada à escola de Platão que prepara a doutrina da igreja cristã.
O chefe de semana é Platão no domingo que a encerra.
Ver o Quadro 0226 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

SÃO JUSTINO (100-165 dC) nasceu em Flávia Neapolis, cidade grega construída no lugar da antiga Sichem na Palestina. Ele descreveu num de seus diálogos os seus estudos das diversas escolas de filosofia e a sua adoção final da doutrina de Platão. Um velho que o encontrou um dia a bordo de um navio lhe recomendou estudar as escrituras cristãs. A coragem invencível com que os cristãos sofriam a perseguição já tinha impressionado a Justino. Ele aceitou sua doutrina e destinou o resto de sua vida à sua propagação, primeiro no Egito e na Ásia, depois em Roma com a aparência de um filósofo e procurando dar à nova doutrina bases filosóficas.
Alguns dos escritos de Justino estão na forma de defesas ou de elogios, apologias, dirigidas ao Imperador de Roma. Estão cheios de referência a Platão e a seus predecessores. Justino foi fortemente atraído, diz ele, pelas concepções de Platão sobre os seres incorporais ou idéias e pelo regime intelectual imaginado para tornar o homem capaz de compreendê-las.
Justino encontrou em Platão – estabelecidos ou sugeridos de maneira obscura – não somente as verdades relativas à criação do mundo por Deus, mas também os mistérios da cruz e da Trindade; porque Platão e seu mestre Sócrates haviam, segundo Justino, obtido seu conhecimento dessas coisas dos escritos de Moisés. Eles têm, então, uma parte no Logos divino, a palavra ou a razão de Deus. Desse modo, seu ensinamento não é oposto ao ensino de Cristo.
A grande contribuição de Justino para a teologia cristã é a sua concepção de um plano divino da história. Seria um processo de salvação realizado por Deus, em que as várias épocas históricas foram integradas numa unidade orgânica dirigida a um término sobrenatural. O Velho Testamento e a filosofia grega se unem para formar um único processo para chegar à cristandade.
Justino é chamado comumente de o “Mártir” e de o “Filósofo”. É o primeiro dos apologistas da religião cristã cujos textos chegaram até nós. Viajou a partir do ano 135 de cidade em cidade proclamando a nova filosofia cristã, na esperança de converter os pagãos educados. Ficou longo tempo em Roma. Muito tempo depois, em seguida a um debate com Crescens, intelectual cínico, ele foi denunciado ao prefeito de Roma como subversivo. Foi condenado à morte no reinado do Imperador Marco Aurélio. Ele foi decapitado em Roma.
Justino foi o primeiro escritor da igreja primitiva a introduzir o vocabulário filosófico na discussão da doutrina cristã. Ele foi um grande divulgador do pensamento cristão, sendo seus textos de grande valor pela informação que eles fornecem da igreja cristã no segundo século da nossa era.


AMANHÃ: A moderação no ensino de Clemente de Alexandria.


0321 C JOÃO EVANGELISTA a catolicidade da fé universal de S Paulo

21 DE MARÇO. João Evangelista: do quarto evangelho no Novo Testamento.

JOÃO EVANGELISTA
Saint Jean l’Evangelist, John the Evangelist
(viveu entre os anos 100 a 180 da nossa era)

AUTOR DO QUARTO EVANGELHO FORMADOR DA DOUTRINA CRISTÃ

A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Esta é a quarta semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga. É consagrada à escola de Platão que prepara a doutrina da igreja cristã.
O chefe de semana é Platão no domingo que a encerra.
Ver o Quadro 0226 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.


JOÃO EVANGELISTA (entre 100 a 180 dC) é o nome do autor do quarto evangelho do Novo Testamento. A palavra evangelho do grego significa BOA NOVA, BOA NOTICIA, em grego ev=bom, angel=mensagem.
O quarto evangelho é conhecido como O Evangelho segundo São João ou segundo João. Mais do que as outras partes do Novo Testamento, esse evangelho formou a doutrina cristã junto com as epístolas de Paulo de Tarso para estabelecer uma religião católica. O nome católico quer dizer universal, que é também para os gentios, para os não judeus, em oposição a uma religião nacional judaica, apenas aos judeus, como queriam os cristãos judeus aliados a S. Pedro inimigo de Paulo.
A crença geralmente aceita diz que esse evangelho é de autoria de São João, filho de Zebedeu, que também seria o autor do livro do Apocalípse. Mas a crítica moderna chegou a conclusões diferentes dessa crença por razões que parecem decisivas.
Em primeiro lugar o estilo do texto grego do Apocalipse difere tanto do estilo do quarto evangelho que é difícil que os dois livros tenham sido escritos pela mesma pessoa. Em segundo lugar, as matérias são ainda mais divergentes: o Apocalipse é o mais judeu de todos os livros do Novo Testamento, ao passo que o quarto evangelho é o menos ligado ao judaísmo para um só povo, do que mais dirigido a uma doutrina católica, universal, para todos os povos.
O Apocalipse parece ter sido escrito no ano 68, antes da morte do imperador Galba e quando a crença estava difundida por todo lugar que Nero reapareceria, de acordo com Cap. XVII, 10, 11. Jerusalém ainda não estava sob cerco e no livro é ardentemente expressada a convicção de que o povo judeu era a nação central do mundo, com a qual todas as outras nações deveriam se unir.
Ao contrário, no quarto evangelho, não há nenhum traço de judaísmo. A luta entre os cristãos judaicos de Jerusalém contra o universalismo ou catolicismo de São Paulo parece então ter acabado há muito tempo. Na época nem em Jerusalém nem sobre o monte Gerizim há algum privilégio de culto. Muitas das numerosas diferenças entre o quarto e os outros três evangelhos indicam a mesma tendência para a universalidade ou catolicidade pregada por Paulo de Tarso no texto atribuído a João Evangelista.
Ocorre o mesmo na notável diferença sobre o ponto de saber se Jesus celebrou ou não a páscoa na noite anterior à sua crucificação. De acordo com o quarto evangelho, segundo o qual a crucificação foi colocada um dia mais cedo do que nos outros evangelhos, não foi feita a celebração da páscoa, já que o próprio Jesus seria a realização do que a páscoa simbolizaria.
Enfim, não há prova evidente de que o quarto evangelho tenha sido reconhecido pela Igreja Católica antes do meio ou do fim do segundo século de nossa era. Há evidências de que ele teria sido escrito por um cristão de Alexandria profundamente compenetrado do espírito universalista dirigido para os gentios como Paulo de Tarso e seus discípulos compreendiam. A filosofia de Platão era familiar com esse espírito de universalidade e o pensamento de Filon também. Pode-se ver que a primeira frase do evangelho tem toda a alegoria ilimitada na interpretação das escrituras sagradas criada por Filon e poderia ter sido escrita pela mão do próprio filósofo judeu:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”


AMANHÃ: As apologias de S.Justino.


0320 C FILON DE ALEXANDRIA filósofo judeu precursor da teologia cristã

20 DE MARÇO. Filon de Alexandria: harmoniza o judaísmo e a filosofia grega.

FILON DE ALEXANDRIA
Philo Judaeus, Philon de Alexandrie, Philo of Alexandria
(nasceu cerca do ano 20 antes da nossa era, em Alenxandria; morreu cerca do ano 50 da nossa era, em Alexandria)

IMPORTANTE FILÓSOFO JUDEU HARMONIZA FÉ REVELADA COM RAZÃO FILOSÓFICA

A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Esta é a quarta semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga. É consagrada à escola de Platão que prepara a doutrina da igreja cristã.
O chefe de semana é Platão no domingo que a encerra.
Ver o Quadro 0226 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

FILON DE ALEXANDRIA (20aC-50dC) foi um judeu de Alexandria, de uma família sacerdotal, falando a língua grega, o mais importante filósofo do judaísmo helênico. Sabe-se que ele foi enviado como chefe de uma representação dos judeus de Alexandria ao imperador Calígula para se defender do notório anti-semita Apion que os acusava de recusar a prestar as honras devidas a César; sabe-se ainda que ele fez uma segunda viagem a Roma no tempo do imperador Cláudio. É tudo que se conhece dos detalhes de sua vida pessoal.
O historiador dos judeus Josephus, contemporâneo de Filon, informa que a família do filósofo era das mais nobres de sua linhagem. Seu irmão Alexandre Lysimachus era o homem mais rico da cidade de Alexandria, tendo contribuído com ouro e prata para recobrir os nove grandes portões do Templo de Jerusalém.
Mas as obras de Filon são de grande interesse. Elas mostram que havia em Alexandria uma numerosa e importante escola de pensadores judeus que se encarregou à tarefa de conciliar o judaísmo com a filosofia grega e especialmente com a filosofia de Platão. Filon não foi apenas um copiador dos filósofos gregos, repensando e desenvolvendo as doutrinas de Platão, de Aristóteles, Pitágoras e outros. Ele adotou as idéias de Aristóteles em cosmologia e em ética, havendo predominância do pensamento de Platão. Filo adotou o significado místico dos números de Pitágoras, em especial do número sete e também a disciplina de vida pitagórica.
Para a harmonia do judaísmo com a filosofia da Grécia, ele fazia um uso ilimitado da alegoria em sua interpretação das escrituras sagradas. Filon comentava a passagem do Gênese que diz: “O céu e a terra foram feitos” explicando que o céu significa razão e a terra sensação. Quanto à criação do mundo em seis dias afirma que “não se deve tomar o texto ao pé da letra, porque o tempo não existia antes da criação. Somente saber que o seis era um número perfeito e o sete era ainda mais perfeito”. Toda a história bíblica era interpretada dessa maneira. Os quatro rios do paraíso são interpretados como as quatro virtudes; Adão significa a razão, Eva o sentimento e a paixão - e assim por diante.
Mas a mais importante das concepções dessa escola é a sua teoria do Logos traduzido habitualmente nas escrituras cristãs pela palavra  Verbo,  com a dupla significação de  palavra  e de  razão,  como ocorre no exemplo análogo da palavra italiana ragionare.
Como conseqüência é do Deus Supremo, para Filon, que vem a razão, o pensamento ou a palavra. Filon fala então do filho primeiro-nascido ou primogênito de Deus, criador e governador do mundo e do segundo Deus, grande-sacerdote de Deus, existente em toda eternidade. Em outros textos Filon fala do logos como sendo a idéia das idéias de onde sai, primeiro o mundo platônico das formas invisíveis e mais tarde sai então o universo visível.
São Jerônimo e outros padres citam a então conhecida frase “Ou Platão filoniza ou Filo platoniza”. A influência importante da escola de Filon sobre a teologia do cristianismo é bem clara.
Por essa razão ele é considerado por escritores cristãos como o precursor da teologia cristã.

AMANHÃ: O quarto evangelho de João Evangelista.


19 DE MARÇO: Xenocrates o sucessor imediato de Platão por moral mais severa

XENÓCRATES
(nasceu no ano 396 antes da nossa era, na Calcedônia, na Ásia Menor, hoje Turquia;

FILÓSOFO GREGO  DISCÍPULO, SUCESSOR E DIVULGADOR DA DOUTRINA DE  PLATÃO

A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Esta é a quarta semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga. É consagrada à escola de Platão que prepara a doutrina da igreja cristã.
O chefe de semana é Platão no domingo que a encerra.
Ver o Quadro 0226 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

XENÓCRATES da Calcedônia (396-314 aC) foi o filósofo grego, discípulo de Platão, que acompanhou seu Mestre quando ele foi ao encontro de Denys na Sicília.
A maior parte de sua vida ele passou na Academia Grega que Platão havia fundado pelos anos de 380 antes da nossa era. Depois da morte de Platão no ano 348, ele saiu de Atenas acompanhando Aristóteles. Voltou no ano 339 sendo eleito como dirigente da Academia, que ele presidiu depois da morte do discípulo de Platão de nome Speusippo nesse ano de 339. XENÓCRATES dirigiu a escola de Platão durante vinte e cinco anos, até o ano 314, quando morreu.
Ele acompanhou Aristóteles em suas viagens a partir do ano 48. Xenócrates havia sofrido com o ridículo de Platão por sua letargia. Platão comparava sua calma com o modo enérgico de Aristóteles. E pela comparação com cavalos, dizia: “Um precisa de uma espora, o outro, do freio de uma rédea. Veja que burro estou eu treinando para competir com que cavalo!” Os dois pensadores, no entanto, com qualidades tão diferentes, parece que se integraram bem estabelecendo uma nova Academia na Ásia Menor na nova cidade de Assus.
Aristóteles relata que as doutrinas de Xenócrates, expostas em textos que foram perdidos, são semelhantes às idéias de Platão. Entre suas teorias está a de “derivação”. A teoria explica toda realidade pela ação de dois princípios opostos, “ O Uno” e “O indeterminado Dyad”. O Dyad é que produz a diversidade, a multiplicidade, o mal e o movimento. O Uno ou Um é que produz a unidade, o bem e o repouso. Números e as grandezas geométricas são o resultado dessa derivação. Desse modo, a filosofia de Xenócrates procura aproximar a teoria de Platão das essências absolutas com a filosofia dos números de Pitágoras.
Xenócrates criou a teoria separando os deuses, os homens e os demônios. Os demônios representavam seres meio homens, meio deuses, alguns sendo bons e outros sendo maus. A aos demônios Xenócrates ensinava que a eles se deve muito do que a religião atribuía aos deuses. E que os rituais do mistério religioso na Grécia foram instituídos para agradar aos deuses, em especial aos deuses do mal. Essa demonologia teve muita influência, em especial sobre os primeiros escritores do cristianismo, que afirmavam serem os deuses pagãos apenas demônios do mal.
Ele se fez destacar por sua austeridade, sua sobriedade, sua veracidade e sua integridade, sendo com freqüência citado por Cícero com elogios. Quando ele fez parte da embaixada enviada por Atenas ao rei Felipe da Macedônia, ele foi o único a se opor com uma recusa inflexível às ofertas de presentes ou de favores, fazendo o mesmo na sua visita à corte do rei Antipater.
XENÓCRATES foi um autor fecundo, mas somente uma lista com o nome de suas obras chegou até nossos dias. Ele morreu com a idade de 82 anos.
O lugar de Xenócrates em filosofia é o de sucessor imediato de Platão, com o desenvolvimento do sistema de pensamento de seu Mestre, especialmente nas tendências em direção ao monoteísmo, como base de um regime moral mais severo.


AMANHÃ: Filon de Alexandria faz a conciliação do judaísmo e filosofia grega.


0318 C SÓCRATES método da Maiêutica por perguntas sucessivas

MARÇO 18. Sócrates: conversação filosófica sobre a conduta e do dever.

SÓCRATES
(nasceu cerca do ano 470 antes da nossa era, em Atenas; morreu no ano 399, em Atenas)

ANTIGO FILÓSOFO GREGO DESTACADO PENSADOR DA CULTURA MORAL

A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Esta terceira semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga apresenta o ponto de vista da Ética da cultura grega. Esses pensadores é que mais atraíram os filósofos romanos. Eles figuram na semana com três pensadores de Roma.
O tipo principal é Sócrates como chefe da semana no domingo que a encerra.

Ver o Quadro 0226 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.


SÓCRATES (470-399 aC) era filho do distinto escultor Sophrônisco de Atenas. Seus pais eram pobres, sua mãe Phenarete era parteira de profissão. Sócrates combateu como soldado de infantaria nas diversas campanhas das guerras do Peloponeso e se destacou por sua coragem resoluta, seu sangue-frio no perigo e sua resistência surpreendente ao frio, ao calor e à fome.
Os escritores contemporâneos e os escultores nos deixaram vivas impressões da aparência de Sócrates pesada e espessa, de seus traços feios e bizarros. Mas quando ele falava, dizia-se, era como se uma das estátuas velhas de Silene se abrisse e que a imagem de uma bela divindade se fosse revelada em seu interior.
Sócrates seguiu por alguns anos a profissão de seu pai como escultor. Mas passou a maior parte de sua vida em conversações filosóficas com seus concidadãos, nas esquinas das ruas, nos mercados, ginásios e em todos os lugares abertos ao público.
Ele fava com todos que se dirigissem a ele, jovens ou velhos, ricos ou pobres e diante de quem desejasse ouvi-lo. Suas conversações se referiam a tudo que se relacionasse à vida humana: a justiça, a coragem, a modéstia e todos os deveres e relações de um cidadão. Sua reputação cresceu e vinham pessoas de cidades distantes para ouvi-lo.
Conta-se que estando Sócrates idoso, um de seus amigos consultou o oráculo de Delfos se havia outro homem mais sábio do que ele. A resposta que recebeu foi que não havia. Sócrates ficou surpreso, mas interpretou a resposta do oráculo como significando que embora outros homens se colocassem como sábios, ele estava colocado no número bem pequeno daqueles que tinham consciência de sua própria ignorância.
Sócrates usava o método de perguntas sucessivas ao interlocutor. Começando por um caso qualquer, ele conduzia o tema fazendo com que o outro desse a definição do assunto que interessasse, como a justiça, a coragem, a temperança. Em seguida ele colocava as questões para avaliar a resposta e verificar se a definição era perfeita, se ela incluía coisas estranhas ao tema, ao mesmo tempo via se outros fatores essenciais estivessem faltando.
Esse método, de perguntas sucessivas, Sócrates chamava de MAIÊUTICA, ou trabalho de parto, o método de fazer o parto do conhecimento por meio do diálogo dinamizado pelas perguntas sucessivas orientadas pelo Mestre. Aristóteles nota que Sócrates foi o primeiro filósofo que deu valor a uma definição bem feita. Somente quem conhece a generalização contida nos princípios filosóficos consegue dar uma definição correta de uma questão.
Uma vida passada a convencer os cidadãos da falsidade de seus preconceitos mais caros e ao pouco fundamento de muitas das reputações estabelecidas acabou fazendo muitos inimigos contra Sócrates. Ele foi acusado de crime por não adorar os deuses que a cidade de Atenas adorava e por introduzir novas divindades, corrompendo a mocidade. Foi julgado e sentenciado à morte pelo envenenamento pela cicuta.
A vida de Sócrates nos é conhecida por dois de seus discípulos: sendo um o soldado Xenofonte e o outro um filósofo, Platão. Dos dois, Xenofonte é o mais exato. Platão coloca seus próprios pensamentos na boca de Sócrates e procede por meio de pergunta e resposta, seguindo o método de seu Mestre. A memória escrita por Xenofon é uma simples exposição daquilo que ele se recorda de ter ouvido de Sócrates. Os dois autores estão traduzidos em várias línguas da cultura ocidental.


AMANHÃ: Xenocrates o sucessor de Platão.


0317 C TÁCITO textos irônicos e imprevisíveis

17 DE MARÇO: Tácito e a análise do caráter individual.

TÁCITO
Publius Cornelius Tacitus, Gaius Cornelius Tacitus
(nasceu no ano 56 da nossa era,; morreu cerca do ano 120

FILÓSOFO MORAL ESCRITOR E MAIOR HISTORIADOR ROMANO

A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Esta terceira semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga apresenta o ponto de vista da Ética da cultura grega. Esses pensadores é que mais atraíram os filósofos romanos. Eles figuram na semana com três pensadores de Roma.
O tipo principal é Sócrates como chefe da semana no domingo que a encerra.

Ver o Quadro 0226 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.


TÁCITO (56 aC-120 aC) passou os primeiros anos de sua maturidade em funções do serviço público. O imperador Vespasiano, que morreu no ano 79, lhe deu um posto na área das finanças na Gália setentrional (França do norte). Com o imperador Tito ele foi questor e foi pretor com Domiciano. Durante o curto reinado de Nerva, que morreu em 98, ele foi cônsul. Tácito manteve grande amizade com Plínio o Jovem, como se vê pela correspondência de Plínio.
Na última parte de sua vida Tácito escreveu a história de Roma desde a morte de Augusto até a de Domiciano, com o nome de “Anais e Histórias”, do ano 14 até o ano 96 de nossa era. Dessa obra temos apenas uma parte. Ele compôs a biografia “De Vita Iulii Agricolae”, Vida de Júlio Agrícola, seu sogro, onde demonstra o profundo respeito que tinha por ele.
Além da biografia de Agrícola, ele compôs uma história das tribos germânicas, onde coloca em contraste suas virtudes rudes, a pureza de sua vida, seu respeito pelas mulheres, em comparação com a corrupção e a fraqueza do mundo romano de seu tempo. Sobre o cristianismo, ele faz um julgamento superficial e duro. Para ele a esperança mística numa vida futura não lhe parece um meio adequado para resultar em bons cidadãos.
Tácito, como Trajano, reprovava na doutrina cristã desconhecer a dignidade do trabalho, tido como maldição dos deuses, por fazer os bons sentimentos como estranhos à natureza humana e erigindo a mulher como a fonte de todo o mal. Só que eles não podiam prever que o sacerdócio católico, com sua alta cultura, conteria os vícios da doutrina e obteria de seus dogmas admiráveis resultados sociais na Idade Média.
Do mesmo modo como Tucídides fez a análise das sociedades e das crises sociais, Tácito penetrou e desvendou os caminhos do caráter individual. Dessa forma ele se tornou um pensador mais interessado na filosofia moral do que do estudo político. Suas descrições são resumidas, mas são seguras. O imperador Galba, Servius Sulpicius Galba, que reinou por sete meses, do ano 68 a 69, fez uma administração respeitável, embora seus ministros fossem tidos como corruptos. Na descrição do imperador Galba, por exemplo, ele diz:
“Seu caráter era moderado; embora sem vicio, não sendo
por isso virtuoso. Sem ser insaciável para obter a fama, não deixava de ser vaidoso; econômico para a sua própria fortuna, ele era parcimonioso com o dinheiro do Estado. Para seus amigos e seus servidores, se eram bons, ele não lhes fazia qualquer observação. Se eles eram maus, ele era cego até ao ponto de ser culpado. Mas sua elevada classe social e a desordem do tempo lhe ajudaram, porque sua apatia passava por ser sabedoria. Na sua juventude na Alemanha, ele ganhou boa reputação de soldado; como cônsul governou a África com moderação e depois na Espanha do norte não menos bem. Ele parecia grande demais para a vida particular e seria de crer que ele era feito para ter o poder supremo se ele não o tivesse possuído”.
Tácito foi bom orador e o maior estilista em prosa na literatura da língua latina. Suas obras não sofreram desmentido e sua lembrança dos terrores da tirania são inesquecíveis. Suas caracterizações não penetrantes, seus textos atraindo por sua ironia e por serem imprevisíveis.  Seu estilo é colorido com palavras arcaicas e poéticas, evitando com cuidado o uso de expressões do lugar comum.
Como historiador, ele louvava os ideais da República de Roma e ofereceu descrições profundamente críticas de muitos dos imperadores romanos.


AMANHÃ: Sócrates, a conduta e o dever.


0316 C EPITETO há uma comunidade mais extensa - a humanidade 16 DE MARÇO: Epiteto e o império do controle sobre si próprio EPITETO Epictetus (nasceu no ano 55 de nossa era, em Hierápolis, na Frígia, Ásia Menor, hoje Turquia; morreu no ano 135 em Nicópolis, Epirus, na Grécia) FILÓSOFO GREGO ESTÓICO DA LIBERDADE E DA HUMANIDADE A evolução intelectual livre Iniciando a criação da ciência pura abstrata. Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve. Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade. A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia. Esta terceira semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga apresenta o ponto de vista da Ética da cultura grega. Esses pensadores é que mais atraíram os filósofos romanos. Eles figuram na semana com três pensadores de Roma. O tipo principal é Sócrates como chefe da semana no domingo que a encerra. Ver o Quadro 0226 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO. NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando a civilização do futuro. EPITETO (55-135 dC) nasceu em Hierápolis, na Frigia, na parte central da Anatólia (atual Turquia). Passou grande parte de sua vida como escravo em Roma. Seu dono era Epafroditus, oficial da guarda do imperador Nero. O escravo antigo, como vencido de guerra, era tratado de forma diferente dos escravos africanos modernos vendidos aos ocidentais. Epafroditus, homem de natureza modesta, permitiu que o jovem escravo Epiteto seguisse as lições do famoso estóico Musonius Rufus. Os cidadãos ricos se vangloriavam de ter ao seu redor escravos instruídos. Mais tarde Epiteto ganhou sua liberdade e passou a ensinar em Roma. No ano 89 o imperador Domiciano baniu da cidade todos os filósofos, receoso de suas doutrinas revolucionárias. Epiteto foi para Nicópolis, em Epirus, no noroeste da Grécia, onde abriu uma escola e ensinou até a morte. Ele não deixou obra escrita. Nós temos o registro de seus pensamentos redigidos por seu discípulo Arriano. Epiteto era um pensador estóico da escola romana. O princípio de Zeno, viver de acordo com a natureza, era muito vago. A ordem social sólida que Roma e o regime do Império fundaram deu uma nova significação a essas palavras. A conquista feita pelas tropas na guerra e a lei de Roma tornaram os seus homens capazes de sentir que acima e bem além do estreito patriotismo do Estado ou mesmo da cultura grega. Havia uma comunidade humana mais extensa, (a humanidade) que constituía uma parte da ordem da natureza, à qual os homens deviam se conformar se eles estivessem destinados a serem verdadeiramente livres. Esse pensamento está bem claro no ensino de Epiteto: “Tome, diz ele, os órgãos do corpo. Examinando separadamente, parecerá que a natureza do pé é de manter-se limpo, mas considerando-o como órgão do corpo, será necessário que ele caminhe na lama, sobre espinhos e algumas vezes será necessário que ele seja cortado fora para salvar o corpo. Assim é como o homem: considerado como indivíduo isolado será de sua natureza viver até uma idade avançada, rico e saudável; mas como membro de um todo social, é necessário, no interesse desse todo, que ele se exponha à doença, à fadiga, ao perigo e a uma morte prematura”. A doutrina de Epiteto era uma teologia simples, nobre, sem dogma. Ensinava ele que nós temos em nós um guardião, um deus: “Vós tendes um deus em vós mesmos e não vedes que vós o agredis por pensamentos impuros e por más ações? Dessa maneira somente os homens podem ser livres, porque sem império sobre si mesmo e sem resignação à vontade suprema, os maiores homens e os mais baixos estarão no mesmo nível”. Epiteto, como um pensador estóico tardio, modificou o sentimento de distinção que separava os gregos dos outros povos, então chamados de bárbaros. Ao contrário, os estóicos chamavam-se cosmopolitas, pensando que sua cidade, sua polis, ou cidade-estado, seria o mundo inteiro, o cosmos todo, sem divisões, entre homens livres e escravos, entre gregos e bárbaros. Os estóicos ensinavam a bondade para com os inimigos vencidos e para com os escravos. Ensinavam que se devia alargar o sentimento de apego a círculos cada vez maiores, na família, para os amigos e por fim para todos os homens, irmãos por natureza, para a humanidade como um todo. AMANHÃ: Tácito e a análise do caráter individual.

0316 C  EPITETO  há uma comunidade mais extensa - a humanidade

16 DE MARÇO: Epiteto e o império do controle sobre si próprio

EPITETO
Epictetus
(nasceu no ano 55 de nossa era, em Hierápolis, na Frígia, Ásia Menor, hoje Turquia; morreu no ano 135 em Nicópolis, Epirus, na Grécia)

FILÓSOFO GREGO ESTÓICO DA LIBERDADE E DA HUMANIDADE

A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Esta terceira semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga apresenta o ponto de vista da Ética da cultura grega. Esses pensadores é que mais atraíram os filósofos romanos. Eles figuram na semana com três pensadores de Roma.
O tipo principal é Sócrates como chefe da semana no domingo que a encerra.

Ver o Quadro 0226 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

EPITETO (55-135 dC) nasceu em Hierápolis, na Frigia, na parte central da Anatólia (atual Turquia). Passou grande parte de sua vida como escravo em Roma. Seu dono era Epafroditus, oficial da guarda do imperador Nero.
O escravo antigo, como vencido de guerra, era tratado de forma diferente dos escravos africanos modernos vendidos aos ocidentais. Epafroditus, homem de natureza modesta, permitiu que o jovem escravo Epiteto seguisse as lições do famoso estóico Musonius Rufus. Os cidadãos ricos se vangloriavam de ter ao seu redor escravos instruídos. Mais tarde Epiteto ganhou sua liberdade e passou a ensinar em Roma.
No ano 89 o imperador Domiciano baniu da cidade todos os filósofos, receoso de suas doutrinas revolucionárias. Epiteto foi para Nicópolis, em Epirus, no noroeste da Grécia, onde abriu uma escola e ensinou até a morte. Ele não deixou obra escrita. Nós temos o registro de seus pensamentos redigidos por seu discípulo Arriano.
Epiteto era um pensador estóico da escola romana. O princípio de Zeno, viver de acordo com a natureza, era muito vago. A ordem social sólida que Roma e o regime do Império fundaram deu uma nova significação a essas palavras.
A conquista feita pelas tropas na guerra e a lei de Roma tornaram os seus homens capazes de sentir que acima e bem além do estreito patriotismo do Estado ou mesmo da cultura grega. Havia uma comunidade humana mais extensa, (a humanidade) que constituía uma parte da ordem da natureza, à qual os homens deviam se conformar se eles estivessem destinados a serem verdadeiramente livres.
Esse pensamento está bem claro no ensino de Epiteto:
“Tome, diz ele, os órgãos do corpo. Examinando separadamente, parecerá que a natureza do pé é de manter-se limpo, mas considerando-o como órgão do corpo, será necessário que ele caminhe na lama, sobre espinhos e algumas vezes será necessário que ele seja cortado fora para salvar o corpo. Assim é como o homem: considerado como indivíduo isolado será de sua natureza viver até uma idade avançada, rico e saudável; mas como membro de um todo social, é necessário, no interesse desse todo, que ele se exponha à doença, à fadiga, ao perigo e a uma morte prematura”.
A doutrina de Epiteto era uma teologia simples, nobre, sem dogma. Ensinava ele que nós temos em nós um guardião, um deus:
“Vós tendes um deus em vós mesmos e não vedes que vós o agredis por pensamentos impuros e por más ações? Dessa maneira somente os homens podem ser livres, porque sem império sobre si mesmo e sem resignação à vontade suprema, os maiores homens e os mais baixos estarão no mesmo nível”.
Epiteto, como um pensador estóico tardio, modificou o sentimento de distinção que separava os gregos dos outros povos, então chamados de bárbaros. Ao contrário, os estóicos chamavam-se cosmopolitas, pensando que sua cidade, sua polis, ou cidade-estado, seria o mundo inteiro, o cosmos todo, sem divisões, entre homens livres e escravos, entre gregos e bárbaros.
Os estóicos ensinavam a bondade para com os inimigos vencidos e para com os escravos. Ensinavam que se devia alargar o sentimento de apego a círculos cada vez maiores, na família, para os amigos e por fim para todos os homens, irmãos por natureza, para a humanidade como um todo.

AMANHÃ: Tácito e a análise do caráter individual.


16 DE MARÇO: Epiteto e o império do controle sobre si próprio

EPITETO
Epictetus
(nasceu no ano 55 de nossa era, em Hierápolis, na Frígia, Ásia Menor, hoje Turquia; morreu no ano 135 em Nicópolis, Epirus, na Grécia)

FILÓSOFO GREGO ESTÓICO DA LIBERDADE E DA HUMANIDADE

A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Esta terceira semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga apresenta o ponto de vista da Ética da cultura grega. Esses pensadores é que mais atraíram os filósofos romanos. Eles figuram na semana com três pensadores de Roma.
O tipo principal é Sócrates como chefe da semana no domingo que a encerra.

Ver o Quadro 0226 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

EPITETO (55-135 dC) nasceu em Hierápolis, na Frigia, na parte central da Anatólia (atual Turquia). Passou grande parte de sua vida como escravo em Roma. Seu dono era Epafroditus, oficial da guarda do imperador Nero.
O escravo antigo, como vencido de guerra, era tratado de forma diferente dos escravos africanos modernos vendidos aos ocidentais. Epafroditus, homem de natureza modesta, permitiu que o jovem escravo Epiteto seguisse as lições do famoso estóico Musonius Rufus. Os cidadãos ricos se vangloriavam de ter ao seu redor escravos instruídos. Mais tarde Epiteto ganhou sua liberdade e passou a ensinar em Roma.
No ano 89 o imperador Domiciano baniu da cidade todos os filósofos, receoso de suas doutrinas revolucionárias. Epiteto foi para Nicópolis, em Epirus, no noroeste da Grécia, onde abriu uma escola e ensinou até a morte. Ele não deixou obra escrita. Nós temos o registro de seus pensamentos redigidos por seu discípulo Arriano.
Epiteto era um pensador estóico da escola romana. O princípio de Zeno, viver de acordo com a natureza, era muito vago. A ordem social sólida que Roma e o regime do Império fundaram deu uma nova significação a essas palavras.
A conquista feita pelas tropas na guerra e a lei de Roma tornaram os seus homens capazes de sentir que acima e bem além do estreito patriotismo do Estado ou mesmo da cultura grega. Havia uma comunidade humana mais extensa, (a humanidade) que constituía uma parte da ordem da natureza, à qual os homens deviam se conformar se eles estivessem destinados a serem verdadeiramente livres.
Esse pensamento está bem claro no ensino de Epiteto:
“Tome, diz ele, os órgãos do corpo. Examinando separadamente, parecerá que a natureza do pé é de manter-se limpo, mas considerando-o como órgão do corpo, será necessário que ele caminhe na lama, sobre espinhos e algumas vezes será necessário que ele seja cortado fora para salvar o corpo. Assim é como o homem: considerado como indivíduo isolado será de sua natureza viver até uma idade avançada, rico e saudável; mas como membro de um todo social, é necessário, no interesse desse todo, que ele se exponha à doença, à fadiga, ao perigo e a uma morte prematura”.
A doutrina de Epiteto era uma teologia simples, nobre, sem dogma. Ensinava ele que nós temos em nós um guardião, um deus:
“Vós tendes um deus em vós mesmos e não vedes que vós o agredis por pensamentos impuros e por más ações? Dessa maneira somente os homens podem ser livres, porque sem império sobre si mesmo e sem resignação à vontade suprema, os maiores homens e os mais baixos estarão no mesmo nível”.
Epiteto, como um pensador estóico tardio, modificou o sentimento de distinção que separava os gregos dos outros povos, então chamados de bárbaros. Ao contrário, os estóicos chamavam-se cosmopolitas, pensando que sua cidade, sua polis, ou cidade-estado, seria o mundo inteiro, o cosmos todo, sem divisões, entre homens livres e escravos, entre gregos e bárbaros.
Os estóicos ensinavam a bondade para com os inimigos vencidos e para com os escravos. Ensinavam que se devia alargar o sentimento de apego a círculos cada vez maiores, na família, para os amigos e por fim para todos os homens, irmãos por natureza, para a humanidade como um todo.

AMANHÃ: Tácito e a análise do caráter individual.



0315 C CÍCERO introduziu o vocabulário filosófico na Europa

MARÇO 15: Cícero o dever da pátria e de humanidade.

CÍCERO
Marcus Tullius Cícero, Cicéron em francês, Tully apelido em inglês, de Tullius
(nasceu no ano 106 antes da nossa era, em Arpinum, Lácio, Itália; morreu em 43, em Formia, Itália)

FILÓSOFO E GRANDE ORADOR ROMANO INOVADOR DA ARTE DE FALAR EM PÚBLICO

A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Esta terceira semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga apresenta o ponto de vista da Ética da cultura grega. Esses pensadores é que mais atraíram os filósofos romanos. Eles figuram na semana com três pensadores de Roma.
O tipo principal é Sócrates como chefe da semana no domingo que a encerra.

Ver o Quadro 0226 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.


CÍCERO (106-43 aC) nasceu em Arpinum, na Itália central, numa família rica que ocupava cargos importantes. Ele foi admiravelmente educado em Roma e na Grécia. Estudou literatura grega e foi orientado para a ser um advogado. Aos 17 anos de idade ele foi para o serviço militar por alguns meses.
A arte oratória e a filosofia grega foram o destino de seu estudo constante. Não tardou que se mostrasse um destacado advogado nos tribunais e aos 30 anos foi nomeado questor, um administrador financeiro, na Sicília, onde ele fez a fiscalização do trigo remetido para Roma.
Foi na Sicília que ele descobriu o túmulo de Arquimedes. Três anos mais tarde ele dirigia as famosas acusações no processo contra Verres, o governador injusto e prevaricador da província da Sicília.
Aos quarenta anos, em 66 antes da nossa era, Cícero tornou-se Pretor e dois anos depois foi a Cônsul. Ele se uniu então ao partido aristocrático, do qual antes era adversário. Esmagou a conspiração democrática de Catilina com rigor, até mesmo com crueldade, fazendo executar os principais conspiradores sem julgamento, o que resultou em seguida de seu banimento.
Na ação política Cícero não foi feliz, opondo-se ao governo de César, mesmo aceitando seus favores e de se alegrar com o seu assassinato. Seus imprudentes ataques veementes contra Marco Antônio causaram sua morte no fim do ano 43 antes da nossa era.
A verdadeira fama de Cícero repousa em seus escritos filosóficos. Ele foi o principal intermediário que permitiu que o espírito e a cultura dos gregos se difundissem no mundo romano. Os romanos deram grande valor aos verdadeiros pensadores gregos, distinguindo bem os bons filósofos dos meros sofistas e puros debatedores.
Sua filosofia mostra como as opiniões se ampliaram depois do estabelecimento do Estado romano. Suas idéias tornaram-se muito mais claras do que no tempo dos gregos: o dever em relação à sua Pátria e o dever em relação ao homem como ser humano, na sociedade.
Roma, que estimulou o patriotismo, desenvolveu a consciência da raça humana, de humanidade. São muito marcantes nos textos de Cícero as expressões “Comunidade humana”, “Cidadão do mundo” (De off. 1,16,17). De igual importância marcante é a influência da “Paz Romana” na glorificação da indústria humana, por meio da qual uma nova natureza se une ao mundo natural. (De nat. Deorum, II,60).
A religião de Cícero era um deísmo isento da lenda e da superstição. Seu sistema moral era prático ao mais alto grau, como mostrado na terceira parte de seu tratado sobre os Deveres.
Uma seleção dos melhores pensamentos de Cícero tem sua leitura recomendada até os nossos dias. Cícero não declara seus escritos como originais. Chegou a dizer que eram apenas transcrições, ele apenas fornecendo algumas palavras; e dizia que tinha muitas delas. Seu objetivo seria de fornecer a Roma uma espécie de enciclopédia filosófica, tomando as idéias nas fontes dos estóicos, dos epicuristas, dos aristotélicos. Seus modelos eram mais para o pensamento de Aristóteles do que para Platão.
Cícero foi um divulgador do pensamento grego em Roma. Ele deu aos romanos, e, portanto para toda a Europa, o seu vocabulário filosófico.

AMANHÃ: Epiteto e o império sobre si próprio.


0314 C ZENO severo contra vício e desânimo

MARÇO 14. Zeno:  uma feliz maneira de viver

ZENO
Zénon em francês, Zeno of Citium em inglês
(nasceu cerca do ano 340 antes da nossa era, em Citium, em Chipre; morreu cerca de 260, em Atenas)

FILÓSOFO GREGO FUNDADOR DA ESCOLA DE PENSAMENTO DOS ESTÓICOS

A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Esta terceira semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga apresenta o ponto de vista da Ética da cultura grega. Esses pensadores é que mais atraíram os filósofos romanos. Eles figuram na semana com três pensadores de Roma.
O tipo principal é Sócrates como chefe da semana no domingo que a encerra.

Ver o Quadro 0226 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.


ZENO (340 aC-260 aC) é o fundador da escola estóica de pensadores gregos. Ele nasceu em Citium em Chipre. Seu pai era comerciante e durante alguns anos Zeno se dedicou ao comércio.
Numa de suas viagens de negócio ele naufragou e perdeu a carga que levava no navio que afundara. Zeno se refugiou no Pireu, onde, numa livraria, leu as Memórias sobre Sócrates por Xenofontes. Perguntando ao vendedor de livros onde ele poderia encontrar aqueles filósofos socráticos. O comerciante lhe apresentou a Crates, que na hora por ali passava.
Zeno estudou por alguns anos com Crates de Tebas e com Stilpon de Megara, atendendo ainda as lições de Platão. Finalmente ele abriu sua escola de filosofia em Atenas, no lugar chamado Estoa Poikile, ou Colunada Pintada, que era um pórtico público decorado com afrescos pintados por Polígono. Era costume que os filósofos ensinassem a seus discípulos em portais públicos. Devido ao lugar da Estoa foi dado o nome de seus discípulos de Estóicos. Pouco é conhecido do começo da vida de Zeno, sabendo-se que ele era conhecido por seus contemporâneos como “o Fenício”. Ele ensinou em Atenas por mais de 50 anos e era muito apreciado por sua feliz maneira de viver. Suas doutrinas não ficaram escritas, mas foram transmitidas por seus numerosos discípulos.
Zeno viveu muito respeitado em Atenas pelo resto de sua vida e morreu numa idade muito avançada. Uma carta elogiosa a Zeno por parte do rei de Antígona da Macedônia foi conservada até hoje. Nessa carta o rei convida Zeno a ir para a sua corte. Também a resposta de Zeno foi conservada, recusando o convite, alegando sua grande idade. Mas propõe o envio em seu lugar de dois de seus melhores discípulos.
Na filosofia de Zeno, desenvolvida por ele e por seus sucessores, ele se propõe a apresentar uma síntese completa, lógica, física e moral. O seu sistema tinha a ética como objetivo principal, compreendendo também a teoria do conhecimento e as ciências. A felicidade para os Estóicos resulta de uma vida que obedecesse a vontade da razão divina que dirige a natureza.
Trata-se de um protesto contra o desânimo e contra os vícios. Mesmo com a separação entre a filosofia e a ciência, que Sócrates havia começado e que estava nessa época completada, a síntese de Zeno conseguiu fama e influência na sociedade da época. Nota-se que ele recebeu a influência de Antístenes e de Heráclito. Das suas obras sobreviveram até nossos dias apenas fragmentos.
Em moral, Zeno recomendava “viver segundo a natureza”, o que implicava, dizia ele, numa vida virtuosa, porque a natureza conduz à virtude. O sistema dos estóicos convinha ao caráter romano, e, passando para a Itália, o Estoicismo adquiriu uma coerência e uma realidade que não tinha antes.
Em toda a Europa ocidental o nome Estôico tomou o significado daquela pessoa que não é afetada ou não se sente perturbada pela desgraça, pela alegria, pelo prazer ou pela dor. Aquele que é moralmente austero e forte.


AMANHÃ: Cícero o dever cívico e de humanidade.


0313 C ANTÍSTENES a felicidade é obtida pela virtude

13 DE MARÇO. Antístenes: A disciplina da escola ascética.


ANTÍSTENES
Antisthenes
(nasceu cerca do ano 440 antes da nossa era; morreu cerca do ano 370)

FILÓSOFO GREGO FUNDADOR DA ESCOLA CÍNICA DE PENSAMENTO DA VIRTUDE

A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Esta terceira semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga apresenta o ponto de vista da Ética da cultura grega. Esses pensadores é que mais atraíram os filósofos romanos. Eles figuram na semana com três pensadores de Roma.
O tipo principal é Sócrates como chefe da semana no domingo que a encerra.

Ver o Quadro 0226 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata. Buscar na web por CALENDARIO FILOSOFICO.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

ANTÍSTENES de Atenas (440 aC-370 aC) foi um dos mais constantes associados de Sócrates. Ele foi atraído para seu mestre não pelo prazer da discussão, mas por sua renúncia aos prazeres e sua vida ascética de disciplina pessoal.
Nascido numa família rica, Antístenes desenvolveu uma filosofia própria para corrigir as contradições e as injustiças que ele observava na sociedade em seu redor. Para ele a felicidade dependeria da virtude moral e a virtude poderia ser propagada a todos por meio do ensino. Uma vida muito mais feliz seria obtida por meio de uma filosofia bem direcionada para o bem.
Sócrates havia dito que os deuses não tinham necessidades e por isso aqueles que tivessem menos necessidades se aproximavam mais dos deuses. Essa máxima serviu de guia ao pensamento de Antístenes.
Ele professava o desdém pela especulação filosófica e pelo estudo científico, ensinando que a verdadeira missão de um pensador consiste numa vida de disciplina e recomendava uma inteira indiferença pelo prazer, pela riqueza e pelo poder. A felicidade só seria obtida pela virtude, pelo desprezo da arte e da literatura. O luxo e o conforto eram condenados e recomendada uma vida de árduo trabalho.
Antístenes formou uma controvérsia com Platão em que ele desprezava as altas especulações sobre um mundo imaginário e afirmava que uma vida de vaidade se afastava completamente de seu próprio ideal.
Ele e seu discípulo Diógenes de Sinope foram os fundadores da escola cínica ou ascética. O movimento cínico ficou mais ligado pela tradição ao nome de Diógenes. O nome da escola que em grego significa canino, referente a cão, teve origem no ginásio onde Antístenes reunia seus discípulos, conhecido como Cynosarges, que ficava fora de Atenas. O apelido de cínico ou canino também foi empregado por causa do modo pouco convencional dos cínicos.
A escola de pensamento dos cínicos logo depois formou Zenon, o fundador da escola estôica, que foi igualmente severa quanto à doutrina e sem tanta restrição quanto às belezas da vida.
Os membros da escola cínica de Antístenes já foram tidos como tendo formado a “Ordem Mendicante” da filosofia.
O desdém pela ciência, mostrado por Antístenes e seus seguidores, marca a separação que se estabeleceu entre a ciência e a filosofia na Grécia. Desde então a ciência foi o campo dos especialistas e a filosofia teve a tendência a degenerar para uma retórica de palavras vazias, verbosa e inútil.


AMANHÃ: O estoicismo de Zeno.