sexta-feira, 29 de novembro de 2013

1201 C FRANCIA independência nacional unidade de comando liberdade e progresso

01 DE DEZEMBRO. JOSÉ DE FRANCIA: bem do povo sem a nociva alternância do poder

FRANCIA
José Gaspar Rodríguez de Francia y Velasco
(nasceu em 1766, em Yaguarón, Rio de la Plata; morreu em 1840, em Asunción, Paraguai)

NOTÁVEL ESTADISTA PARAGUAIO DA INDEPENDÊNCIA E DO PROGRESSO DO PAÍS.

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim da organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta quarta semana são consagrados os estadistas dos anos 1600 e 1700, séculos 17 e 18, que participaram de revoluções anteriores à Revolução Francesa. Foram movimentos de soberania popular e de igualdade que levaram políticos a demonstrar a tendência para o regime político republicano, do bem público, para o povo todo. Esses estadistas seriam naturalmente conservadores ardentes, mas foram envolvidos pela força revolucionária política decorrente das novas doutrinas filosóficas libertadoras dos enciclopedistas seculares, emancipados da filosofia medieval.  Foram revoluções pela república, pela libertação de países dominados pelo estrangeiro ou pela independência de colônias em outros continentes.

Ver em 1105 C  em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos do mês na evolução social da política.

FRANCIA (1766-1840) nasceu em Yaguarón, no Paraguai, em 1766. Seu pai, Garcia Rodrigez Francia, era um brasileiro de São Paulo, especialista na plantação de tabaco, contratado pelo governo paraguaio.
Ele estudou teologia no Colégio de Monserrat na Universidade de Córdoba em Tucuman, na Argentina. Formou-se doutor em teologia, e, preparado para o sacerdócio católico, não quis ser padre. Tornou-se professor de uma cobiçada cadeira de teologia no Seminário de San Carlos em Asunción em 1790. Mais tarde, estudou Direito, praticando a advocacia em Assunção, com que conseguiu uma grande reputação de habilidade e de integridade. Foi indicado para vários cargos importantes no Paraguai.
Francia era um devotado admirador do Iluminismo e da Revolução Francesa, estudando com atenção os pensadores franceses enciclopedistas. Ele tinha a maior biblioteca da cidade de Asunción. Com grande dificuldade, ele chegou a ser alcalde chefe do cabildo, a assembléia de Assunção, que era o mais alto cargo que poderia ser ocupado por um criolo como era chamado pelos espanhóis aquele que nascesse na colônia.
Quando o Paraguai, por meio de um golpe de estado, se tornou independente da Espanha em 1811, ele se tornou o secretário da Junta formada para administrar o país e em 1813 foi eleito Presidente por três anos, e em 1816 foi colocado como presidente vitalício. Não mais foi reunido um parlamento para dividir o poder político, assegurando assim a necessária unidade de comando no governo do Paraguai. Francia se tornou uma figura notável por sua competência no processo histórico da independência dos países da América espanhola no século 19.
Os dois políticos da América espanhola tiveram ambos como objetivo a independência de seu país e a política da unidade de comando, sem a divisão do poder com uma assembléia que perturba ou impede a ação do governo, ameaçando o país com a anarquia. É o que se chama de impedir a governabilidade. Dessa forma não assegura a liberdade e é fonte permanente de corrupção em todos os países do mundo. Os governantes não se tornam verdadeiros estadistas, tornando-se meros políticos populistas impotentes.
Ele recusou a proposta de confederação com a Argentina e proclamou que “O PARAGUAI NÃO É PATRIMÔNIO DA ESPANHA, NEM PROVÍNCIA DA ARGENTINA”. E Francia defendeu esse princípio por toda sua vida. Na época ninguém no país tinha qualquer experiência política, em finanças ou em administração. O país era cercado de visinhos e grupos internos hostis, e enérgicas medidas eram necessárias para salvar o Paraguai da imediata desintegração.
Francia, com a unidade de comando no governo político, evitou as constantes guerras civis ocorridas nas outras repúblicas então libertadas da Espanha. Ele assentou as bases de uma sociedade diferente, sem latifúndios nem chefes locais, com forte presença do Estado em empresas, fazendas e serviços. Conseguiu o inesperado progresso que ocorreu no país durante quase 30 anos sob o vigilante controle do benévolo Presidente perpétuo do Paraguai. O desenvolvimento obtido sem a nociva alternância do poder. Assim Francia chegou a ser venerado pelo povo camponês na legendária Província Gigante das Índias Ocidentais, na América, como era conhecido o Paraguai. Em 1819 um complot foi montado pelos ricos do país para assassinar Francia. Descoberto, quarenta participantes foram executados, o que foi chamado de terror do governo de Francia por seus muitos adversários.
Governando a antiga colônia dos jesuítas e não sendo ele religioso, ele foi o único dos governantes da América do Sul que teve a coragem de se opor ao clero católico. Ele acabou com o dízimo pago aos padres pelo tesouro uruguaio e confiscou os bens da Igreja Católica. Francia ensinou aos paraguaios a semear duas vezes por ano e a colher duas safras por ano. A indústria o comércio foram incentivados pelo governo e foi estabelecido o controle do comércio exterior. A altiva República independente foi consolidada por seus sucessores, que construíram o primeiro alto-forno para produção de aço na América do Sul e a primeira estrada de ferro do continente.
Francia morreu em 1840, sob o lamento geral de seu povo. Ele foi honesto até ao escrúpulo exagerado; era inflexível em suas decisões, sem piedade quando era necessário por seu devotamento à jovem república. Ele foi descrito como moreno, de olhos negros penetrantes, com longa cabeleira até os ombros, com um ar de dignidade e de elevação que atraía a atenção de todos. Sua expressão era severa e inflexível, fazendo contraste com o efeito cativante de sua agradável conversação.
Ao grande político paraguaio é dedicado hoje o Museu de Francia na cidade de seu nascimento, Yaguarón.

AMANHÃ. Oliver Cromwell:a república na Inglaterra para moralidade e liberdade.


1130 C BOLÍVAR modelo nativo de coragem e firmeza na defesa dos mais fracos

30 DE NOVEMBRO. SIMON BOLIVAR: recuperação nas derrotas nas lutas pela liberdade.

BOLÍVAR
Simon Bolivar El Libertador, Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar
(nasceu em 1783, em Caracas, Venezuela; morreu em 1830, em Santa Marta, Colômbia)

ESTADISTA E GENERAL VENEZUELANO LÍDER DA LUTA PELA INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA ESPANHOLA

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim da organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta quarta semana são consagrados os estadistas dos anos 1600 e 1700, séculos 17 e 18, que participaram de revoluções anteriores à Revolução Francesa. Foram movimentos de soberania popular e de igualdade que levaram políticos a demonstrar a tendência para o regime político republicano, do bem público, para o povo todo. Esses estadistas seriam naturalmente conservadores ardentes, mas foram envolvidos pela força revolucionária política decorrente das novas doutrinas filosóficas libertadoras dos enciclopedistas seculares, emancipados da filosofia medieval.  Foram revoluções pela república, pela libertação de países dominados pelo estrangeiro ou pela independência de colônias em outros continentes.

Ver em 1105 C  em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos do mês na evolução social da política.

BOLÍVAR (1783-1830) foi o militar e estadista que liderou as revoluções contra o domínio da Espanha na Colômbia, junto com a Venezuela, Equador, Peru e Bolívia. Ele foi presidente da Colômbia de 1821 a 1830 e do Peru de 1823 a 1829.
Ele nasceu em Caracas, que então era a capital da colônia espanhola de Venezuela. A família Bolivar era criola, assim chamados os espanhóis nascidos nas colônias. Estavam no país desde os anos 1500, reunindo uma grande fortuna em terras, minas e propriedades nas cidades. Seu pai, um aristocrata, morreu quando Bolívar tinha 3 anos. Com 16 anos ele foi estudar na Espanha, onde em 1801, com 18 anos casou-se retornando mais tarde a Caracas.
Bolívar retornou à Europa em 1804, em Paris tomando contato com os textos dos pensadores racionalistas como Locke, Hobbes, Buffon, d’Alembert e como Voltaire e Montesquieu. Ele conheceu os ideais do ILUMINISMO, que colocavam muita ênfase no pensamento, na ciência e no sentimento social do humanismo leigo.
Em 1808, com a invasão da Espanha por Napoleão, destituindo o seu rei, foi possível a primeira revolta dos venezuelanos. Mas um grande terremoto facilitou a derrota dos revoltosos. Bolívar foi perseguido e foi para a Nova-Granada, hoje Colômbia, que estava independente. Em 1813 ele atravessou os Andes com centenas de homens, marchou sobre Caracas, onde entrou em triunfo, saudado com o título de “LIBERTADOR”.
Com o fim da guerra na Europa, o governo de Caracas foi derrotado e Bolívar se refugiou no Haiti. Chamado a ir ao Peru, perseguiu os espanhóis e tornou-se o DEFENSOR DOS ÍNDIOS, que eram oprimidos por todos os lados. Esse é um belo elogio que se pode fazer de Bolívar, que se mostrou em tudo o defensor dos oprimidos. Bolívar, em sua luta pela libertação, sofreu muitas derrotas e conquistou muitas vitórias. Mas sua grande energia e perseverança fizeram com que ele sempre se reerguesse logo em seguida a uma derrota.
No governo do Peru, em que a legislação era democrática, ele realizou a chefia de governo a um presidente vitalício, estável, que deveria indicar o seu sucessor. A unidade de comando do governo e a indicação do sucessor formaram a política realizada na Roma antiga. O regime de sucesso constante no grande império da Europa.não foi propriamente imperial, já que a transmissão do poder não era hereditária. Bolívar foi a favor da manutenção da unidade de comando na política, pelo governo presidencial sem parlamento, mantendo as plenas liberdades civis.
Ele desejava que todas as colônias da América espanhola se unissem conta a Espanha. Mas não teve sucesso, ao supor que essa aliança defensiva pudesse ser uma união durável. No seu governo do Peru ele sofreu um grave atentado, por pouco salvo do punhal dos criminosos. Revoltas de partidários do parlamento se repetiram. Sofrendo de tuberculose, a saúde de Bolívar era precária. Em maio de 1830 ele se convenceu de que deveria renunciar e projetou a ida para a Europa,mas aceitou a oferta de um admirador espanhol para hospedagem em Santa Marta,na Colômbia.
Bolívar morreu no caminho do exílio, em 17 de dezembro de 1830, perto de Santa Marta. A grande obra de Bolívar foi a luta de libertação de grande parte da América do Sul contra o domínio do reino da Espanha. Ele é o grande herói do movimento da independência da América espanhola. E deu o exemplo de perseverança na recuperação frente às derrotas, o exemplo criolo de coragem e de firmeza na defesa dos oprimidos.


AMANHÃ: JOSÉ DE FRANCIA. inflexível em suas decisões na defesa da jovem República Paraguaia.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

1129 C JEFFERSON estadista da independência americana e da liberdade religiosa

29 DE NOVEMBRO. JEFFERSON: Declaração da independência aprovada em 4 de julho

JEFFERSON
Thomas Jefferson
(nasceu em 1743, em Shadwell, Virginia; morreu em 1826, em Monticello, Virginia, Estados Unidos)

ESTADISTA E FILÓSOFO AMERICANO AUTOR DA DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim da organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta quarta semana são consagrados os estadistas dos anos 1600 e 1700, séculos 17 e 18, que participaram de revoluções anteriores à Revolução Francesa. Foram movimentos de soberania popular e de igualdade que levaram políticos a demonstrar a tendência para o regime político republicano, do bem público, para o povo todo. Esses estadistas seriam naturalmente conservadores ardentes, mas foram envolvidos pela força revolucionária política decorrente das novas doutrinas filosóficas libertadoras dos enciclopedistas seculares, emancipados da filosofia medieval.  Foram revoluções pela república, pela libertação de países dominados pelo estrangeiro ou pela independência de colônias em outros continentes.

Ver em 1105 C  em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos do mês na evolução social da política.

THOMAS JEFFERSON (1743-1826) nasceu em Shadwell, numa nova propriedade de seu pai, Peter Jefferson, um rico fazendeiro na Virgínia. Ele iniciou seus estudos com o tutor da família, depois estudou latim e mais tarde os clássicos da Grécia e de Roma, e mais história, literatura, geografia e ciências naturais.
Jefferson era um jovem alto, magro, com um cabelo avermelhado e pele clara. Era um estudante aplicado e aprendeu a dançar e a tocar violino. Continuou seus estudos aprendendo a falar francês e italiano. Depois de estudar Direito, começou a prática da advocacia.
Ele foi eleito em 1768 para a Câmara Baixa da Virgínia, chamada de Virginia House of Burgesses. Então Jefferson começou a tomar parte ativa nos eventos que levaram à Revolução Americana de 1775 a 1783. Muitas das suas idéias de liberdade têm origem de sua experiência ao ver os colonos americanos fazerem nascer uma civilização a partir do território selvagem. Foi o fortalecimento de sua crença de toda vida na doutrina de que cada país pode e deve ter seu próprio governo.
Jefferson tornou-se um homem de alta cultura e um hábil advogado. Passou a ter uma parte de direção nas decisões das colônias da América de lutar por sua libertação do domínio inglês.
A Revolução Americana começou com as batalhas de Lexington e Concord em abril de 1775, com as milícias de Massachusetts que pela primeira vez pegaram em armas contra as tropas britânicas. Nos congressos reunidos pelos colonos americanos, foi redigida a Declaração de Independência, escrita principalmente por Thomas Jefferson. Reunidos os representantes das 13 colônias britânicas na América, a Declaração foi aprovada em 4 de julho de 1776, que ficou sendo a data da independência americana.
A Declaração de Independência incluía a expressão das reclamações dos colonos americanos e as razões para declarar a libertação da América do domínio colonial da Inglaterra. A retórica eloqüente e seu significado político colocam a Declaração de Independência como um grande documento histórico.
A Revolução Americana pode ser vista na evolução política do ocidente como a terceira revolução protestante, a primeira tendo sido a revolução da Holanda contra o domínio da Espanha, seguida pela revolução republicana na Inglaterra. É o desenvolvimento da revolução política moderna, com a destruição dos valores medievais, do direito divino dos reis, com o poder passando para os parlamentares e para os juristas. O governo é dividido entre poderes que na teoria independentes e harmoniosos.
A divisão do poder determina a falta de unidade de comando, que dificulta a plena governabilidade e facilita a corrupção política. Há prejuízo para o bem público e todas as liberdades democráticas são ameaçadas. Os trabalhadores são os mais prejudicados.
Jefferson foi um ardente admirador da França. Ele disse que –
“TODO HOMEM TEM DUAS PÁTRIAS, A SUA PRÓPRIA PÁTRIA E A FRANÇA”.
Ele substituiu Benjamin Franklin como embaixador da América na França em 1784 e viu com entusiasmo o começo da Revolução Francesa.
Voltando em 1789, o presidente George Washington o fez ministro dos negócios estrangeiros. Em 1801, e depois em 1805, Jefferson foi eleito presidente dos Estados Unidos.
Jefferson morreu no Dia da Independência, em 4 de julho de 1826. Ele deixou instruções para seu enterro a ser feito em sua fazenda, em Monticello. Um monumento simples deveria marcar seu lugar de descanso. Deveria ser feito de pedra bruta, para que ninguém o destruísse para retirar material de valor.
Ele escreveu seu próprio epitáfio:
AQUI FOI SEPULTADO
THOMAS JEFFERSON
AUTOR DA DECLARAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA AMERICANA
DO ESTATUTO DA VIRGÍNIA PARA A LIBERDADE RELIGIOSA
E PAI DA UNIVERSIDADE DE VIRGÍNIA”.


AMANHÃ: perseverança e de recuperação nas derrotas, nas lutas pela liberdade: Bolivar.


terça-feira, 26 de novembro de 2013

1128 C WASHINGTON criou um exército americano e o primeiro governo do país

28 DE NOVEMBRO. GEORGE WASHINGTON: grande americano na guerra como na paz

WASHINGTON
George Washington, Father of His Country: O Pai de Seu País
(nasceu em 1732, Westmoreland, Virgínia; morreu em 1799, Mt. Vernon, Virgínia, Estados Unidos)

GENERAL AMERICANO COMANDANTE DOS EXÉRCITOS NA REVOLUÇÃO DA INDEPENDÊNCIA

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim da organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
Nesta quarta semana são consagrados os estadistas dos anos 1600 e 1700, séculos 17 e 18, que participaram de revoluções anteriores à Revolução Francesa. Foram movimentos de soberania popular e de igualdade que levaram políticos a demonstrar a tendência para o regime político republicano, do bem público, para o povo todo. Esses estadistas seriam naturalmente conservadores ardentes, mas foram envolvidos pela força revolucionária política decorrente das novas doutrinas filosóficas libertadoras dos enciclopedistas seculares, emancipados da filosofia medieval.  Foram revoluções pela república, pela libertação de países dominados pelo estrangeiro ou pela independência de colônias em outros continentes.

Ver em 1105 C  em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos do mês na evolução social da política.

WASHINGTON (1732-1799) nasceu numa rica família de fazendeiros em Virgínia, em 1732. Era descendente de ingleses que depois de três gerações chegaram a ter um modesto patrimônio, trabalhando no campo, em indústrias locais e aumentando suas terras. Ele recebeu educação de seu pai e de seu irmão mais velho, tendo mostrado gosto pela matemática.
Washington tornou-se um jovem adulto forte e alto, bom nas tarefas do campo e que gostava de dançar. Ele era movido pela ambição de riqueza e fama. Queria fazer bem no que se dedicasse. Já com 14 anos começou a trabalhar como topógrafo, percorrendo as matas da Virgínia e da Pennsylvania. Serviu com distinção como coronel na milícia na guerra contra os franceses do Canadá, começada em 1754.
Quando estourou a Guerra da Independência em 1775 ele foi nomeado general em chefe pelo Congresso. A escolha foi muito bem feita, porque era um bom oficial, organizador e por natureza duro na disciplina, responsável e de uma firmeza heróica. A tarefa era muito difícil, com falta de soldados, de munição e de provisões. Em compensação, as tropas britânicas eram lentas em sua movimentação e sem liderança. Washington formou um exército regular e com a ajuda financeira obtida por Benjamin Franklin na França, conseguiu a vitória final sobre o general inglês Cornwallis em 1781.
Washington ofereceu gloriosos serviços ao seu país. Sua fama imortal e universal foi aumentada com toda justiça por sua conduta na paz, depois do fim da Guerra da Independência. Seus comandados, reverentes e admirando seu General, descontentes com os políticos do Congresso, propuseram em 1783 que Washington, com o poder das tropas, se fizesse rei da América.
Mas o General, honesto por natureza, não guardava nenhuma sombra de ambição pessoal. Ele recusou a proposta, mostrando um horror sincero sem afetação e obteve que seus veteranos que eles se licenciassem e tranqüilamente se retirassem em paz. Depois dessa ordem, ele renunciou ao seu comando, vivendo como um simples cidadão no trabalho de agricultor no campo.
Em 1787 ele foi eleito, por unanimidade, presidente da Convenção encarregada de redigir a constituição da América e, no ano seguinte, também por unanimidade, foi eleito como o primeiro presidente dos Estados Unidos. Da mesma forma como ele havia criado um exército americano, ele criou então o primeiro governo do país.
O bom senso de Washington, sua prática no comando das pessoas e a confiança completa que ele inspirava pela correção de suas intenções, fizeram com que ele fosse bem sucedido na árdua tarefa da formação do primeiro governo da nova nação americana.
Ele foi obrigado, em 1793, a aceitar ser reeleito por um outro período de quatro anos de governo. Em 1797 seus compatriotas, com uma perseverança das mais honrosas, tinham o desejo de elegê-lo para um terceiro governo. Mas ele recusou com firmeza, para não criar um precedente que julgava inconveniente e se retirou para a vida particular.
Washington viveu ainda mais dois anos envolto da admiração e da veneração da nação que ele havia formado e para a qual sua memória é uma herança preciosa e gloriosa. Washington mereceu o título de -
“PRIMEIRO NA GUERRA, PRIMEIRO NA PAZ E PRIMEIRO NO CORAÇÃO DE SEUS CONTERRÂNEOS”.

AMANHÃ: JEFFERSON, a Declaração de Independência e o Estatuto da Liberdade religiosa.


1127 C FRANKLIN Benjamin Franklin estadista da liberdade e inventor do para-raios

27 DE NOVEMBRO. FRANKLIN: positivação do raio e do trovão como descarga eletrica

FRANKLIN
Benjamin Franklin, pseudônimo: Richard Saunders
(nasceu em 1706, em Boston; morreu em 1790, na Philadélfia, Estados Unidos)

CIENTISTA AMERICANO INVENTOR GRANDE ESTADISTA NA LIBERTAÇÃO DA AMÉRICA

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim da organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
Nesta quarta semana são consagrados os estadistas dos anos 1600 e 1700, séculos 17 e 18, que participaram de revoluções anteriores à Revolução Francesa. Foram movimentos de soberania popular e de igualdade que levaram políticos a demonstrar a tendência para o regime político republicano, do bem público, para o povo todo. Esses estadistas seriam naturalmente conservadores ardentes, mas foram envolvidos pela força revolucionária política decorrente das novas doutrinas filosóficas libertadoras dos enciclopedistas seculares, emancipados da filosofia medieval.  Foram revoluções pela república, pela libertação de países dominados pelo estrangeiro ou pela independência de colônias em outros continentes.

Ver em 1105 C  em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos do mês na evolução social da política.

FRANKLIN (1706-1790) nasceu em Boston, em família pobre. Começou a vida como aprendiz numa firma de impressão. Aos 23 anos, em 1729, ele se estabeleceu por conta própria em Filadélfia e teve sucesso. Aprendeu a ler muito cedo e sua educação escolar se deu até seus 10 anos. Depois estudou sozinho, gradualmente obtendo uma excelente e variada educação.
Quando tinha 46 anos, em 1752, fez a descoberta famosa de que o raio era uma descarga de eletricidade. Além dessa descoberta, que levou à do pára-raios, ele inventou os óculos bifocais e o conhecido fogão “Franklin Stove”. Outros de seus méritos foram a criação de um Corpo de Bombeiros, uma biblioteca, uma companhia de seguros, um hospital, algumas dessas instituições sendo as primeiras na América.
Entre os mais importantes políticos que fizeram a independência americana figura Franklin. De 1757 a 1762 e depois, de 1764 a 1775 ele morou na Inglaterra como agente das colônias da Pensilvânia, Massachusetts, Maryland e Georgia. Sua reputação como sábio era grande. Os intelectuais de todos os países ofereciam-lhe as melhores distinções, sendo ele admirado tanto por seu caráter como por suas descobertas.
Na qualidade de representante oficial foi defender os direitos de seus compatriotas em Londres. Ao protestar contra a pretensão tirânica da Inglaterra de cobrar altas taxas das colônias, mesmo com sua rara habilidade, ele recebeu violentos ataques. Aqueles que queriam a submissão americana pela força passaram a tratar Franklin como um malfeitor que deveria ser expulso da sociedade da gente honesta.
Em março de 1775 a toda pressa ele deixou a Inglaterra para evitar ser preso. Chegando à América já encontrou a revolta pela independência. Franklin tornou-se em seguida um dos membros diretores do movimento insurrecional.
Em 1776 ele foi enviado em missão na França, onde recebeu a mais entusiástica acolhida como um sábio e como patriota. O seu reencontro com Voltaire na Academia de Ciências, onde os dois idosos se abraçaram publicamente é, na verdade, uma grande cena histórica.
Todo mundo conhece o verso em que Turgot resumiu os mais belos títulos para a fama de Benjamin Franklin:
“Eripuit coelo fulmen sceptrumque tyrannis”
Ele tirou o raio da mão dos deuses e tirou o cetro aos tiranos.
Ou seja, Franklin tirou a explicação da descarga do raio como ação dos deuses, mostrando ser uma centelha elétrica, e instalou um regime político de liberdade na América do Norte, assim tirando o cetro dos tiranos.
Em 1778 Franklin obteve a aliança do governo francês com as colônias americanas revoltadas, com a obtenção da ajuda financeira e militar da França durante a Revolução Americana. Fato que, eventualmente, forçou a Inglaterra a assinar a independência da América. Ele realizou a negociação do tratado com que a Gran Bretanha reconheceu as suas antigas 13 colônias como uma nação soberana. E colaborou na elaboração da Constituição do país, que por mais de 200 anos é a lei fundamental dos Estados Unidos da América.
Retornando a seu país em 1785, ele continuou a tomar parte ativa nos negócios públicos enquanto a saúde lhe permitiu. Seu último ato público foi endereçar uma Memória ao Congresso americano contra a escravatura negra.
Quando Franklin morreu, os americanos fizeram um luto por dois meses, e a Assembléia da França um luto de três dias. Mas nem todos os seus contemporâneos o admiravam. Ele chegou a ser atacado como materialista. O sociólogo alemão Max Weber fez dele o exemplo da “ética protestante”, o menos admirável aspecto do capitalismo moderno.
O gênio de Benjamin Franklin foi tanto teórico como prático. Nas suas pesquisas científicas, como na sua carreira política, ele esteve sempre dirigido pelo desejo de contribuir para o bem estar da raça humana.

AMANHÃ: General americano primeiro tanto na guerra, como na paz: George Washington.


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

1126 C SIDNEY estadista corajoso mártir inflexível nos princípios republicanos

26 DE NOVEMBRO. Sidney: pelo pleno direito de resistência contra a tirania

SIDNEY
Algernon Sidney
(nasceu em 1622, em Kent, Inglaterra; morreu em 1683, em Londres)

ESTADISTA INGLÊS SINCERO OBSTINADO HERÓICO MARTIR REPUBLICANO

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim da organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta quarta semana são consagrados os estadistas dos anos 1600 e 1700, séculos 17 e 18, que participaram de revoluções anteriores à Revolução Francesa. Foram movimentos de soberania popular e de igualdade que levaram políticos a demonstrar a tendência para o regime político republicano, do bem público, para o povo todo. Esses estadistas seriam naturalmente conservadores ardentes, mas foram envolvidos pela força revolucionária política decorrente das novas doutrinas filosóficas libertadoras dos enciclopedistas seculares, emancipados da filosofia medieval.  Foram revoluções pela república, pela libertação de países dominados pelo estrangeiro ou pela independência de colônias em outros continentes.

Ver em 1105 C  em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos do mês na evolução social da política.

ALGERNON SIDNEY (1622-1683) nasceu em Penshurst em Kent, na Inglaterra, filho de Robert Sidney, conde de Leicester. Ele era descendente do poeta dos anos 1500, no século 16, Sir Philip Sidney. Participou na cavalaria lutando a favor do grupo Parlamentar contra o rei, na Guerra Civil Inglesa, sendo gravemente ferido na Batalha de Marston Moor, no Yorkshire, em 1644.
A Guerra Civil Inglesa, também chamada de Revolução Puritana, foi provocada pelo comportamento do rei Carlos I, que acreditava no direito divino dos reis e não respeitava as resoluções do Parlamento. Além disso, ele apoiava a Igreja Anglicana, afastando os demais protestantes. Derrotado e preso por traição, Carlos I foi decapitado. Em seguida, foi feita a república com Oliver Cromwell, e depois a restauração da monarquia com o rei Carlos II.
Algernon Sidney e seu irmão mais velho, o visconde Lisle, fizeram parte do tribunal que fez o julgamento do rei, mas se recusaram a participar como juízes, por serem a favor da simples deposição do soberano e não de sua execução. O ato dos dois irmãos desagradou a Oliver Cromwell. Embora Sidney fosse do Conselho de Estado no Protetorado em 1652, ele retirou-se da política de 1653 a 1658. Em 1659 ele voltou ao Conselho de Estado, encarregado de várias missões diplomáticas. Viveu no exílio depois da restauração do rei Carlos II em 1660, retornando à Inglaterra em 1677, quando seu pai obteve o perdão do rei Carlos II.
Durante sua longa permanência fora do país, Sidney pediu ao rei Luís XVI da França fundos para financiar a revolução na Inglaterra. Ele passou em seu retorno a participar do Partido Whig, de oposição ao rei Carlos II e ao seu irmão James, católico romano, duque de York.
De 1679 a 1680 ele teria aceitado dinheiro do embaixador francês para apoio à oposição ao governo do rei inglês. Sidney se colocou com ardor no movimento que tinha por chefes o conde de Shaftesbury e o Lord Russel, grupo que parecia por algum tempo tentar a renovação da revolução contra a monarquia.
Foi acusado de relacionamento com o grupo que planejou o assassinato do rei Carlos II e seu irmão, no atentado chamado de Rye House Plot, a Conspiração da Casa do Centeio. Sua culpa não ficou bem clara, mas ele foi preso, acusado de cumplicidade no crime. A prova não era suficiente e a prisão foi de uma injustiça flagrante, embora não houvesse dúvida que havia uma conspiração com intenções de insurreição. Ele foi declarado culpado e recebeu a sentença de morte por decapitação. Foi executado em dezembro de 1683.
No julgamento de Sidney, passagens de seu manuscrito “DISCOURSES CONCERNING GOVERNMENT”, Discurso sobre o Modo de Governar, publicados em 1698, foi colocado no processo como evidência de que ele fosse a favor do direito de revolução. Esse tratado mais tarde tornou-se um popular “Livro Texto de Revolução” nas colônias inglesas da América do Norte. O escrito forma uma importante parte da literatura sobre o pleno direito de resistência contra a tirania.
Sidney era um homem de uma coragem extraordinária, perseverante até ser obstinado, sincero, mas de um caráter que não suportava a contradição. Ele era inflexível nos princípios republicanos. Havia estudado a arte de governar em todos os ramos e chegou a ter um alto conhecimento da matéria.
Sidney enfrentou a morte com uma completa indiferença. Ele é considerado na Inglaterra como um grande mártir republicano.


AMANHÃ: Genial sábio americano, tanto teórico como prático, Benjamin Franklin.


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

1125 C CARDEAL RICHELIEU o abismo entre a filosofia antiga e a arte de governar

NOVEMBRO 25. Richelieu:meus únicos inimigos são os inimigos da minha pátria

RICHELIEU
Armand-Jean du Plessis, Cardinal e Duque de Richelieu, A Eminência Vermelha
(nasceu em 1585, em Richelieu, Poitou, na França; morreu em 1642, em Paris)

ESTADISTA FRANCÊS PARA A UNIDADE DE COMANDO DO REI E A GRANDEZA DO PAÍS

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim da organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta terceira semana estão organizadores e financistas como ministros de Estado que viveram no século XVI, XVII e XVIII. São estadistas do governo pós-medieval. Impõem a ordem, favorecem a indústria e desenvolvem os recursos naturais. Alguns se tornaram conhecidos por suas guerras, mas não estão aqui por essa razão. O militarismo de seus governos foi por vezes necessário. Para seu financiar seu custo encorajaram a indústria como um meio de conseguir recursos para as despesas da guerra. Richelieu dá o nome a esta terceira semana dos grandes ministros.

Ver em 1105 C  em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos do mês na evolução social da política.

RICHELIEU (1585-1642) nasceu em Paris e foi educado na carreira militar. No entanto, para manter o Bispado de Luçon em poder da família, ele entrou para o sacerdócio católico e com a idade de 22 anos foi ordenado como Bispo.
Como representante na Assembléia dos Estados Gerais em 1614, ele iniciou sua carreira política da França e logo ganhou o apoio da rainha-mãe, Maria de Médicis. Tornou-se secretário de Estado em 1616. Em 1622 recebeu o chapéu de Cardeal e em 1624 foi posto como o ministro-chefe do rei Luís XIII. Depois de 1630 o Cardeal Richelieu passou a ser o virtual chefe político do governo da França.
Richelieu procurou realizar o casamento de Henriette Marie, irmã do rei Luís XII com o Príncipe de Gales, que mais tarde foi Carlos I da Inglaterra. Assim ele desejava manter relações de amizade com aquele país. Para restaurar o prestígio da França na Europa e limitar o crescimento da força dos católicos e reacionários reis de Habsburg, então no poder na Espanha e na Áustria, Richelieu em seguida fez alianças com os inimigos dos Habsburgs na Holanda e na Alemanha. Ele deu ajuda na invasão da Alemanha pelo chefe dos Luteranos, o rei Gustavo II da Suécia. E colocou a França como um atuante aliado dos Protestantes alemães, enviando tropas para lutar na Guerra dos Trinta Anos, de 1618 a 1618.
Ao mesmo tempo em que apoiava os protestantes no estrangeiro, Richelieu ao sentir que os protestantes huguenotes ameaçavam a unidade de comando do rei, atacou La Rochelle em 1628, vencendo os protestantes tanto militarmente como politicamente, mas mantendo sua liberdade religiosa. A partir de então o progresso pessoal de qualquer huguenote no serviço público nunca mais foi impedido por causa de sua religião.
Richelieu fez com que o rei da França mantivesse o seu necessário comando único, chamado de poder absoluto, por meio de enérgicas medidas para acabar com o poder político das grandes famílias nobres do país. Ou seja, ele terminou com o que restou do poder feudal de cada região. Ele sufocou as revoltas da nobreza e puniu sem piedade aqueles que nelas participavam. Cada governador nobre nas províncias tinha a seu lado um intendente da classe média que fazia o comando de fato. Os castelos feudais foram demolidos; os duelos, últimos vestígios do direito feudal de guerra particular, foram proibidos. Os grandes senhores viram com estupefação dois de seus membros serem julgados e decapitados por duelarem na Praça principal de Paris.
Com a sabedoria política de Richeleieu o equilíbrio foi feito entre os países da Europa. Os reis dos Habsburgs da Áustria e da Espanha não mais perturbaram esse equilíbrio nem ameaçaram a liberdade de religião. A França se tornou a mais forte potência militar da Europa, incentivando a exploração e colonização no Canadá e nas Índias. Protetor das artes, ele foi o fundador da Academia Francesa de Letras. Richelieu morreu em Paris em 1642.
Richelieu, da mesma forma como o rei Luís XI, foi sempre mal visto pelos aristocratas, porque ele acabava com seus privilégios medievais. Ao mesmo tempo, ele era hostilizado pelos parlamentares, já que ele estabeleceu a unidade de comando político no rei da França, o que era considerado como o mal do poder absoluto. Chegou mesmo a ser acusado de extrema crueldade. Portanto, Richelieu não atuou politicamente para agradar a todos e para se fazer amar.
Ao morrer, o padre lhe perguntou se perdoaria os seus muitos inimigos. Ele respondeu que “Eu jamais tive outros inimigos do que aqueles que eram inimigos da França”.
O enorme abismo que existe na diferença entre a FILOSOFIA antiga e o saber humano necessário para dirigir a política é mostrado no comentário do papa Urbano VIII sobre a vida e os serviços políticos de Richelieu:
SE EXISTE UM DEUS, ELE TERÁ QUE RESPONDER PELOS SEUS ATOS, MAS SE NÃO EXISTIR DEUS, ELE FOI DE FATO UM EXCELENTE HOMEM”.
O papa Urbano VIII e Richelieu estiveram, na verdade, no mesmo caso.

AMANHÃ: Estadista corajoso grande mártir republicano na Inglaterra: Sidney.


1124 C TURGOT novos métodos na lavoura redução dos impostos e ampla liberdade

24 DE NOVEMBRO. Turgot-reforma: parlamento não legislante mas apenas consultivo

TURGOT
Anne-Robert-Jacques Turgot, Barão de l’Aulne
(nasceu em 1727, em Paris; morreu em 1781, em Paris)

ESTADISTA E ECONOMISTA FRANCÊS REFORMADOR DO PAÍS

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim da organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta terceira semana estão organizadores e financistas como ministros de Estado que viveram no século XVI, XVII e XVIII. São estadistas do governo pós-medieval. Impõem a ordem, favorecem a indústria e desenvolvem os recursos naturais. Alguns se tornaram conhecidos por suas guerras, mas não estão aqui por essa razão. O militarismo de seus governos foi por vezes necessário. Para seu financiar seu custo encorajaram a indústria como um meio de conseguir recursos para as despesas da guerra. Richelieu dá o nome a esta terceira semana dos grandes ministros.

Ver em 1105 C  em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos do mês na evolução social da política.

TURGOT (1727-1781) nasceu numa família tradicional, cujos membros tinham tido várias funções administrativas importantes. Seu pai, Michel-Étienne (1690-1751) foi “provost de merchants”, o chefe do município de Paris, de 1729 a 1740.
Ele foi educado para ser padre, entrou para o Seminário de São-Sulpício em 1743 e para a Sorbonne em 1749, sendo um aluno dedicado e precoce, com correta maturidade mental. Foi influenciado desde cedo pelas novas idéias da época: curiosidade pela ciência, liberalismo, tolerância e grande interesse na evolução da sociedade humana.
Nas vésperas de sua ordenação como sacerdote católico ele desistiu, explicando a seus pais que seria impossível para ele sempre viver sujeito a intenções falsas, ele sendo de fato, um deista, mas não um católico. Mas ele teria que ir à missa por vezes, como ato indispensável por sua posição na sociedade.
Os amigos de Turgot, a partir de então, passaram a ser pensadores como Condorcet e Pierre-Samuel du Pont de Nemours, ambos ligados à famosa escola de pensamento dos fisiocratas, que em geral é considerada como a primeira escola científica dos economistas.
No fim do ano de 1751 e anunciou sua intenção de fazer carreira na administração do reino de França e tornou-se deputado procurador geral em 1752 e no mesmo ano juiz da Suprema Corte de Justiça.
Turgot serviu em vários cargos importantes, escrevendo vários livros sobre direito, tolerância e economia. Em 1761 o rei Luíz XV o nomeou como administrador da região de Limoges. Nesse difícil cargo ele ficou por 13 anos, em que mostrou sua extraordinária capacidade como reformador, economista e administrador. Introduziu novos métodos de trabalho na lavoura, substituiu a CORVÉE por uma pequena taxa assim acabando com a obrigação dos camponeses de manter as estradas sem remuneração. Compilou um registro do território para cobrança das taxas. Na grande fome de 1770-1771, apesar da oposição, manteve o livre comércio de grãos.
Turgot obteve em Limoges resultados estrondosos, apesar do despotismo brutal de Luíz XV. Em 1774 foi nomeado ministro auditor geral do reino pelo novo e jovem rei Luís XVI. Turgot reunia um alto grau de saber teórico ao conhecimento prático, associado ao mesmo tempo a uma esplêndida inteligência, uma prática enérgica, uma bela natureza moral, um total devotamento ao bem do trabalhador e tendo um grande prestígio. Os olhos de toda a Europa estavam postos sobre ele. O rei tinha o comando único e lhe dera carta branca para agir.
O plano de reforma política de Turgot era claro e completo. A Assembléia Nacional proposta não seria legislativa, mas apenas consultiva. Em outros termos, não haveria quebra da unidade de seu comando. Previa a liberdade de religião e que a aplicação do plano seria gradual. O mais urgente era evitar a bancarrota do reino, evitando gastos desnecessários, igualando os impostos e suprimindo pesadas restrições sobre a indústria.
O desejo reformador do rei Luís XVI acabou, cedendo ele aos apelos das classes privilegiadas dirigidas pela rainha e depois de 21 meses, Turgot foi afastado do governo em 1776. Com ele se acabava a última oportunidade de prevenir uma revolução violenta contra os antigos privilégios que havia na Idade Média. A Revolução Francesa, como solução violenta e libertadora então se tornou necessária. Turgot morreu em 1781 com a idade de 54 anos.
Alto e gordo, embora tímido,ele falava com hesitação e raramente se mostrava alegre. Mas desde jovem se mostrou um ilustrado pensador e escritor com um saber enciclopédico, brilhante em economia política. Com apenas 23 anos, em discurso pronunciado na Universidade da Sorbonne em 1750, dois anos depois da publicação do ESPÍRITO DAS LEIS de Montesquieu, ele se mostrou mais avançado e enunciou com clareza uma lei de três fases na história. Mas Turgot não fez idéia da importância dessa lei evolutiva. Só mais tarde as três fases do modo de pensar foram identificadas por Augusto Comte pela lei da classificação de todo conhecimento humano e da evolução mental em cada tipo de raciocínio. Lei de maior importância no moderno sistema filosófico necessário para a continuidade e convergência do pensamento e da ação do homem sobre o mundo exterior e sobre o mundo interior.
Sem as reformas de Turgot os restos da civilização de guerra e de crenças do feudalismo, com seus privilégios, não foram anulados, para permitir o progresso da nova civilização científica e industrial.

AMANHÃ: Estabeleceu a unidade de comando do governo na França: Cardeal de Richelieu.


1123 C ARANDA limitação do poder da Inquisição e expulsão dos jesuítas da Espanha

23 DE NOVEMBRO. Aranda: eliminou a política feudal da guerra e de privilégios

ARANDA
Pedro Pablo Abarca de Bolea, Conde de Aranda
(nasceu em 1718, em Siétamo, Espanha; morreu em 1798, em Épila, Aragão, Espanha)

GENERAL E MINISTRO ESPANHOL REFORMADOR EXPULSOU OS JESUÍTAS

GOVERNO POLÍTICO NA MODERNIDADE
No mês da Política Moderna são colocados os maiores nomes representativos dos séculos em que o progresso da sociedade européia realizou duas funções:
1  o fim da organização militar medieval para a guerra de defesa e dos antigos privilégios, costumes e crenças;
2  a preparação da nova civilização científica e pacífica necessária para a atividade industrial e comercial, de paz e de ordem mantida pelos diversos governos.
A ação de mudança da política medieval para a política moderna realizou a limitação ou extinção do poder e dos privilégios da nobreza, dos militares e das autoridades religiosas e a manutenção de exércitos permanentes assalariados pelo governo político. Nos regimes guerreiros de Roma, de guerra de conquista, como da Idade Média, de guerra de defesa, os militares eram governo, como imperadores ou barões feudais.
O governo concentrado na monarquia gradualmente substituiu o governo descentralizado dos barões. Ele constituiu o único elemento que ficou de pé do antigo regime medieval católico-feudal no fim dos anos 1400, século XV. A luta entre as autoridades centrais e as locais já tinham terminado e o governo político não era mais ameaçado por nenhum outro poder rival. Os governos passaram a governar sem a unanimidade cultural da Idade Média, como se fossem ditadores, sob diversas formas. Nas biografias de Luiz XI e de Cromwell podem-se ver dois modos de governo.
Nessa fase histórica a política tinha por objetivo manter a ordem da nação e permitir o livre progresso intelectual e industrial. São os estadistas da nova civilização. A política anterior tinha como referência a lei dos deuses, em normas políticas dadas pelo conhecimento das divindades e passa gradualmente a ter como referência o bem da pátria e da sociedade humana.
Estabeleceram o governo central monárquico com o necessário comando único reunindo no rei os antigos poderes regionais dos barões do feudalismo. Com o enfraquecimento dos costumes antigos os reis tenderam a tirar do papa muitas das funções religiosas, tais como a diplomacia e a manutenção da paz.
Nesta terceira semana estão organizadores e financistas como ministros de Estado que viveram no século XVI, XVII e XVIII. São estadistas do governo pós-medieval. Impõem a ordem, favorecem a indústria e desenvolvem os recursos naturais. Alguns se tornaram conhecidos por suas guerras, mas não estão aqui por essa razão. O militarismo de seus governos foi por vezes necessário. Para seu financiar seu custo encorajaram a indústria como um meio de conseguir recursos para as despesas da guerra. Richelieu dá o nome a esta terceira semana dos grandes ministros.

Ver em 1105 C  em 05 de novembro o QUADRO DO MÊS DE FREDERICO A POLÍTICA MODERNA, com os grandes nomes representativos do mês na evolução social da política.

ARANDA (1718-1798) nasceu de uma família nobre de Aragão, na Espanha. No Exército chegou a Diretor de Artilharia, introduziu o sistema prussiano de exercícios na Guerra dos Sete Anos e comandou uma campanha contra Portugal em 1762. Em 1764 tornou-se capitão general de Valência.
Depois das revoltas de 1766 em Madrid, o rei Charles III colocou Aranda como presidente do Conselho de Castela. Ele convenceu o rei de que as conspirações contra o governo tivessem sido inspiradas pelos jesuítas e preparou o decreto da expulsão dessa ordem religiosa católica. Os jesuítas saíram então da Espanha e da América Espanhola em 1767.
Aranda se mostrou um dos mais habilidosos ministros do rei Charles III. Ele era admirador de Voltaire e de d’Alembert. Marcou sua passagem na política de 1765 a 1773 com um número imenso de reformas financeiras, judiciárias e militares e por medidas importantes para favorecer a indústria, o comércio e a educação. O poder excessivo da Igreja Católica foi reduzido, os jesuítas foram expulsos e limites foram postos ao despotismo da Santa Inquisição em sua investigação religiosa.
Aranda seguia uma política de apoio ao rei, o que causou sua impopularidade. Charles III disse-lhe que “OS ESPANHÓIS SÃO COMO CRIANÇAS QUE GRITAM QUANDO SÃO CORRIGIDOS”. O rei, não podendo mantê-lo, o enviou como embaixador para a França em 1773, onde ficou até 1787. Lá ele absorveu as idéias francesas dos enciclopedistas, que eram pensadores emancipados da religião, leigos, tornando-se amigo de Voltaire.
Aranda negociou em Paris com as colônias revoltadas da América do Norte, o que contribuiu ao feliz resultado de sua luta pela libertação, contra a Inglaterra. Quando o rei Charles III morreu foi sucedido por Charles IV que o chamou para a Espanha.
Em 1792 Aranda retornou ao seu comando militar em Valência. Ele foi autorizado a ir para suas terras em Aragão em 1795, onde morreu em 1798.
Antes da Revolução Francesa na maior parte das outras nações da Europa foram feitas tentativas por seus estadistas para fazer as reformas necessárias. Era indispensável realizar uma política moderna na nova sociedade industrial e científica, eliminando os restos da política feudal da guerra e dos privilégios.
Esses estadistas eram políticos convencidos das doutrinas laicas, não religiosas, seculares, dos Enciclopedistas franceses, usando o pacífico poder central de comando único dos reis. Foram políticos como Turgot, na França, de 1774 a 1776; na Inglaterra com Pitt, de 1784 a 1789; na Espanha, Charles III de 1759 a 1788; em Portugal com o Marquês de Pombal de 1750 a 1777; na Áustria com Joseph II de 1780 a 1790; na Prússia com Frederico II o Grande, de 1740 a 1786; na Dinamarca com Struensee de 1770 a 1772; em Toscana com Leopoldo de 1765 a 1790. A eles pode-se juntar o papa Clemente XIV de 1769 a 1775, por suprimir os jesuítas.
As reformas para a modernidade científica e industrial seriam uma grande evolução, se fossem realizadas gradualmente por todos os governos, para prevenir a grande revolução francesa, sangrenta e sem governo. E o rei Charles III de Espanha mostrou-se o político mais cuidadoso entre os governantes da época.
E Charles III contou com a inteligente habilidade do Conde de Aranda.

AMANHÃ: alta capacidade como administrador, com novos métodos na lavoura: Turgot.