segunda-feira, 30 de julho de 2012

0812 03 B CHARDIN a descrição da língua história e costumes do oriente


12 DE AGOSTO: CHARDIN e sua capacidade no estudo do caráter de um povo
O grande viajante no Oriente: no Calendário Histórico.

CHARDIN
Jean Chardin, Sir John Chardin
(nasceu em 1643, em Paris; morreu em 1713, em Londres)

GRANDE RESPEITADO VIAJANTE ESCRITOR FRANCÊS ORIENTALISTA


A INDÚSTRIA MODERNA
Nos últimos anos da idade média foram libertados os servos da gleba, trabalhadores rurais ligados à agricultura do feudo e a seu barão. Entre os anos 700 e 1000 ocorre a libertação dos servos, que se tornam comerciantes e artesões na manufatura de bens de necessidade imediata. O que ocorre nos burgos, povoados formados fora das muralhas dos castelos. Nasce então a burguesia.
FORMAÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO DO CAPITALISMO
A atividade nos burgos pelos artesãos libertados do trabalho agrícola no feudo produzia o que era demandado pelas necessidades imediatas. Desse modo foi iniciada a organização inicial da indústria e do comercio.
A partir do século XI, a partir do ano 1001, já foi reconhecida a indústria moderna, instituída no sistema econômico do capitalismo. Desde antiguidade o comercio a troca era feita em liberdade pelos proprietários das mercadorias que ficavam com as perdas e com os lucros do negócio. Essa forma natural de operação é o capitalismo, em que os meios para sua operação são de propriedade particular, o risco sendo remunerado pelo lucro. O lucro no capitalismo é o pagamento do risco. No século XI na Europa ocidental a industria moderna foi instituída formando o sistema econômico do capitalismo. Que a seguir foi empregado com sucesso em todo mundo ocidental. Com a universalização dos negócios pela globalização o capitalismo está formalizado em todo mundo.
Nesta primeira semana comemoramos os grandes exploradores por terra e por mar, que nos fazem conhecer a extensão do planeta. A influencia do comercio sobre o governo político tem por tipos Jacques Coeur e Gresham. A aplicação da ciência abstrata à navegação se vê em Napier e Briggs.

Ver em 0812 01 B   O QUADRO DO MÊS GUTENBERG, A INDÚSTRIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.

JEAN CHARDIN tornou a Pérsia a primeira e a mais conhecida das nações orientais. Sua obra do maior valor para o estudo do Oriente tem o nome de Voyage en Orient – Viagem ao Oriente é recomendada até hoje para leitura.
Chardin demonstrou a faculdade de reconhecer por uma rápida inspeção o caráter de um povo. Assim assegurou uma superioridade incontestada nesse ramo da literatura.
A escrita cuneiforme usada na Pérsia não tinha sido traduzida quando Chardin publicou em 1621 vários grupos de caracteres persas em forma de cunha. Ele indicou que as inscrições sempre estavam em grupos de três colunas paralelas. Posteriormente, em 1777 o alemão Carsten Niebuhr descobriu que eram inscrições feitas em três línguas diferentes, em persa, elamite e babilônico, para que as leis fossem conhecidas em três países do domínio do rei Dario I.
Jean Chardin nasceu em Paris em 1643 de uma família protestante. Foi educado por seu pai na profissão de joalheiro. Aos 20 anos de idade fez uma viagem comercial ao Oriente, onde passou três anos, principalmente na Pérsia.
Voltando à Europa, reconheceu os obstáculos à sua religião, resolveu voltar para o Oriente onde a profissão de comerciante era honrada ao ponto de ser praticada até pelos reis. Na Pérsia passou vários anos na corte do rei Soliman III, visitando todas as partes do reino, reunindo ao trabalho de comerciante o estudo da língua, da história e dos costumes dos habitantes locais.
Em retorno para a Europa fixou-se em Londres, onde foi nomeado Cavaleiro pelo rei Charles II e joalheiro da corte real. No ano seguinte foi eleito membro da Sociedade Real. Em 1683 foi enviado como agente da Companhia das Índias Orientais Inglesas para Hague e Amsterdam. Em 1686 publicou seu livro Voyage en Orient.


AMANHÃ: Comerciante internacional fundador da Bolsa na Inglaterra: THOMAS GRESCHAM.

0812 02 B GUTENBERG a idéia governa melhor o mundo com a invenção da imprensa


12 DE AGOSTO. GUTENBERG: usa os tipos moveis metálicos com letras sempre iguais

GUTENBERG
João Gutenberg; Gutenberg, Johannes; Johann Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg
(nasceu em cerca 1400 em Mainz, Alemanha; morreu em 1480, em Mainz)

INVENTOR ALEMÃO AUTOR DA IMPRENSA COM TIPOS MÓVEIS METÁLICOS

A INDÚSTRIA MODERNA
Nos últimos anos da idade média foram libertados os servos da gleba, trabalhadores rurais ligados à agricultura do feudo e a seu barão. Entre os anos 700 e 1000 ocorre a libertação dos servos, que se tornam comerciantes e artesões na manufatura de bens de necessidade imediata. O que ocorre nos burgos, povoados formados fora das muralhas dos castelos. Forma-se então a burguesia.

FORMAÇÃO DO
SISTEMA ECONÔMICO DO CAPITALISMO
A atividade nos burgos pelos artesãos libertados do trabalho agrícola no feudo produzia o que era demandado pelas necessidades imediatas. Desse modo foi iniciada a organização inicial da indústria e do comercio.
A partir do século XI, a partir do ano 1001, já foi reconhecida a indústria moderna, instituída no sistema econômico do capitalismo. Desde antiguidade o comercio a troca era feita em liberdade pelos proprietários das mercadorias que ficavam com as perdas e com os lucros do negócio. Essa forma natural de operação é o capitalismo, em que os meios para sua operação são de propriedade particular, o risco sendo remunerado pelo lucro. O lucro no capitalismo é o pagamento do risco. No século XI na Europa ocidental a industria moderna foi instituída formando o sistema econômico do capitalismo. Que a seguir foi empregado com sucesso em todo mundo ocidental. Com a universalização dos negócios pela globalização o capitalismo está formalizado em todo mundo.
Encontram-se neste mês os nomes dos navegadores e viajantes que nos revelaram a extensão de nosso planeta, inventores que souberam modificar a matéria em beneficio da sociedade dos homens. Estão aqueles que mediram o tempo com maior precisão, que aceleraram o trabalho de cálculo, os sábios na ótica, na termologia, na eletricidade, em química, de pioneiros na agricultura científica ou que manejaram as águas e o ar para nosso beneficio.
Como a força da inteligência esteve presente nas manifestações da força material, a presidência do mês é dada ao nome que nós identificamos com a invenção que propaga as produções intelectuais e garante a sua permanência, é dada a Gutenberg, o inventor da imprensa.

Ver em 0812 01 B   O QUADRO DO MÊS GUTENBERG, A INDÚSTRIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.

Até hoje temos lembrado aqui os grandes tipos que representam a multidão de nossos antepassados trabalhadores na demorada evolução de nossa sociedade. Começamos nas mais antigas associações conhecidas na remota antiguidade, passando pelos gregos antigos e os romanos, até a Idade Média, até o fim dos anos 1200. Estamos homenageando a idade moderna, após a libertação dos trabalhadores no fim da civilização do feudalismo e do catolicismo. Sentimos a proximidade da emoção ao pertencer a essa evolução realizada por milênios, em muitas e penosas lutas e dificuldades. Assim sabemos de onde viemos e para onde vamos nessa grande caminhada para os mais altos ideais da vida em sociedade.
O nome de Gutenberg, como chefe de mês, reúne a homenagem aos grandes inventores e exploradores no calendário um nome usado como divulgação da cultura da família humana, como proposto por Augusto Come.
GUTENBERG nasceu em família nobre, cerca do ano de 1400 da nossa era, na cidade de Mainz, uma cidade com porto no oeste da Alemanha. O seu nome paterno é Gensfleisch, mas ele ficou conhecido como Gutenberg, nome de sua mãe.
Em 1420 sua família foi exilada pelo partido democrático e se refugiou em Strasbourg. O menino cedo mostrou sua vocação mecânica e, mais tarde, se associou com André Dritzehn na fabricação de espelhos e no polimento de pedras preciosas. Gutenberg também mantinha aulas para vários alunos. Em 1438 os sócios, com os irmãos Heilmann, se dedicaram a gravura com blocos de madeira.
A impressão em madeira era feita por mais de 50 anos na Alemanha e na Holanda. Mas o resultado era pouco e lento. Então Gutenberg e seus associados inventaram os tipos de cada letra separados e móveis.
Essa invenção pode ser comparada ao que os fenícios fizeram. Eles usaram letras do alfabeto separadas, em lugar de escreverem com ideogramas, figuras que significam palavras na linguagem ideográfica.
Muitos trabalhadores contribuíram para o progresso da técnica de impressão. O fim da civilização dos ricos barões feudais, com seus castelos, libertou o povo comum, aqueles que não tinham privilégios de sacerdotes nem tinham privilégios como nobres, filhos de nobres. Essa grande massa do povo comum passou a aumentar muito a procura pelo conhecimento e pela leitura. É esse fato que explica as grandes invenções e as explorações marítimas nessa época, resultado da necessidade, do desejo, da demanda por parte da população libertada por tais serviços.
A impressão com o uso de blocos de madeira era conhecida desde a China antiga e Coréia. Gutenberg aperfeiçoou o uso dos tipos móveis com a produção, em metal fundido em moldes, das letras sempre iguais e em grande quantidade. Também a prensa foi aperfeiçoada e foi usada a tinta com base em óleo.
Gutenberg teve muitos obstáculos a vencer. Além dos problemas práticos com os materiais e máquinas, houve dificuldades com as despesas para realizar as experiências e testes. Envolvia muito dinheiro. Num dos casos, Gutenberg sofreu um processo, tendo que pagar grande soma a um financista da época. O processo está ainda hoje preservado, chamado “Helmaspergersches Notariatinstrument”, o instrumento notarial de Helmasperger. Pesquisas recentes estimam que a condenação no processo, ao contrário de arruinar Gutenberg, teria favorecido o inventor, permitindo que ele mantivesse uma oficina de impressão nos anos de 1450 a 1460. Sabe-se que a famosa bíblia em latim foi impressa em 1455.
Em 1463, com a ajuda de um amigo chamado Humery uma nova prensa foi instalada por Gutenberg, que, no entanto, morreu pobre, cinco anos mais tarde, em fevereiro de 1468.
Nos dezesseis anos depois da impressão da primeira bíblia, em 1471, a arte da impressão já era praticada nas principais cidades da Alemanha e da Itália. Já em 1466 encontraram-se impressores em Colônia, na Alemanha, no ano seguinte em Roma. A partir de 1471 a técnica já era usada em Veneza, Florença, Nápoles, Bolonha e em Milão. Na Inglaterra, o primeiro livro impresso data de 1477, com atraso devido à guerra civil inglesa das duas Rosas, entre os anos 1455 e 1485.
A importância da invenção da imprensa tem o maior valor, porque, em tudo, as idéias governam o mundo. A força material serve somente para manter a ordem até que as idéias dominem os humanos e a liderança com elas, permita governar a sociedade em liberdade, com justiça e paz. Ou seja, com a ORDEM na manutenção das instituições e com o PROGRESSO do desenvolvimento. Com ORDEM E PROGRESSO.

AMANHÃ: Empresário bem sucedido realiza o progresso do trabalhador: Jacques Coeur.

0812 01 B QUADRO DO MÊS DE GUTENBERG A INDÚSTRIA MODERNA


DESENVOLVIMENTO DA
INDUSTRIA MODERNA

Nos últimos anos da idade média foram libertados os servos da gleba, trabalhadores rurais ligados à agricultura do feudo e a seu barão. Entre os anos 700 e 1000 ocorre a libertação dos servos, que se tornam comerciantes e artesões na manufatura de bens de necessidade imediata. E o que ocorre nos burgos, povoados formados fora das muralhas dos castelos.
Nos novos povoados, vilas e cidades que se formam e desenvolvem os trabalhadores libertados formam os novos profissionais modernos do comercio, da manufatura e de serviços.

FORMAÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO DO CAPITALISMO
No fim da idade media os servos gradualmente foram libertados de sua fixação nos feudos, passando a viver nos burgos, em povoações formadas em torno das muralhas dos castelos e nas vilas. A atividade dos artesãos produzia o que era demandado pelas necessidades imediatas. Desse modo foi iniciada a organização inicial da indústria e do comercio.
A partir do século XI, a partir do ano 1001, já foi reconhecida a indústria moderna e instituído o sistema econômico do capitalismo. Desde a antiguidade no comercio a troca era feita em liberdade pelos proprietários das mercadorias que ficavam com as perdas e com os lucros do negócio. Essa forma natural de operação é o capitalismo, em que os meios para sua operação são de propriedade particular, o risco do empresário sendo remunerado pelo lucro. O lucro no capitalismo é o pagamento do risco. No século XI na Europa ocidental a industria moderna foi instituída formando o sistema econômico do capitalismo. Que a seguir foi empregado com sucesso em todo mundo ocidental. Com a universalização dos negócios pela globalização o capitalismo está formalizado em todo mundo.
As chartes ou constituições jurídicas das vilas foram dadas, as profissões se organizaram em corporações e sindicatos. A nova classe dos chefes da indústria se formou, como necessária para a coordenação da produção em maior volume, nas empresas com numerosos trabalhadores.
A atividade comercial se destacou. Formaram-se as corporações italianas de comerciantes e a liga Hanseática associada aos paises baixos.
Com a extensão da pesquisa e do ensino das ciências a utilização das forças naturais pelas maquinas se tornou habitual.
Finalmente a grande invenção da imprensa por Gutenberg completou a extraordinária e fundamental descoberta da escrita feita na antiguidade. A prensa acelerou a produção das cópias e assegurou a difusão rápida e permanente do pensamento através do mundo. A invenção é de fato um notável exemplo da substituição do trabalho manual pelo trabalho mecânico da máquina. Um invento importante para o progresso da sociedade humana.
Mais tarde as máquinas de prensagem tornaram-se em todos os ramos de atividade equipamentos básicos para a produção industrial em grande volume, na produção em série a muito baixo custo.
Nos primeiros tempos da nova classe dos chefes de empresa temos exemplos notáveis de relações amistosas entre eles e os seus trabalhadores. Jacques Coeur (1395-1456) e Come de Médicis o velho (1389-1464) se fizeram notar, no século XIV, como tipos esplendidos de chefes industriais.
Muitos autores demonstraram que a condição do trabalhador entre os séculos XIV e XVI pode ter sido melhor do que a condição de nossos dias. Mesmo notando que a riqueza hoje é muito grande. A capacidade de produção do homem é cada vez maior, com o um grande crescimento populacional.
A massa dos proletários nos países mais adiantados foi completamente incorporada à sociedade moderna. Pode participar dos progressos intelectuais e tecnológicos e pode ter tempo livre para descanso e para a vida em família.

O mês de Gutenberg mostra o conjunto da capacidade dos humanos associados para modificar a natureza. Esse poder só pode ser obtido pelo conhecimento científico abstrato que indica as regras a serem obedecidas na ação, assim esclarecendo a energia aplicada à atividade. Ou seja, o sucesso consiste em obedecer às leis naturais para vencer os vários obstáculos.
Encontram-se neste mês os nomes dos navegadores e viajantes que nos revelaram a extensão de nosso planeta, inventores que souberam modificar a matéria em beneficio da sociedade dos homens. Estão aqueles que mediram o tempo com maior precisão, que aceleraram o trabalho de cálculo, os sábios na ótica, na termologia, na eletricidade, em química, de pioneiros na agricultura científica ou que manejaram as águas e o ar para nosso beneficio.
Como a força da inteligência esteve presente nas manifestações da força material, a presidência do mês é dada ao nome que nós identificamos com a invenção que propaga as produções intelectuais e garante a sua permanência, é dada a Gutenberg, o inventor da imprensa.

Calendário HISTÓRICO FILOSÓFICO
 para um ano qualquer; É UM
quadro concreto da preparação humana
MÊS DE GUTENBERG
A INDÚSTRIA MODERNA
LUNEDIA=segunda-feira; MARTEDIA=terça; MERCURIDIA=quarta;
JOVEDIA=quinta; VENERDIA=sexta-feira.
Os nomes à esquerda são para o ano comum C; à direita, anos bissextos B.

Todos os meses são iguais, de 28 dias e todos começam numa segunda-feira, terminando num domingo.

0811 B MILTON a guerra no céu metáfora da incoerência pelo egoísmo do pecado


11 DE AGOSTO: MILTON  mística poesia revolucionaria moderna com herói satânico

MILTON
John Milton
(nasceu em 1608, em Londres; morreu em 1674, em Buckinghamshire, Inglaterra)

GRANDE POETA INGLÊS, AUTOR DO POEMA PARAÍSO PERDIDO

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade

A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade Média. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
Nesta quarta semana a poesia dos sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde Tomás de Kempis e Bunyan até Byron E Shelley.
Ver em 0715 1 B   O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.


Poeta entre os maiores da Inglaterra e da literatura, Milton viveu na época do desenvolvimento e do declínio do grande movimento do puritanismo e da revolução inglesa de Oliver Cromwell. John Milton descendia de uma família de pequenos proprietários abastados, estabelecidos há longo tempo no condado de Oxford. Seu pai, John Milton, tinha sido deserdado por seu avô católico, por ter se tornado protestante. Ele se estabeleceu como tabelião em Londres.
O poeta nasceu ali, em 9 de dezembro de 1608. Milton recebeu uma educação muito cuidada, sendo, desde sua infância, um devorador de livros. Ele estudou na Escola Saint-Paul aos 10 anos e aos 16 anos passou para o Christ College, em Cambridge, onde obteve o diploma de mestre em arte aos 24 anos.
Milton se destacou por sua paixão pela poesia clássica, por sua independência e reserva, sua pureza, simplicidade de vida e sua amizade por um ou dois amigos selecionados. Ele saiu de Cambridge em 1632 com o conhecimento de latim, grego, francês, italiano e do hebreu, habilitado na esgrima e a todos os exercícios necessários a um adulto educado da época.
Ele se retirou, então, para a casa de campo de seu pai em Horton, perto de Windsor, no sudeste da Inglaterra, resolvido a se consagrar por toda a vida à poesia. Tinha feito grandes projetos de elevado ideal. Milton foi feliz ao encontrar em seu excelente pai um homem de alto julgamento e de grande cultura, que encorajou as inspirações de seu filho para uma existência toda voltada para a arte. Por seis anos o poeta permaneceu em retiro, absorvido pelo estudo, pela meditação e pela poesia.
A vida de Milton então pode ser vista como uma peça de teatro em três atos. O primeiro ato é o calmo retiro tranqüilo em Horton, escrevendo seus primeiros versos. No segundo ato ele respira a atmosfera quente e desagradável da paixão partidária e dos ódios religiosos; então é hora dos seus panfletos de batalha, em prosa. No ato final são produzidos seus três grandes poemas, o PARAÍSO PERDIDO, O PARAÍSO RECONQUISTADO e SANSÃO, então o autor sendo pobre, cego, sem amigos.
Milton tinha feito muitos panfletos em defesa da liberdade civil e religiosa entre os anos de 1641 e 1660, apresentando-se como republicano. Serviu no governo de Oliver Cromwell como secretário para as línguas estrangeiras. Ele perdeu sua visão entre 1651 e 1652, mas continuou seu trabalho, produzindo continuamente com a ajuda de sua filha, de dois sobrinhos, amigos, discípulos e de empregados.
Com o fim da república e com a restauração da monarquia com o rei Charles II em 1660, Milton foi preso, mas logo foi perdoado e solto. Os últimos anos de vida do poeta foram de trabalho, embora com sérios problemas. Tinha uma economia doméstica de poucos recursos, a cegueira, a dor da doença da gota. Ele morreu em 1674, com 66 anos de idade.
O grande poema PARADISE LOST (Paraíso Perdido) conta a história da rebelião de Satan contra Deus e sua expulsão do paraíso. Conta a tentação e expulsão de Adão e Eva do Jardim do Eden. Os primeiros dois livros se concentram na figura do Satan e suas legiões, quando estão no inferno. Os anjos decaídos são mostrados individualmente e é descrita a geral idolatria pagã no mundo do oriente. O debate entre os anjos decaídos no inferno é de grande força realística.
A guerra no céu é uma grande metáfora representando a dispersão provocada pela anarquia do pecado.
A descrição de Satan é feita em escala super humana, a força, a coragem, a capacidade de liderança são bem mostradas, mas essas qualidades são todas perdidas por serem colocadas a serviço do mal e do engrandecimento pessoal, da vaidade.
O primeiro grande discurso de Satan ao seu ajudante Belzebu mostra o desafio a Deus, com orgulho egoísta, a falsa idéia de liberdade e a alienação a todo o bem. Dentro do inferno, Satan mantém a falsa aparência de uma atitude heróica, mas, fora do inferno, ele perde sua valentia, tomando a desesperadora consciência de seu próprio mal e de sua danação, o que dá uma dimensão trágica à poesia.
No poema é patente a força de imaginação e de organização do autor. Em todo o texto, em grande ou em pequena escala, na idéia abstrata ou no ato concreto, a tese e o material é interligado perfeitamente pela visão paralela e pelo contraste. É em razão dessa obra-prima poética que se pode afirmar que o PARADISE LOST não pode ser imitado. Recomenda-se, em nossos dias, a leitura desse poema e os Poemas Líricos de Milton.
A crítica mostrou que Milton é um revolucionário moderno, sendo partidário de Satan, sem o saber, projetando a si próprio na imagem do diabo, que, afinal, é o verdadeiro herói do poema.


AMANHÃ: MÊS DE GUTENBERG, inventor da imprensa e é dia de Marco Polo: famoso viajante

0810 B E MERCOEUR E SHELLEY o culto da nobre poesia e o triunfo da unidade humana


10 DE AGOSTO:  a poesia revolucionária de Elisa Mercoeur e de Shelleu

ELISA MERCOEUR E PERCY SHELLEY

A POETISA FRANCESA E O POETA ROMÂNTICO INGLÊS


ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade

A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade Média. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
Nesta quarta semana a poesia dos sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde Tomás de Kempis e Bunyan até Byron e Shelley.
Ver em 0715 1 B   O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.


ELISA MERCOEUR
(nasceu em 1809, em Nantes; morreu em 1835, em Paris)

POETISA FRANCESA GRANDE GÊNIO FAMOSA POR SUA CULTURA E PRECOCIDADE

ELISA MERCOEUR publicou seus poemas antes mesmo de ter 17 anos de idade. De acordo com as Memórias escritas por sua mãe, ela já escrevia contos e comédias. Aos oito anos falava em compor uma tragédia em 5 atos e em versos para a Comedie-Française. Aos 12 anos Elisa dava a seus colegas mais jovens aulas de história, de geografia, de redação, de inglês, francês e de outros assuntos. Aos 13 anos já teria traduzido o poeta Milton completo.
Depois da publicação de seus poemas recebeu aplausos de Chateaubriand, Lamartine e de vários outros críticos e poetas, além da popularidade geral. Em 1827 Elisa foi recebida pela Academia de Lion e no ano seguinte pela Academia de Nantes.
Foi obrigada a trabalhar no jornalismo para sobreviver e morreu doente em 1835 com a idade de 26 anos. Seu túmulo no cemitério do Père Lachaise mostra alguns de seus versos e tornou-se um lugar de peregrinação para os jovens amantes da poesia.

SHELLEY
Shelley, Percy Bysshe
(nasceu em 1792, no Sussex, Inglaterra; morreu em 1822, no mar, ao largo de Livorno, Itália)

POETA ROMÂNTICO INGLÊS NA REVOLUÇÃO DO IDEAL DO AMOR E DA JUSTIÇA SOCIAL

SHELLEY [diga Chi’-li] desde sua juventude demonstrou ser um poeta revolucionário, anunciando desde logo uma filosofia e uma religião puramente humana. Foi expulso da Universidade de Oxford por ter divulgado um panfleto com o nome “A necessidade do Ateísmo”. Pelo mesmo motivo foi afastado de sua família.
Em 1817 Shelley foi declarado pelo governo inglês incapaz da guarda de seus filhos. Esse fato e o mau estado sua saúde fizeram com que resolvesse sair da Inglaterra. Partiu com a esposa para a Itália, onde levou uma vida errante, mantendo amizade com Lord Byron. Em 1822 morreu afogado na baia de Spezzia, onde seu navio sossobrou durante uma tempestade.
Shelley representa em essência a revolução francesa de 1789. É importante em sua obra que sentiu que a crise da sociedade na época era de caráter universal e não local. Mas reconheceu as calamidades que resultaram da revolução. Sua grande cultura e seu gênio poético permitiram que colocasse em sua crença revolucionária formas novas de arte e graça propondo uma filosofia da razão.
A rebelião contra toda autoridade, especialmente à dos padres e dos reis, o martírio, as esperanças triunfantes de renascimento futuro de unidade humana são os temas de seus versos inflamados. A eles junta uma doce emoção, uma ternura em relação à mulher, o culto à natureza, um sentimento apaixonado pela nobre ação da arte e do belo em todas as suas formas.
Será sempre lembrado por seus versos sobre a imortalidade que a continuidade social nos assegura e por sua previsão do progresso e do poder da ação coletiva da humanidade.


AMANHÃ: Um poeta revolucionário moderno, partidário de Satan: MILTON.

0809 B GESSNER poeta lírico suíço do estilo rococó com graça leveza e colorido suave



09 DE AGOSTO: Salomon Gessner o iluminismo laico naturaliza a arte barroca religiosa


GESSNER
Salomon Gessner
(nasceu em 1730, em Zurich; morreu em 1788, em Zurich)

POETA LÍRICO DA SUÍÇA PINTOR GRAVADOR NA ARTE PASTORAL IDÍLICA SENTIMENTAL

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade

A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade Média. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
Nesta quarta semana a poesia dos sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde Tomás de Kempis e Bunyan até Byron Shelley.
Ver em 0715 1 B   O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.


SALOMON GESSNER era pintor de profissão e suas produções sobre tela ou poesias em versos foram muito apreciados. São idílios pastoriais clássicos em voga no meio dos anos 1700, século XVIII. Seus poemas datam de 1751 até 1762. Era o século das luzes, do iluminismo quando se desenvolve o estilo rococó, mais leve, sem os excessos do barroco, com graça e colorido suave. O rococó se torna um novo estilo na arte.
Gessner teve uma grande popularidade em sua época; um movimento em favor do idílio sentimental que, muitas vezes, precedeu as grandes revoluções sociais. Pertenceu completamente a essa escola e não teve participação na revolução literária que iria acontecer, com a divulgação da dúvida idealizada.
Gessner tinha uma editora que publicava seus livros ilustrados com suas próprias e excelentes gravuras. Era também membro do Conselho local e supervisor das florestas.
Sua produção mais famosa incluiu a pastoral em prosa Idyllen e o poema épico Der Tod Abels – A Morte de Abel. Suas obras escritas em alemão foram traduzidas em mais de 15 línguas, entre elas para o inglês, holandês, português, espanhol, sueco, tcheco, latim e para o hebraico, sendo admiradas por toda parte. Tornou-se um dos mais importantes representantes do rococó literário.


AMANHÃ: A poesia revolucionária em Shelley e Elisa Mercoeur.

0808 B S FRANCISCO DE SALES autor místico dedicado à educação afetiva pessoal


08 DE AGOSTO: S. FRANCISCO DE SALES   místico, energia aliada a um doce altruísmo

SÃO FRANCISCO DE SALES
(nasceu em 1567, em Savoia, França; morreu em 1622, em Lion)

DOUTOR DA IGREJA CATÓLICA ESCRITOR SACRO MORALISTA DA VIDA PESSOAL

ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade

A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade Média. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
Nesta quarta semana a poesia dos sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde Tomás de Kempis e Bunyan até Byron Shelley.
Ver em 0715 1 B   O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.


FRANCISCO DE SALES escreveu em francês dois manuais conhecidos e elogiados religiosos para a devoção no culto pessoal, privado. São eles: a Introduction à la vie dévote – Introdução à vida devota - de 1608 e o Traité de l’amour de Dieu – Tratado do amor de Deus - de 1616.
Nos dois tratados o autor adverte que se dirige às pessoas do mundo e não aos religiosos de clausura. No primeiro ele coloca como discípulo típico uma mulher e no outro escolhe um homem. Os dois livros se dedicam somente à moral privada. Não faz referência à vida cívica nem à vida industrial, nem ali se encontra alguma apreciação do pensamento moderno. O tom geral é profundamente místico, sobretudo afetuoso. O santo se apóia especialmente sobre seus predecessores: santa Catarina, santa Teresa, Luis de Granada e outros.
Francisco de Sales nasceu em 1567 no castelo de Sales, na Savoia, filho de François de Sales de Boisy. Pertencia a antiga aristocrática família de Savoia. Estudou em Clermont, em Paris e na Universidade de Pádua. Entrou para a Igreja renunciando a toda carreira temporal. Tornou-se logo célebre como pregador sacro. Morreu em 1622 em Lion.
Uma das maiores ordens religiosas católicas fundada por São Giovanni Bosco tomou o nome de São Francisco de Sales. Os salesianos se dedicaram à educação da juventude e também ao incentivo às casas editoras. Dom Bosco foi, por essa razão, proclamado o santo patrono dos trabalhos dos editores e impressores.


AMANHÃ: Salomon Gessner poeta lírico da Suíça.

0807 B Mme de STAEL desenvolve o cordial romancismo moderno sentimental


07 DE AGOSTO: Madame de Stael   só a emoção nos oferece a fonte direta da felicidade

MADAME DE STAEL
Germaine de Stael, Anne-Luise-Germaine Necker, Baronne de Staël-Holstein
(nasceu em 1766, em Paris; morreu em 1817, em Paris)

ESCRITORA E INTELECTUAL FRANCESA FAMOSA POR SEU SALÃO DE INTELECTUAIS


ESTÉTICA
as artes da linguagem, da afeição e da expressão
É parte da Filosofia. A emoção é o motor da inteligência e da atividade

A Idade Média promoveu a liberdade do povo trabalhador, com a indústria e o comércio livre, com a sistematização do sistema capitalista de liberdade civil. A civilização moderna, após o fim da civilização medieval, com a queda do papado e do Feudalismo nos anos 1300, criou uma grande variedade na atividade humana. A secularização fez a saída do ensino e das artes de dentro das igrejas e dos conventos para os espaços laicos. As artes se libertaram do controle dos teólogos e de seus sacerdotes, como ocorreu com a Filosofia. Em ambos os casos sem luta, gradualmente, sem conflito.
Na modernidade nos encontramos em fase de transição, em tempos de revolução sem a unanimidade cristã da Idade Média. É a passagem de uma civilização medieval da guerra de defesa para uma civilização pacífica científica e industrial.
Triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico aos poucos se afastando da religião, apesar do clima de revolta. É o sinal da potente capacidade da natureza humana de produzir, mesmo em situação de desvantagem, um conjunto glorioso de criações artísticas.
Nesta quarta semana a poesia dos sentimentos domina a semana. Aqui estão os líricos, os místicos, panteístas, os poetas da mente humana em todas as suas manifestações e suas emoções, desde Tomás de Kempis e Bunyan até Byron Shelley. A poesia sentimental, religiosa, mística, das emoções após a queda do feudalismo e do papado.

Ver em 0715 1 B   O QUADRO DO MÊS DANTE, A EPOPÉIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.


MADAME DE STAEL afirma em seu romance Delphine a importante máxima da psicologia moderna:
“Não há nada de real no mundo a não ser o amor”

Diz a autora que nossos pensamentos e nossos atos somente podem nos dar a felicidade por seus resultados. Mas esses resultados raramente dependem de nós. Ao passo que o sentimento, ao contrário, está inteiramente em nosso poder e nos oferece uma fonte direta de felicidade que nada pode alterar.
O amor é entendido como o sentimento em favor dos outros, como o altruísmo, em todas as suas formas. É o sentimento social, que promove o progresso permanente da coletividade humana através dos séculos. Deve-se verificar que é o respeito às gerações sucessivas que promove a passagem e conservação do conhecimento ao longo da evolução social. Note-se a admiração que se dá ao conhecimento dos idosos e até certo poder mágico que se coloca nos mortos, frequentemente tidos como muito mais competentes e proféticos.
As obras de Madame de Stael mostram grande eloqüência, de vibração e de sentimento profundo. Sua grande importância histórica na literatura está no desenvolvimento do romantismo moderno, do romance de coração, do gosto pela natureza, da arte, das coisas antigas e pela história de Europa.
Era a filha única do estadista e financista francês Jacques Necker, educada com carinho e cedo introduzida na sociedade de Paris, onde se destacou por suas qualidades brilhantes de beleza e cultura. Aos vinte anos casou-se com o Barão de Stael-Holstein, embaixador da Suécia na França. Tornou-se para sempre conhecida pelo nome de seu marido.
Stael manteve um salon brilhante que reunia os intelectuais da cidade. Com a Revolução Francesa teve que se refugiar na Suíça e na Inglaterra. Ao voltar mais tarde, entrando em luta contra Napoleão, foi exilada em 1803. Faleceu em 1817, com 51 anos de idade.


AMANHÃ: A energia unida a um doce altruísmo: S. FRANCISCO DE SALES.